Só faltava mais esta!!! O Partido Socialista acaba de impor a todos os partidos políticos a exigência de colocar, por cada três candidatos às listas eleitorais para a Assembleia da República, Parlamento Europeu e autarquias locais, o nome de uma mulher, independentemente da capacidade que esta demonstre ter para ocupar um cargo de elevada exigência...
Ou seja, entramos na lógica da quantidade, em desfavor da qualidade. Para o PS (e, pelos vistos também para o BE) o que interessa é que cada lista eleitoral apresente um mínimo de 33% de representação para cada sexo, o que é o mesmo que desvalorizar a capacidade de mérito e de valor próprio de cada um dos eleitos à mera questão do género.
Por este andar, os casos de senhoras como o da esposa do antigo Ministro Sousa Franco vão multiplicar-se. A senhora é deputada na Assembleia da República eleita pelo círculo eleitoral de Coimbra (ainda por cima como cabeça de lista!) e consta-se que passa os dias calada no Parlamento, isto, quando se digna a aparecer ao "trabalho"...
Que dirão as mulheres que honram o esforço, a dedicação, o mérito e o rigor desta verdadeira engenharia social, que roça a inconstitucionalidade, tal é a forma discriminatória e falsa de que a mesma se reveste?
É caso para daqui a uns tempos começarmos a questionar as senhoras eleitas: a senhora pertence à quota ou está aqui por mérito próprio???
6 comentários:
Está a brincar, certo?
É mesmo verdade. Com tantas questões de fundo por resolver, os senhores do parlamento entretém os portugueses com mais esta medida. Onde está a iniciativa de cada mulher, onde está a realização profissional e pessoal e até o mérito de cada uma???
Ainda há pouco tempo se "celebrou" mais um Dia Internacional da Mulher. Então mas, não querem elas ter as mesmas oportunidades que os homens? Não querem eleas aceder aos mesmos lugares e empregos que os homens? (Note-se que não tenho nada contra, antes pelo contrário).
Não me parece ser este o processo mais adequado. Irão as mulheres deixar-se levar por esta medida????
Bem, em muitos paises do norte da europa foi assim que começou, e actualmente já existe paridade, e mulheres há frente do governo....
Mas caro amigo, a manterem-se as avaliações de mérito como até aqui, face
à actual representatividade das mulheres
na vida pública, teriam que continuar a esperar vários séculos até atingirem o respectivo equilíbrio. A menos que os avaliadores deixem de mais exigentes
para com as mulheres do que o são para com os homens.
Faço minhas as tuas palavras...
Um abraço
Olha, era uma boa altura para o nosso Presidente se pronunciar.
Também não concordo com a medida, no meu entender é inconstitucional.
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