sábado, dezembro 31, 2005
Agradecimentos e votos de um grande 2006...
domingo, dezembro 25, 2005
O melhor Natal...
sexta-feira, dezembro 23, 2005
Tempo de Natal
quarta-feira, dezembro 21, 2005
Uma questão de inteligência...
sábado, dezembro 17, 2005
Quantas "Fátimas" mais terão que sofrer?
domingo, dezembro 11, 2005
Dois pesos e duas medidas?
O que mais me intriga é o facto da IGE apenas apontar recomendações e nada fazer em termos da assumpção de responsabilidades por este tipo de irregularidades cometidas. Então ninguém se responsabiliza por erros que são cometidos nas colocações dos professores, com enormes problemas para a vida destes? Pois é, assim não vale...
domingo, dezembro 04, 2005
Como seria hoje Portugal?
quinta-feira, dezembro 01, 2005
Para quando o abrir dos olhos...
domingo, novembro 27, 2005
Polémicas sem sentido...
Algumas das afirmações constantes num novo documento aprovado pelo Papa Bento XVI a 31 de Agosto de 2005 e que foi dado a conhecer na passada semana foram recebidas com alguma revolta e admiração por uma parte significativa da sociedade, católicos incluídos.
Ora bem, esta polémica deveu-se à seguinte afirmação: "a Igreja não poderá admitir no seminário e nas ordens sagradas aqueles que praticam a homossexualidade, apresentam tendências homossexuais enraizadas ou apoiam o que se chama a cultura gay'". Será que há alguma novidade nesta ideia defendida pelo Papa Bento XVI? Não me parece...
Pode-se criticar a oportunidade da declaração ou até mesmo o teor clarificador e frontal que a mesma incorpora. Há quem diga que, ao omitir-se a posição da Igreja relativamente aos heterossexuais, estamos na presença de um "ataque" aos gays. Mas, convém não esquecer que a Igreja tem como base da sua acção a família, pelo que não pode aceitar que alguém homossexual proclame, "eucaristicamente", a defesa da família, dita, tradicional: pai, mãe e filho(a)s...
Bem sei que recorrendo a estudos das áreas da medicina, da biologia ou da psicologia não fará muito sentido afirmar que a homossexualidade é uma "desordem", como consta da declaração. Mas, a esfera em que a Igreja Católica se move é outra: é a da defesa e promoção de um estilo de vida que vise princípios basilares como a família e a descendência. Ora, a promoção da cultura gay não enquadra nestes postulados, pelo que é normal que para abençoar um casamento ou um baptizado não se possa ser homossexual...
Afinal, porquê tanto frenesim? A mania da vitimização por parte dos gays ou a incapacidade da Igreja Católica para melhor comunicar com uma sociedade cada vez mais parca na defesa de valores e princípios? Talvez as duas razões sejam verdadeiras!!!
segunda-feira, novembro 21, 2005
Ai se fosse por cá!!!
quarta-feira, novembro 16, 2005
Os nacionais, os imigrantes e os sem Pátria...
quinta-feira, novembro 10, 2005
A diferença entre ser-se discreto ou provocatório...
Pois bem, enquanto professor, mais do que fazer juízos de valores ou criticar uma das partes e "absolver" a outra, penso que será importante que as escolas reflictam muito bem sobre este tipo de situações, incorporando nos seus Regulamentos Internos o que fazer em casos análogos. Se bem que seja diferente, muitas escolas já prevêem o que fazer no caso dos alunos serem "apanhados" a fumar ou na posse de objectos contundentes. Mas, não seria melhor estipular a proibição de determinados comportamentos e atitudes entre alunos que possam sugerir condutas de cariz provocatório para com a comunidade educativa em geral? Atente-se que há escolas onde convivem alunos com idades compreendidas entre os 11 e os 20 anos... Independentemente dos namoros serem entre heterossexuais ou homossexuais, um estabelecimento escolar é um local onde a reserva, o ser-se discreto e a boa conduta devem prevalecer. Na escola onde lecciono já passei por casais de namorados que fazem questão de dar nas vistas em poses que tendem, no mínimo, a incomodar quem passa ao lado... Porque não proibir gestos e atitudes que de discreto não têm nada? Não me falem em coarctar a liberdade pessoal e individual das pessoas. Como se costuma dizer, a liberdade de cada um acaba quando a do outro é posta em causa... Apenas se trata de impor limites a certos comportamentos que tendem a perturbar o normal desenrolar das actividades educativas...
sábado, novembro 05, 2005
A (bem)dita Pátria...
quarta-feira, novembro 02, 2005
Uma pequena amostra do que aí vem...
