Na página do Ministério da Educação (ME) dedicada aos exames nacionais (GAVE) afirma-se que "os exames nacionais se enquadram num processo que contribui para a certificação das aprendizagens e competências adquiridas pelos alunos e, paralelamente, revelam-se instrumentos de enorme valia para a regulação das práticas educativas, no sentido da garantia de uma melhoria sustentada das aprendizagens." Ora, torna-se difícil acreditar nestas palavras quando desde há vários anos é notória a aplicação de uma estratégia de puro facilitismo na elaboração dos exames nacionais que em nada contribui para a melhoria das aprendizagens, como defende o ME. Bem pelo contrário...
Os alunos já se aperceberam que, regra geral, os exames nacionais são mais fáceis que os testes dados pelos professores ao longo do ano lectivo. Aliás,no caso da Matemática são cada vez mais os alunos que anulam a matrícula para se inscreverem nos exames como alunos externos. Na disciplina que lecciono, Geografia, custa acreditar que o exame nacional tenha metade da cotação aplicada a 20 questões de escolha múltipla, sendo que as perguntas de desenvovimento se resumem a duas, por sinal bastante (ou demasiado) acessíveis. Com exames destes, não vamos longe...
Apesar de tudo, o ME continua a defender o rigor e a exigência destes exames. Mas, os alunos e os professores competentes sabem que isso não é verdade. E não é preciso ser-se professor para perceber esta realidade. Basta ler o editorial do Público. Vale a pena...
2 comentários:
Então como erxplica os baixos resultados dos exames de matemática?
Os resultados a matemática só não são piores porque o exame não foi exigente. Caso contrário, em vez de uma média de 10 valores a Matemática teríamos uma média de 4 ou 5 valores!!!
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