A originalidade e a espontaneidade deram lugar ao aproveitamento político dos de sempre que aproveitam toda e qualquer oportunidade para "malhar" no Governo. O punho fechado é elucidativo da origem política desta gente e agora o efeito surpresa esgotou-se...
As redes sociais são, nos dias de hoje, a "arma" a que muitos jovens (desiludidos com as medidas tomadas por este governo) têm recorrido por forma a poderem manifestar-se sem estarem dependentes dos sindicatos. É um sinal positivo que demonstra interesse dos mais jovens na defesa dos seus interesses. Desde que a manifestação não seja sinal de má-educação ou de violência só tenho a elogiar esta capacidade dos mais jovens para chamarem a atenção da opinião pública para as suas causas!
A originalidade tem sido pedra de toque e a recente "espera" que algumas dezenas de jovens fizeram ao ministro Miguel Relvas na ISCTE é disso prova. Contudo, as tentativas de "copiar" o original por parte de alguma gente de esquerda resultam na total perda de credibilidade. Foi o que aconteceu com as palavras de ordem que uns "gatos pingados" proferiram para com o ministro da Saúde, ao apelidarem-no de ladrão e ao gritarem que o ministro está a "assassinar os portugueses".
O direito à manifestação é um direito consagrado que merece que não seja "achincalhado" como alguns fazem questão de fazer quando entram na lógica da gritaria inócua e estéril. Querem manifestar-se? Pois façam-no, mas com dignidade. Doutra forma, aquilo a que assistimos é à multiplicação de figuras tristes...
Se no próximo dia 2 de Março voltarmos a assistir a uma manifestação ordeira como a que ocorreu no último 15 de Setembro estaremos na presença de uma nova fase do ideal contestatário, imune a partidos e sindicatos, e assente no poder das redes sociais para aglutinar gente de várias proveniências etárias e sociais e que sentem a necessidade de manifestar a sua desilusão com o poder político que nos governa. Contudo, se a lógica for a da "perseguição" às aparições públicas de Ministros e secretários de Estado, assente na violência verbal e até na ameaça física (a que já assistimos para com a Ministra Assunção Cristas) há que ver estas situações como casos de desordem pública que devem ser pronta e eficazmente resolvidos...
Acho bem que ninguém no Governo passe a imagem que a solução é deixar de aparecer em público!