Só os mais distraídos e menos atentos à política portuguesa é que podem ter ficado admirados com a postura, no mínimo, arrogante e maldosa com que Soares se referiu repetidamente a propósito de Cavaco Silva. Aliás, em vez de ter sido a jornalista a conduzir a entrevista vimos um Mário Soares a aproveitar todas as questões para atacar o seu adversário Cavaco Silva, tendo-o mesmo apelidado de intermitente, silenciador e desconhecedor de política internacional. Soares chegou ao ponto de ler afirmações proferidas por Cavaco Silva em contextos diferentes, ao mesmo tempo que tudo fez para tentar passar a mensagem de Cavaco Silva poderá colocar em causa os direitos dos trabalhadores portugueses, esquecendo-se que é ao Governo de Sócrates que cabe conduzir a política económica e social do País.
Fica claro que a campanha eleitoral não será fácil para Cavaco Silva, sobretudo porque Soares e os restantes candidatos de esquerda não se cansarão de assustar os portugueses com a imagem do Cavaco Silva "papão". Os ataques pessoais serão mais que muitos e a equipa liderada por Soares tudo fará para denegrir a imagem de Cavaco.
Esperemos que o povo português tenha a lucidez suficiente para não se deixar levar neste tipo de ataques pessoais e consiga alhear-se de uma campanha de esquerda que apenas funciona pela negativa e na base do ódio e da raiva...
segunda-feira, outubro 31, 2005
1 de Novembro: um feriado discutível...
terça-feira, outubro 25, 2005
Diferenças mais que óbvias
quarta-feira, outubro 19, 2005
Pois é! A resposta está na educação...
domingo, outubro 16, 2005
Ai Portugal, Portugal...
quarta-feira, outubro 12, 2005
Era uma vez...
Assim, desde muito novo que o rapaz começou a acompanhar o seu avô, em vivências e aventuras que a memória guardará para sempre. Fosse em tertúlias de café que o avô tinha com os da sua idade e para as quais fazia questão de levar o neto ávido de curiosidade; fosse nos passeios que ambos faziam pelos caminhos escondidos da Serra da Estrela, munidos apenas de um saco de maçãs e de uma garrafa de água; fosse nas esplanadas das praias da Figueira da Foz e de S. Pedro de Moel, no tempo das férias de Verão, nas quais as mulheres iam para o areal tomar banhos de sol e eles os dois ficavam numa qualquer esplanada virada para o mar, com o avô a contar histórias com mais de meio século; fosse na velha oficina de encadernação em que o avô dava largas à sua vocação de artista (encadernador de livros), com o jovem rapaz a aprender com o velho mestre avô a arte de bem encadernar; enfim, muitas foram as horas nas quais avô e neto passaram juntos belos e inesquecíveis momentos...
Esse jovem sempre viu o avô como o seu grande ídolo, pelo que desde novo foi decisivamente influenciado pelos ensinamentos que o avô lhe foi dando, assumindo a defesa de valores para os quais o seu velho mestre sempre se esforçou: o respeito, o esforço, a dedicação e a verdade... Assim, com o passar dos anos, o jovem rapaz foi moldando a sua maneira de ser, sem nunca esquecer os conselhos que o seu avô lhe prestou.
Agora que o seu avô deixou o mundo dos vivos, o jovem sabe o que seu velho mestre estará para sempre presente junto de si, em lembranças e recordações de momentos maravilhosos por ambos vividos e, inclusivamente, nas formas de pensar e estar na vida assumidas por esse rapaz, qual fã que segue os passos do seu ídolo.
Esta história é verídica. O rapaz sou eu e o velho mestre o meu avô. Jamais te esquecerei, querido avô...
segunda-feira, outubro 10, 2005
Autárquicas 2005: uma breve reflexão
Por outro lado, não admitir que o PSD e a sua liderança saem reforçados destas eleições é não querer admitir que a estratégia levada a cabo por Marques Mendes deu excelentes resultados, da qual a derrota em Faro constitui a excepção que confirma a regra. Depois, há que aceitar os factos: o PS, nas pessoas de Jorge Coelho e José Sócrates, saem amplamente derrotados, visto que os candidatos por eles apoiados a cidades tão importantes como Lisboa, Porto, Sintra, Coimbra ou Gaia tiveram resultados aquém dos esperados, alguns dos quais vergonhosos. Outros derrotados que deveriam aprender a lição e afastar-se de vez da política foram Carrilho e Soares (pai e filho).
Quanto à questão que se tem levantado sobre se o Governo deve tirar ilações desta derrota socialista, penso que tal não se deve colocar. Os portugueses sabem distinguir os actos eleitorais e não acredito que alguém fosse votar num candidato do PSD, da CDU ou de outro partido apenas para penalizar o Governo. Agora que Sócrates sai fragilizado, enquanto líder do partido que apoia o Governo, disso não restam dúvidas.
