Depois de mais de dois meses em que o país político esteve quase que "adormecido", devido a um Governo que fingiu governar e optou pela estratégia do silêncio e da passividade, chegamos ao final de Maio e vislumbramos que, afinal de contas, sempre temos um Primeiro-Ministro e um Governo neste País...
Depois da vitória do Benfica no campeonato nacional, José Sócrates resolveu "jogar" as cartas que, ao longo dos últimos meses, foi acertando juntamente com o Presidente da República e o Governador do Banco de Portugal. A "carta" mais forte foi o anunciar de um número que tem um significado real muito diferente do que aquele que o Governo quis e conseguiu fazer passar para a opinião pública menos bem informada. 6,83% é o número da mentira e das desculpas de mau pagador...
Digo isto, porquê? Muito simples. O valor do défice orçamental no final de 2004 foi de 2,8% do PIB. Esse foi o valor da responsabilidade do anterior executivo de coligação PSD-PP registado com o recurso a receitas extraordinárias e num tempo em que o não cumprimento do PEC poderia implicar a perda dos fundos de coesão.
O Governo mudou e as medidas de redução das despesas do Estado e de aumento das receitas (nomeadamente com a introdução de portagens nas SCUT`s, de taxas moderadoras diferenciadas no sistema nacional de saúde, de diminuição dos benefícios fiscais, entre outras) propostas pelo Governo de Santana Lopes e que foram tidas em conta na proposta do orçamento para 2005 não puderam ser concretizadas pela mudança de Governo. Ora, o número de que agora tanto se fala diz respeito à previsão do défice orçamental para Dezembro de 2005, pelo que deve ter como principal responsável o Governo que em 2005 impediu a concretização das medidas anunciadas na proposta de OE para este ano, ou seja, o actual Governo liderado por José Sócrates. Isto, já para não falar de todas as implicações em termos de instabilidade económica que o derrube de um Parlamento estável teve na diminuição do investimento externo em Portugal e na contenção do consumo interno...
Agora muitos daqueles que votaram em Sócrates já se queixam das medidas anunciadas para diminuir o défice, depois de, durante a campanha eleitoral, o PS ter prometido não fazer aquilo que agora vem dizer que vai ter que fazer. Ingénuos foram aqueles que foram atrás da conversa dos socialistas...
Quanto às medidas em si, mais uma vez, se conclui que Sócrates é teimoso. Em vez de se apostar com força na redução das despesas do Estado e no combate à fraude fiscal, opta-se pelo caminho mais fácil: aumentar o IVA de 19% para 21%, o que irá implicar a diminuição do consumo das famílias e o aumento da fuga aos impostos. Outras medidas poderão ser positivas, mas são mais simbólicas do que estruturais. O monstro Estado continua à solta...
Depois da vitória do Benfica no campeonato nacional, José Sócrates resolveu "jogar" as cartas que, ao longo dos últimos meses, foi acertando juntamente com o Presidente da República e o Governador do Banco de Portugal. A "carta" mais forte foi o anunciar de um número que tem um significado real muito diferente do que aquele que o Governo quis e conseguiu fazer passar para a opinião pública menos bem informada. 6,83% é o número da mentira e das desculpas de mau pagador...
Digo isto, porquê? Muito simples. O valor do défice orçamental no final de 2004 foi de 2,8% do PIB. Esse foi o valor da responsabilidade do anterior executivo de coligação PSD-PP registado com o recurso a receitas extraordinárias e num tempo em que o não cumprimento do PEC poderia implicar a perda dos fundos de coesão.
O Governo mudou e as medidas de redução das despesas do Estado e de aumento das receitas (nomeadamente com a introdução de portagens nas SCUT`s, de taxas moderadoras diferenciadas no sistema nacional de saúde, de diminuição dos benefícios fiscais, entre outras) propostas pelo Governo de Santana Lopes e que foram tidas em conta na proposta do orçamento para 2005 não puderam ser concretizadas pela mudança de Governo. Ora, o número de que agora tanto se fala diz respeito à previsão do défice orçamental para Dezembro de 2005, pelo que deve ter como principal responsável o Governo que em 2005 impediu a concretização das medidas anunciadas na proposta de OE para este ano, ou seja, o actual Governo liderado por José Sócrates. Isto, já para não falar de todas as implicações em termos de instabilidade económica que o derrube de um Parlamento estável teve na diminuição do investimento externo em Portugal e na contenção do consumo interno...
Agora muitos daqueles que votaram em Sócrates já se queixam das medidas anunciadas para diminuir o défice, depois de, durante a campanha eleitoral, o PS ter prometido não fazer aquilo que agora vem dizer que vai ter que fazer. Ingénuos foram aqueles que foram atrás da conversa dos socialistas...
Quanto às medidas em si, mais uma vez, se conclui que Sócrates é teimoso. Em vez de se apostar com força na redução das despesas do Estado e no combate à fraude fiscal, opta-se pelo caminho mais fácil: aumentar o IVA de 19% para 21%, o que irá implicar a diminuição do consumo das famílias e o aumento da fuga aos impostos. Outras medidas poderão ser positivas, mas são mais simbólicas do que estruturais. O monstro Estado continua à solta...