sexta-feira, maio 10, 2013

Depois ainda dizem que o Governo só se mete com os fracos!

Como sabemos (convém relembrar, pois há quem queira esquecer) Portugal estava sem financiamento externo no início de 2011. Ora, num país com décadas de défice orçamental e com uma década perdida em termos de crescimento económico, o financiamento externo tem sido condição essencial para que o Estado português possa cumprir com as suas obrigações. E quando falamos de obrigações falamos do pagamento de salários, das pensões, dos apoios sociais, dos pagamentos aos fornecedores...
Convém relembrar que os sete anos de (des)governos socráticos foram parcos em obras úteis e fartos em propaganda e obras fúteis. Nestas destacam-se as auto-estradas que inundaram o país de Norte a Sul e que constituíram um negócio das arábias para muitas empresas privadas. Negócios que deixaram o Estado cheio de dívidas, a pagar ao longo de mais de três décadas.
Ora, o Ministro Santos Pereira conseguiu finalmente bater o pé aos concessionários privados das PPP´s e, com a ameaça da imposição de um imposto às PPP`s, assinou, em nome do Estado português, novos contratos que resultam, só este ano, numa poupança de 300 milhões de euros de pagamentos a estas empresas.
Santos Pereira tem sido dos Ministros deste Governo que mais considero. Tenho-o como alguém sério, trabalhador e imune a interesses que não aqueles que devem estar na base das funções de Ministro. Fica aqui registado o elogio ao Ministro que conseguiu fazer frente aos privados que quiseram enriquecer à custa das negociatas socráticas. Depois não venham dizer que este Governo só se mete com os fracos...

3 comentários:

Afonso disse...

Uma poupança que não é mais do que uma gota no oceano dum governo que até aos reformados decide roubar. Uma vergonha.

daniel tecelao disse...

Mais uma treta safada deste governo.
As poupanças obtidas com as PPPs,foi á custa de cortes em obras e na manutenção,daqui a uns anos vamos ver o estado de conservação das vias.
As chorudas rendas estão intocáveis!!!

Pedro disse...

Afonso,
uma gota no oceano que vela 300 milhões de euros num ano não é de desprezar.

Tecelão,
as chorudas rendas foram assinadas pelo governo de Sócrates.