E o que dizer do trio de independentes de que tanto se fala? Penso que os eleitores desses três concelhos avaliaram de forma positiva a acção desenvolvida nos respectivos municípios por Valentim, Fátima e Isaltino, ignorando a falta de ética que estes demonstraram. Mas, fica claro que ainda há que legislar muito para que algum caciquismo seja derrubado a nível autárquico e para que a ética política seja valorizada para bem de todos nós. Aliás, a postura de Valentim na hora de cantar vitória demonstra bem que há quem tenha muito medo de perder o poder. Porque será?
Seguem-se as presidenciais...
sábado, outubro 08, 2005
Por um final de vida com dignidade...
É que com o aumento da esperança média de vida e o reforço da medicação tem vindo a aumentar o número de pessoas que têm um final de vida cheio de sofrimento, numa espécie de morte degenerativa. Com uma população cada vez mais envelhecida e, muitas vezes, esquecida e abandonada pelos mais novos (até pelos próprios filhos!) cabe ao Estado, na sua vertente social, prestar o apoio efectivo e qualificado aos que são confrontados com doenças prolongadas e incuráveis. Portugal apenas possui sete hospitais preparados para cuidar destes doentes, pelo que, num País onde o envelhecimento é cada vez mais notório, urge apostar na criação de estruturas e na formação de profissionais especializados a este nível.
Sei do que falo, visto que tenho assistido, de há dois anos a esta parte, ao sofrimento que tem tomado conta do meu avô e que tem sido, dentro do possível, minimizado pela acção que tem sido desenvolvida pelos excelentes profissionais do Serviço de Medicina Paliativa do Hospital do Fundão.
Ninguém sabe o dia de amanhã, mas não desejo a ninguém o final de vida que tem tomado conta do meu avô. Apesar do sofrimento que o aflige, ele tem a sorte de ter uma família que o tem apoiado continuamente e a excelência de um serviço hospitalar especializado nos cuidados paliativos. Mas, pensemos nos milhares de idosos que são simplesmente abandonados às portas da morte! E, não me venham com a conversa da eutanásia...
terça-feira, outubro 04, 2005
Que dizer das eleições do próximo domingo?
Depois de semanas onde se gastaram "rios" de dinheiro, com propaganda aberrante, sem grande utilidade e, em alguns casos, de muito mau gosto, é tempo de cada munícipe participar na escolha do seu "governo" local. De facto, no próximo domingo deve-se votar apenas com o propósito de escolher o melhor candidato a Presidente de Câmara, independentemente do seu partido ou ideologia política. Dou o exemplo da cidade de onde sou natural: a Covilhã, cidade outrora operária, conhecida como a "Manchester Portuguesa" e de forte tendência de esquerda (nas últimas legislativas o covilhanense Sócrates registou mais de 60% dos votos locais), tem à frente do município um homem do PSD, mas que tem tido o apoio dos covilhanenses, por via do excelente trabalho que o mesmo tem vindo a desenvolver em prol do concelho. Isto só prova que votar contra ou a favor da acção do Governo em eleições autárquicas não faz qualquer tipo de sentido.
sexta-feira, setembro 30, 2005
Sócrates, do que esperas?
segunda-feira, setembro 26, 2005
Atirar areia para os olhos...
quarta-feira, setembro 21, 2005
Qualificar? Sim, mas com exigência!
domingo, setembro 18, 2005
Assim não...
sábado, setembro 10, 2005
Contra um Portugal de corporações, mude-se a lei!
quinta-feira, setembro 08, 2005
Demolições, rissóis e uns copos...
Quanto aos "coitados" de Grândola, que tiveram direito a uma écran gigante para verem o tal "espectáculo", foi surrealista ver a jornalista da SIC questionar a alguns habitantes da vila alentejana se acreditavam que o projecto turístico de Tróia poderá vir ser a estratégia para contrariar o desemprego daquela região. Já estou mesmo a ver a população desempregada de Grândola, sem estudos, nem qualificações a servir à mesa dos restaurantes de Tróia! Que rico serviço...
Há que compreender que o turismo não pode ser elevado à qualidade de único "salvador" da Pátria e que os portugueses têm capacidade para muito mais do que simplesmente "vender" praia e sol...
segunda-feira, setembro 05, 2005
Candidaturas pela negativa
No entanto, mais do que me admirar com esta postura uniforme da esquerda portuguesa, o que mais me surpreende é a actuação pela negativa com que Soares, Jerónimo e Louçã anunciaram aos portugueses as suas candidaturas. De facto, estes senhores demonstram ter em comum um ódio a Cavaco Silva que não se compreende...
