A tragédia que abalou a ilha da Madeira merece ser encarada como verdadeiro exemplo de como a força da Natureza deve ser levada a sério. De facto, as alterações climáticas estão na origem de situações climáticas extremas que tendem a ocorrer com maior regularidade. Sejam períodos de chuva intensa num curto espaço de tempo ou situações de secas extremas, a verdade é que convém que nos convençamos que, actualmente, a melhor estratégia para contornar os efeitos nefastos destas catástrofes naturias é a prevenção e o conhecimento sobre as suas causas e consequências.
Como professor de Geografia conheço bem a curiosidade que os meus alunos costumam demonstrar sempre que dou aulas sobre a meteorologia e as catástrofes naturais. Ainda há dois meses debati com os meus alunos do 8º ano a importância de não construir abaixo dos leitos máximos dos cursos de água, sobretudo se estes forem de reduzidas dimensões, visto que enchem com maior rapidez em casos de elevada precipitação. Mostrei-lhes vídeos sobre as inundações no rio Alviela e na ribeira de Algés. Todos perceberam o problema de se construir em locais errados e até deram exemplos de erros urbanísticos verificados nas suas localidades. Por outro lado, falámos sobre as imagens de satélite e de radar e da importância de estarmos atentos aos avisos da Protecção Civil. Infelizmente, soubemos agora que na Madeira não há ainda nenhum radar meteorológico.
Como professor de Geografia conheço bem a curiosidade que os meus alunos costumam demonstrar sempre que dou aulas sobre a meteorologia e as catástrofes naturais. Ainda há dois meses debati com os meus alunos do 8º ano a importância de não construir abaixo dos leitos máximos dos cursos de água, sobretudo se estes forem de reduzidas dimensões, visto que enchem com maior rapidez em casos de elevada precipitação. Mostrei-lhes vídeos sobre as inundações no rio Alviela e na ribeira de Algés. Todos perceberam o problema de se construir em locais errados e até deram exemplos de erros urbanísticos verificados nas suas localidades. Por outro lado, falámos sobre as imagens de satélite e de radar e da importância de estarmos atentos aos avisos da Protecção Civil. Infelizmente, soubemos agora que na Madeira não há ainda nenhum radar meteorológico.
Enfim, juntou-se a força da Natureza à incompetência humana e foi o que se sabe. Que a recuperação seja rápida e que as autoridades tenham aprendido alguma coisa com esta tragédia. O apoio da ciência deve basear as decisões políticas!!!
1 comentário:
Olá Pedro...
Já calculava que irias escrever algo sobre esta tragédia.
Concordo quando dizes que houve erros urbanisticos, sem duvida que houve. eu perfeitamente conheço bem a Ilha. Um dos grandes erros foi a construção do grande centro comercial Dolce Vita que encurtou consideravelmente uma das ribeiras principais...É verdade que muitas construções junto as ribeiras nao deveriam ser feitas...Mas devo dizer-te que a responsabilidade desta tragédia toda deve-se tb á força da Natureza, a fenomenos naturais raros. Tu como Professor de Geografia deves saber bem .
Penso que as autoridades pelo grande susto que tiveram já aprenderam! Nota-se no rosto deles, muitos não querem assumir perante as camaras televisivas, mas nós madeirenses sabemos de muitas coisas, assuntos que me leva a dizer isto.
Quanto á recuperação, essa não será rápida, infelizmente muita gente terá que recomeçar do zero ou nem sequer abrirão portas. vivemos numa epoca de crise financeira. E esta catastrofe nao veio facilitar em nada. O coração da cidade foi bastante destruido... Nunca vi nada assim!!
Levará alguns meses para que tudo recomece a normalizar.
Penso com a ajuda da Uniao Europeia, e muitos paises em solidariedade para com a Madeira, grandes empresários, e até mesmo o cristiano Ronaldo que como imaginamos irão ajudar na reconstrução da capital madeirense e outras zonas que foram tambem gravemente afectadas.
Aqui por casa, houve alguns estragos tambem, eu tambem vi-me aflita, com a água a subir consideravelmente no predio chegando ao 1º andar, vivendo eu com a minha mae no 2 andar. Mas, com a colaboração de todos os vizinhos, estratégias para desviar caudais, alguns conhecimentos importantes para estas emergencias permitiram minimizar maiores estragos e aliviar uma grande tensão. A União faz a força!
Ainda há muita água pelo predio, e aos poucos vamos retirando, visto que os bombeiros, policia, militares nao Têm forças para chegar a todo o lado. As vidas humanas estão em primeiro lugar, restabelecer familias, etc...
Pedro tudo aos poucos normalizará.
Cumprimentos da Isabel da Madeira
Saudades
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