A notícia do dia não poderia deixar de ser outra e dará para alimentar as capas de jornais dos próximos dias. Segundo o jornal Público, o Supremo Tribunal de Justiça considerou como "lícito" e "aceitável" o comportamento da responsável de um lar de crianças com deficiências mentais, acusada de dar palmadas e estaladas às crianças e de fechá-las em quartos escuros quando estas se recusavam a comer. Ora, há que realçar que a dita senhora foi condenada pelos referidos actos a 18 meses de prisão, com pena suspensa por um ano... O resto da história já todos devem saber: há quem tenha vindo dizer que com juízes destes as agressões a menores irão aumentar, enquanto que outros defendem a postura, digamos, algo conservadora da decisão do tribunal.
Na qualidade de pai e professor penso ter algum conhecimento de causa para formular uma opinião rigorosa sobre este caso. Assim, não sou daqueles que simplesmente condenam a decisão tomada pelos senhores juízes, na medida em que só quem não percebe de educação de crianças (estou a falar da prática do dia-a-dia e não do que dizem os teóricos) é que poderá afirmar que para todas as crianças bastará o diálogo para lhes fazer ver o que está correcto e incorrecto. Que ingenuidade!!! Assim, não me repugna nada que, no acto de educar uma criança seja necessário, em momentos decisivos e pontuais, aplicar um correctivo que lhes fique de emenda. Claro que me refiro a situações excepcionais tomadas pelos pais ou pelos educadores com o consentimento dos pais que servirão de exemplo para muitos e bons anos... E refiro-me a uma palmada no rabo e não a bofetadas ou actos mais violentos!
Agora, há algo que falhou na decisão do Supremo Tribunal de Justiça: a forma como justificou a sua decisão. É que ou se provava que estas situações tinham tido um carácter excepcional e de exemplo e aí a sentença até poderia estar correcta ou, no caso de se tratar de uma forma de actuar recorrente e assídua da responsável do lar, teria que se alterar a pena e julgar a dita senhora por não saber exercer a sua profissão.
Enfim, muito mais haveria por dizer... Mas, penso que quem continue a seguir os teóricos da educação, ou seja, aqueles que nunca tomaram conta de crianças, nem tiveram a seu cargo dezenas de adolescentes numa sala de aula, é que poderá continuar a colocar todas as situações no mesmo saco e a pensar que tudo se resolve apenas com palavras. Cada caso é um caso e tomara muitos pais e mães de hoje terem tido a capacidade e consciência para darem um simples correctivo aos seus filhos no momento certo (geralmente na infância ou adolescência) para hoje poderem ter orgulho neles. Claro que não me refiro a agressões, mas apenas a pequenas palmadas...
7 comentários:
Eu levei alguma pancada dos meus pais... mas como se diz, foram mal empregues as que cairam no chão! Fizeram de mim a pessoa que sou hoje! Mas não posso concordar inteiramente contigo. O correctivo ocasional não mata ninguém mas trancar num quarto escuro durante tardes e amarrar à cama parecem coisas não ocasionais e más... muito más!
No entanto, não atiro pedras aos juízes! Por princípio, só critico quando apresento soluções, o que neste caso não acontece...
Não foi própriamente uma vitima da estalada na minha infância e adolescência. Julgo até que em determinadas situações até tive falta delas. Mas é corrente agora ouvirmos os defensores dos novos métodos educionais condenar todo o uso do castigo às novas gerações. Não é por acaso que agora assisto até com alguma frequência em lugares públicos a serem a crianças, quando contrariadas a esbofetearem os próprios pais. Por isso não admira que assistamos a este quase coro de contestação a esta decisão judicial, porque contraria os conceitos educacionais dos pais modernos. Por isso se vê no dia-a-dia
um crescendo de má educação nas crianças e adolescentes, sobretudo daqueles que são educados através da via do diálogo, nunca tendo sido castigados com uma chapada ou por
qualquer outro processo.
Correcção de dois erros: queria escrever "Não fui" e "métodos educacionais"
Olá Pedro
Estou inteiramente de acordo contigo...
Quantas vezes um grito...um olhar mais fixo...a tal palmadinha no rabo...não resultou?!
Olha quando fui criança levei muitas palmadas e alguns castigos...e ainda bem que os tive...porque ajudaram-ne a reflectir...ajudaram-me a ter respeito...etc...
Educar não é só passar as mãozinhas no rosto, dar carinho...
fica bem
Desta vez tenho que concordar consigo, caro Peixoto. E dizer ao daniel tecelão, boa pessoa sem dúvida, que, no dia em que vi a minha filha de dois anos, de chave do carro na mão, a correr para a tomada eléctrica, não pensei muito em argumentar com ela, nem para tal tive tempo. Foi mesmo uma palmada na mão, acompanhada de um «Não» bastante altissonante. Deu resultado (ela nunca mais tentou) e não me parece que tenha ficado trumatizada. Um castigo aplicado a tempo e horas, com forte motivação, é positivo. Educar é preparar para a vida, lugar onde as estaladas nem sequer avisam antes de nos cair em cima...
Em minha casa também, mas em casa dos meus amigos não ...
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