Soares vem falar na necessidade de unir o País em torno da sua candidatura, quando o próprio bem sabe que Cavaco Silva teve mais de 48% dos votos nas últimas eleições a que se apresentou há dez anos atrás. Depois, vemos Jerónimo de Sousa vir com a conversa de que a direita não pode chegar à Presidência da República, quando ele bem sabe que quem conduz a política económica de um país é o Governo. Finalmente, temos a cassete do Louçã que apenas sabe atacar de forma grosseira e malcriada Cavaco Silva, parecendo esquecer-se que tal atitude é ofensiva para centenas de milhares de portugueses.
Enfim, apesar de uma esquerda dividida em três candidaturas, que Cavaco agradece e deixa Sócrates pior que estragado, não há dúvidas de que Soares, Jerónimo e Louçã tem algo em comum: o estilo baixo e arrogante de quem se apresenta a votos pela negativa... O costume!!!
quinta-feira, setembro 01, 2005
Regresso ao trabalho
Pois é, como tinha previsto, nos últimos três dias, depois de várias semanas em que o tema da Educação parece ter estado arredado das primeiras páginas dos jornais, eis que voltamos à conversa de sempre: publicadas as listas de colocação de professores, os sindicatos da educação emergem da "maresia" por onde tinham andado e voltam à carga com anúncios de manifestações e greves contra a política de recrutamento de docentes vigente em Portugal. FENPROF e FNE aproveitam-se de mais de uns largos milhares de novos desempregados para voltarem à sua rotina de propaganda eleitoralista.
Quanto à actuação da Ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, que é pouco dada a aparições públicas, continua tudo na mesma: as vagas em quadro de escola e de zona são insuficientes para preencher a oferta de docentes existente, mas, mesmo assim, continuam a abrir centenas de vagas nas universidades públicas e privadas para a frequência de cursos do ramo educacional; continuam a proliferar escolas com 30 alunos por turma, sem se dar prioridade ao sucesso escolar; as ajudas de custo de transporte e alojamento na função pública parecem continuar a ser privilégio só de alguns (como os juízes), enquanto há professores que vão leccionar a centenas de Kms da sua área de residência, sem que isso pareça ser importante para a tutela...
A ver vamos quais vão ser as medidas de fundo que este Ministério da Educação irá implementar, depois de quase meio ano em que nada de novo aconteceu na área da educação, a não ser o alargamento da componente horária dos professores e do congelamento das carreiras... Quanto ao sucesso escolar, parece que esta equipa ministerial está pouco interessada em fazer algo nesta matéria...
quarta-feira, agosto 24, 2005
Vida de professor...
Afinal, as expectativas criadas pela Ministra Maria de Lurdes Rodrigues de que os professores estariam colocados na terceira semana de Agosto saíram defraudadas. Mais uma vez, dezenas de milhares de famílias estarão os seus últimos dias de férias numa "crise" de stress e angústia à espera de saberem que futuro as espera: ficar longe de casa, ficar com um horário incompleto ou até ficar no desemprego...
Eu, que marquei as minhas férias para a última semana de Agosto a pensar que iria descansar durante uns dias longe da balbúrdia das colocações, afinal só a dois dias do começo de um novo ano lectivo ficarei a saber o que me calhará na "rifa". Lá terei depois que organizar a vida familiar à pressa (quem sabe arranjar uma nova casa!) para estar cheio de vontade de conhecer as novas turmas, os novos colegas, a nova escola, a nova terra, enfim, mais uma "aventura"...
A todos os leitores deste blogue uma continuação de boas férias, se for esse o caso. Eu cá vou desfrutar das paisagens do Parque Nacional da Peneda-Gerês. Até Setembro...
segunda-feira, agosto 22, 2005
Com tantos planos, o que se pode esperar?
Sampaio veio com a conversa do costume: que é necessário apoiar os bombeiros, que urge ser-se solidário, que interessa prevenir, que é importante saber as causas dos fogos florestais e que é imprescindível planear... Nada de novidades. Nem sequer teve coragem de repreeender o chefe do Governo pela prova de desprezo que demonstrou ter com o povo português ao não querer encurtar as suas férias...
Quanto ao planeamento de que deve ser alvo a floresta portuguesa, falar é fácil. O pior é concretizá-la. Eu bem percebo a ideia do caro Congeminações, mas será que um dos problemas do sector florestal, entre muitos outros, não é precisamente a excessiva mania de planear que existe em Portugal? É que, não tenhamos dúvidas: o processo de planeamento é importante, mas quando temos planos que se contradizem entre si, o resultado não pode ser muito benéfico.
Ora vejamos: são os Planos Regionais de Ordenamento do Território, os Planos Regionais de Ordenamento Florestal, os Planos de Defesa da Floresta contra Incêndios, os Planos de Desenvolvimento Sustentável da Floresta Portuguesa, os Planos Municipais de Intervenção na Floresta, os Planos Directores Municipais, os Planos Intermunicipais de Intervenção na Floresta, os Planos Zonais das Áreas Protegidas, os Planos Orientadores de Prevenção, entre muitos mais planos... Com tantos planos, a sobreposição e a contradição é mais do que inevitável.
Não seria melhor intervir à escala municipal? Para quando uma verdadeira política de defesa do municipalismo, onde as Câmaras Municipais possam ter competência e meios suficientes para intervir junto dos proprietários florestais e das comunidades locais na defesa da floresta? E, já agora, que a fiscalização seja levada a séria, tanto para as autarquias, como para o proprietário florestal. Entretanto, a floresta portuguesa continua a arder...
sexta-feira, agosto 19, 2005
Entregues à bicharada...
Claro que este tipo de programas só os vê quem quer, mas não seria lógico que o Instituto da Comunicação Social tivesse uma intervenção mais activa, no sentido de exigir às empresas televisivas um pouco mais de credibilidade e de preocupações a nível social? É que, se o Estado concedeu licenças televisivas à SIC e à TVI para emitirem em canal aberto, então estas não deveriam ter apenas a missão de encher os seus cofres de lucro, devendo também cumprir o seu papel de intervenientes a sociedade. Não é voltar aos tempos do lápis azul da censura, mas sim perceber que a formação e a educação dos nossos jovens não se concretiza só na Escola, mas também em casa e que, infelizmente, a televisão, a par da Internet, é cada vez mais a companhia da nossa juventude...
Neste sentido, há que elogiar a forma como a RTP tem "ignorado" a guerra das audiências e cumprido o seu compromisso de serviço público. Pena é que canais como a RTP Memória ou a SIC Notícias ainda não estejam à disposição da maioria da população portuguesa e que muitos dos seus programas não sejam emitidos pela RTP1 e SIC.
Agora, com a nova abjecção da SIC que aí vem, qual será a estratégia da TVI? Cavar ainda mais no fundo da podridão televisiva?
quarta-feira, agosto 17, 2005
Na procura da imagem mais dantesca...
Será que as entidades governamentais não podem fazer nada, no sentido de evitar esta instrumentalização dos fogos florestais por parte de alguns órgãos de comunicação social, nomeadamente, das televisões? É que não me admiro nada que este tipo de incentivo à caça do fogo mais espectacular leve gente menos astuta e instruída a provocar incêndios para que a sua terrinha apareça na televisão ou para conseguir uma fotografia "espectacular" e ver o seu nome aparecer no noticiário da SIC como o autor da foto de um qualquer fogo florestal!!!
Será que não há maneira de parar com este vergonhoso aproveitamento da desgraça alheia?
Entretanto, enquanto uma parte substancial do País arde, já lá vão quase duas semanas sem que ninguém ouça o que o Primeiro-Ministro tem a dizer sobre o que por cá se passa. É que lá pelo Quénia, as informações devem demorar a chegar ou então a preocupação de Sócrates é tão pouca que nada o demove de passar férias longe de Portugal... Uma vergonha!
sábado, agosto 06, 2005
Soares e Cavaco: diferenças mais que óbvias...
1. Na postura: Soares não tem sabido ser discreto e tem optado pela exposição mediática das suas acções de "audição" e "auscultação", enquanto que Cavaco tem assumido que a sua possível candidatura apenas será comunicada ao País depois das eleições autárquicas, o que demonstra carácter e respeito pelo povo português;
2. Na integridade: Soares anda há menos de um ano afirmava que "nem numa situação-limite seria candidato (...) seria uma loucura", enquanto que Cavaco nunca escondeu a possibilidade de voltar a apresentar uma candidatura ao cargo de PR, o que demonstra que Soares faltou à verdade, enquanto que Cavaco tem no respeito pela verdade uma das suas principais qualidades;
3. Na necessidade do equilíbrio do poder: Soares apresenta-se como fundador do PS, o que implica que nada fará para colocar em risco o Governo de Sócrates, pelo que a sua capacidade de intervenção e independência face ao Governo fica posta em causa, enquanto que Cavaco é reconhecidamente um perito a nível económico-financeiro, o que implica que terá uma maior capacidade de intervenção nas decisões menos acertadas deste Governo;
4. Na forma de estar: Soares vive dos holofotes e da exposição pública, sendo bem conhecido o seu gosto de viajar pelo mundo fora, o que dá a ideia de querer servir-se do cargo de PR para interesses meramente pessoais, enquanto que Cavaco se apresenta como uma personalidade bem mais discreta, sóbria, estudiosa e conhecedora dos reais problemas do País, o que demonstra que os interesses de Portugal estão bem acima dos interesses pessoais;
5. Na lucidez: independentemente da idade de Soares todos recordamos as vezes em que Soares foi "apanhado" a dormir em colóquios e conferências, para além das suas gaffes, como aquela em que confundiu milhares com milhões de euros, enquanto que a Cavaco se reconhece a sua capacidade para durante cinco anos representar condignamente a República Portuguesa.
Estas são apenas algumas das diferenças existentes entre Soares e Cavaco que me levam a pensar que só no caso de termos um povo muito distraído é que Cavaco não será eleito o próximo Presidente da República...
quarta-feira, agosto 03, 2005
"Seria uma loucura", dizia ele...
Que comentários merece uma pessoa que ainda há alguns meses colocava completamente de lado a possibilidade de avançar com uma candidatura à Presidência da República e que, por estes dias, anda, segundo o próprio, a "auscultar e a ouvir o que alguns sectores da sociedade portuguesa têm a dizer sobre o assunto de que se fala"? Sim, porque, nem o próprio Soares consegue ser frontal e dizer se tem ou não vontade de ser Presidente da República! Cada vez mais me parece que ainda há quem julgue que a política é como um brinquedo que se joga quando apetece e se deita fora quando se está farto...
Alegre tem razões mais do que suficientes para estar desiludido com o seu camarada Soares e, agora, mais do que nunca tem razões para apresentar a sua candidatura a Belém, porque nunca omitiu a sua vontade e porque este é um cargo que deve ter contornos de autonomia e independência e não, como fez Soares, com interesses de cariz partidário...
Quanto a Cavaco, que não anda a reboque do PSD, tem agora razões de sobra para ficar mais descansado com a hipótese Soares. É que se ao princípio esta hipótese o poderia preocupar, a forma como a mesma foi desencadeada apenas beneficia a postura íntegra e honesta de Cavaco...
sábado, julho 30, 2005
Que tipo de universidades queremos?
Primeiro que tudo, dois breves apontamentos. Por um lado, há que elogiar o facto de, mais uma vez, ser o jornal Público a informar os portugueses deste tipo de resultados, uma vez que parece que vivemos num tempo em que se fala muito de estudos, mas vê-los é que nada... Olhe-se para o caso dos ditos estudos sobre o TGV e o aeroporto da OTA de que o Governo tanto fala, mas que ninguém sabe onde é que páram!
Em segundo lugar, há que reconhecer a pertinência deste tipo de análises reveladas pelo Público que servem para reflectir um pouco sobre o que queremos, realmente, do ensino superior público português.
Relativamente ao referido estudo, que dá conta do número de artigos publicados em revistas científicas internacionais, a Universidade de Aveiro aparece destacada como aquela onde a produção e investigação científicas são mais notórias, fruto do resultado obtido de 1,5 artigos publicados, anualmente, por cada docente de carreira. Seguem-se as Universidades do Algarve, do Porto e Técnica de Lisboa com 0,8 artigos publicados por docente. As restantes universidades aparecem com valores inferiores a 0,7 artigos.
Ora, apesar deste estudo ter a mais-valia de alertar as entidades competentes para este assunto e dar conta do reduzido peso que a investigação ainda tem no nosso ensino superior, penso que é um erro reduzir a investigação científica a um mera contabilização de artigos publicados, ignorando outros factores importantes nessa análise, tais como a cooperação universidade-empresa e a realização de estudos a nível local e regional, entre outros. Claro que a publicação de artigos em revistas internacionais é um elemento importante e, nesse aspecto, há que elogiar a Universidade de Aveiro, mas não deve ser esquecida toda a componente prática que uma instituição de ensino superior revela quando apoia as empresas da sua região, fomenta a investigação ligada à indústria, coopera com as autarquias na consolidação de projectos locais, promove a incubação de empresas, etc.
Esperemos que os resultados deste estudo não fiquem na gaveta e sirvam, pelo menos, para aumentar o rigor com que as universidades devem ser avaliadas, por forma a termos universidades não só voltadas para o ensino, mas, cada vez mais, com ligações à investigação e ao desenvolvimento regional.
terça-feira, julho 26, 2005
Nuclear??? Com tanto sol e vento...
A conclusão que podemos retirar é que ainda há quem não se tivesse apercebido que Portugal é um dos países com mais potencialidades ao nível das energias solar e eólica, para além da própria energia das ondas e marés e da proveniente das barragens.
Se é uma evidência mais do que clara que devemos investir neste tipo de energias renováveis (apesar do esforço deste Governo, a aposta deveria e poderia ser ainda maior), também se sabe que um dos graves problemas do nosso País prende-se com a dependência total do exterior face ao petróleo, um dos factores responsáveis pelo crónico défice comercial de Portugal. A solução para este problema, enquanto os automóveis e camiões não funcionarem a hidrogénio (talvez daqui a 50 anos...) passaria pelo nosso País conseguir ter influência junto de algumas das nossas antigas colónias que possuem este recurso energético, casos de Timor-Leste ou de Angola. Mas nada! Também neste aspecto deixámo-nos ficar para trás e continuamos sem conseguir termos influência logística junto dos nossos parceiros da CPLP...
Ironicamente, por cá, prevê-se que o investimento em energia eólica, na sua maioria de origem privada, seja de 900 milhões de Euros, menos de metade do que o Governo se prepara para esbanjar em dois projectos alucinantes (o TGV e o novo aeroporto da Ota) que não trazem qualquer contrapartida benéfica a Portugal e, mais, apenas irão beneficiar a economia espanhola...
domingo, julho 24, 2005
Reféns da Ota e do TGV...
Chegados ao novo Governo PS, chefiado por Sócrates, o que temos? Pois bem, a velha máxima socialista de piscar o olho aos lobbies instalados, neste momento dominados pelas grandes empresas de construção civil que vêem as próximas eleições autárquicas como uma possibilidade de financiarem muitos dos autarcas deste País e, assim, receberem as benesses do Executivo socialista. Deste modo, temos o abandono do conceito gasto do "choque tecnológico" com que Sócrates enganou o eleitorado e passamos à estratégia dos investimentos no betão e no ferro, ou seja, num novo aeroporto a 50 Kms de Lisboa e numa estrutura ferroviária do tipo TGV que apenas servirá para "meia dúzia de executivos" irem a Madrid tratar de negócios. Isto num País que nem sequer tem uma condigna rede ferroviária nacional que ligue, através de Intercidades, as principais urbes de Portugal continental. Quanto ao aeroporto da Ota, será que Sócrates pensa que irá convencer os turistas estrangeiros a aterrarem na Ota quando pretenderem passar férias em Espanha? Está muito enganado...
Importante e urgente seria, efectivamente, investir no capital humano, ou seja, qualificar de forma séria e rigorosa (e não como tem acontecido com muitos cursos de formação que por aí abundam para alguns ganharem muito sem fazerem nada...) a nossa mão-de-obra, ao mesmo tempo que se deveria apostar em dois ou três clusters específicos da nossa estrutura económica (têxteis e vestuário, moldes e vidros), com vista à exportação e, assim, potenciar a entrada de mais valias em Portugal.
Enquanto insistirmos em gastar recursos que não têm retorno e não investirmos a sério na educação, formação e inovação, continuaremos a ver passar-nos à frente os (poucos que restam) nossos parceiros comunitários...
quinta-feira, julho 21, 2005
Se não fosse um assunto tão sério daria vontade de rir...
Pois bem, aquele que foi apresentado há quatro meses como um rigoroso e conceituado catedrático de Economia que iria colocar as contas públicas na ordem, desde cedo se começou a revelar como alguém que pensava pela sua cabeça e que não estava no Governo para fazer fretes ao PS. A corda esticou e o Ministro foi obrigado a pedir a sua demissão, vindo agora com a justificação esfarrapada do cansaço e das questões familiares. Ora, então ainda há cinco dias, Campos e Cunha concedeu uma entrevista ao Público, assumindo compromissos para o próximo ano e agora já está cansado. Acredite quem quiser...
Daqui a uns meses lá virá Campos e Cunha contar a verdade sobre este assunto, dando conta dos "podres" existentes no interior deste Governo. A continuar assim, o próximo a seguir-lhe os passos será Freitas do Amaral, quando este constatar que o PS não o irá apoiar para se candidatar às Presidências.
Entretanto, a tralha guterrista volta ao Governo. Desta feita, alguém que durante o último Governo de Guterres também teve responsabilidades no descalabro em que foram deixadas as contas públicas... Cada vez mais se nota que Sócrates está a ser completamente "trucidado" pelo aparelho socialista: agora voltamos à teoria do betão, com os mais que "gastos" TGV e OTA...
segunda-feira, julho 11, 2005
Perdoar dívidas não é solução! E a democracia?
Ironicamente, ou nem tanto, realizou-se na Escócia mais uma reunião dos oito países mais poderosos do mundo, cujas decisões finais resultaram num aumento da ajuda financeira a África em mais de 50 mil milhões de euros e na anulação da dívida externa dos países africanos mais pobres.
Pois bem, será que alguém já se deu conta que os países africanos mais endividados são a Nigéria, o Egipto, a Argélia e Marrocos, que em conjunto têm uma dívida de mais de 100 mil milhões de dólares? E o que dizer destes países? São governados por gente séria? Elogiam a democracia e a paz? Não têm recursos naturais que possam trazer benefícios às suas populações? Apostam na educação e no desenvolvimento? Enfim, bastará um pouco de cultura geral para responder de forma correcta a estas questões...
Para quando uma política séria que relacione o desenvolvimento africano com dois postulados: a democracia e a paz? É que, por mais que se perdoem dívidas e se injecte dinheiro nestes países, (des)governados por gente corrupta que se instala no poder à custa do desvio das riquezas dos seus povos e do fomento da guerra, não se conseguirá alcançar o desenvolvimento sério de um continente onde a democracia está a milhas de distância de ser concretizada.
Quanto a concertos de grupos musicais que dizem querer fomentar a paz em África, apenas direi que na passada semana as vendas da indústria discográfica aumentaram a olhos vistos...
quinta-feira, julho 07, 2005
Uma Espanha muito estranha...
O que mais me surpreendeu nesta "hecatombe" espanhola foi a forma pouco consensual e deveras arrogante como o Governo de Zapatero avançou para uma medida que "destrói" um valor que dura há centenas de anos, banalizando por completo o conceito de família. Zapatero esquece-se que, tal como agora, se socorreu de uma maioria parlamentar para mudar uma lei fundamental, também um próximo Governo do centro-direita que detenha maioria parlamentar facilmente fará voltar esta questão ao seu ponto inicial e do qual nunca deveria ter saído. É que Zapatero nem sequer colocou a hipótese de uma consulta ao povo espanhol, por meio de referendo. Esta atitude do Governo espanhol roça a teimosia, ignorando por completo, a opinião da Igreja Católica e de milhões de espanhóis que deveriam ter sido chamados a pronunciar-se sobre um tema que tem que ver com a defesa da família e os direitos de crianças órfãs, às quais devem ser concedidas um pai e uma mãe.
Alguns amigos meus, meio a brincar, meio a sério, costumavam dizer-me que, se fossemos espanhóis, viveríamos muito melhor. Agora, já colocam um ponto de interrogação nessa possibilidade. É que, mais vale viver num Portugal um pouco menos rico, mas de cara lavada e com orgulho na defesa dos valores da família e das crianças desprotegidas, do que numa Espanha, que na ânsia de "copiar" alguns países menos conservadores, se deixa levar pelo imediatismo de grupos que só pensam nos seus direitos, esquecendo-se que, numa sociedade, contam todos...
quinta-feira, junho 30, 2005
As asneiras de um Estado de mãos largas...
Depois dos sindicatos se terem auto-silenciado durante a campanha eleitoral, aparecem agora cheios de força e vontade em abalar com as estruturas sociais deste País. Tudo porque, provavelmente, pensavam que o Governo de Sócrates iria ter uma acção muito diferente da do anterior Governo PSD-PP em termos de revisão de muitos dos direitos que os funcionários públicos possuem actualmente e que urge serem alterados, caso se queira ter um Estado de cariz social com o mínimo de sustentabilidade a médio-longo prazo.
Depois de nos anos 80 e 90, em particular com os Governos de Cavaco Silva, terem sido criados uma série de benefícios de cariz social em favor dos funcionários públicos, desde o sistema da ADSE até à proliferação de subsídios "disto e daquilo" e reformas antecipadas, entre muitas outras regalias, chegou a hora da verdade: o Estado não tem capacidade para cumprir os compromissos que assumiu há cerca de vinte anos atrás...
Sinceramente, sou da opinião que não restava a Sócrates tomar outra solução do que assumir publicamente a necessidade de continuar a política de contenção da despesa pública que o anterior Governo iniciou através da implementação das mudanças no código laboral e do aumento da idade da reforma. Agora há que continuar com a revisão de muitos dos privilégios que os funcionários públicos detêm em comparação com os trabalhadores do sector privado. E, depois da asneira do aumento do IVA, não ter medo de acabar com as SCUT`s!
Quer se concorde ou não, a verdade é que o Estado português não tem capacidade para continuar a ter uma Função Pública com quase 1 milhão de trabalhadores (ninguém sabe o número ao certo, mas se tivermos em conta a acumulação de cargos, o número não andará longe deste...) que apresentam um reduzido índice de produtividade e cujos direitos sociais têm vindo a aumentar sucessivamente desde 1974.
Há que dar um murro na mesa! Pena é que Sócrates tenha agora que se sujeitar a ser apelidado de mentiroso por esses milhares de trabalhadores que andam nas ruas a protestar, desde professores e polícias até enfermeiros e militares...
Mais valia termos um Governo de maioria relativa, mas de consciência limpa, do que um Governo com maioria absoluta, mas de cara envergonhada...