O ano 2003 que agora termina foi atribulado, em todos os sentidos, tanto a nível nacional, como internacional. Fomos apanhados por uma crise económica, que teve e continua a ter custos sociais e levámos com um bombardeamento de casos de pedofilia, dos quais se destaca o da Casa Pia. A nível externo, assistimos à Guerra do Iraque, tal e qual como se tratasse de um série televisiva... O ano termina com uma catástrofe no Irão, que representa uma espécie de síntese do ano 2003. Claro que também houve acontecimentos positivos, mas que não chegaram para contrariar um ano, globalmente, negativo.
Assim, é com espírito optimista, que desejo a todos, em especial aos que têm o hábito de visitar este blogue, um ano 2004, onde as alegrias superem as tristezas, e onde nas casas de cada um, possam haver paz, amor, trabalho e saúde...
Um abraço.
quarta-feira, dezembro 31, 2003
BALANÇO: prémios internacionais de 2003
Em relaçãoo às personalidades e acontecimentos que se destacaram, positiva e negativamente, em 2003 aqui deixo os seguintes prémios:
- a vedeta do ano: George W. Bush
- o bobo do ano: Michael Jackson
- o esforçado do ano: Papa Karol Woityla
- o aliviado do ano: Vladimir Putin
- o veterano do ano: George W. Bush
- o caloiro do ano: Arnold Schwarzenegger
- o coerente do ano: Lula da Silva
- o incoerente do ano: Gehrard Schroder
- o premiado do ano: George W. Bush
- o derrotado do ano: Saddam Hussein
- a surpresa do ano: Arnold Schwarzenegger
- o desastre do ano: a Guerra do Iraque
- a alegria do ano: o "fim" da Guerra do Iraque
- a angústia do ano: o sismo no Irão
- a palavra do ano: a guerra
- a imagem do ano: a captura de Saddam
- a vedeta do ano: George W. Bush
- o bobo do ano: Michael Jackson
- o esforçado do ano: Papa Karol Woityla
- o aliviado do ano: Vladimir Putin
- o veterano do ano: George W. Bush
- o caloiro do ano: Arnold Schwarzenegger
- o coerente do ano: Lula da Silva
- o incoerente do ano: Gehrard Schroder
- o premiado do ano: George W. Bush
- o derrotado do ano: Saddam Hussein
- a surpresa do ano: Arnold Schwarzenegger
- o desastre do ano: a Guerra do Iraque
- a alegria do ano: o "fim" da Guerra do Iraque
- a angústia do ano: o sismo no Irão
- a palavra do ano: a guerra
- a imagem do ano: a captura de Saddam
terça-feira, dezembro 30, 2003
BALANÇO: prémios nacionais de 2003
Em relação às personalidades e acontecimentos que se destacaram, positiva e negativamente, em 2003 aqui deixo os seguintes prémios:
- a vedeta do ano: Manuela Ferreira Leite
- o bobo do ano: Ferro Rodrigues
- o esforçado do ano: Durão Barroso
- o aliviado do ano: Paulo Portas
- o veterano do ano: Marcelo Rebelo de Sousa
- o caloiro do ano: Manuel Monteiro
- o coerente do ano: Rui Teixeira
- o incoerente do ano: Bibi
- o premiado do ano: José Mourinho
- o derrotado do ano: Carlos Cruz
- a surpresa do ano: a blogosfera
- o desastre do ano: o caso Casa Pia
- a alegria do ano: os Rolling Stones em Portugal
- a angústia do ano: os incêndios de Verão
- a palavra do ano: o déficit
- a imagem do ano: a "cabeça baixa" de Paulo Pedroso
- a vedeta do ano: Manuela Ferreira Leite
- o bobo do ano: Ferro Rodrigues
- o esforçado do ano: Durão Barroso
- o aliviado do ano: Paulo Portas
- o veterano do ano: Marcelo Rebelo de Sousa
- o caloiro do ano: Manuel Monteiro
- o coerente do ano: Rui Teixeira
- o incoerente do ano: Bibi
- o premiado do ano: José Mourinho
- o derrotado do ano: Carlos Cruz
- a surpresa do ano: a blogosfera
- o desastre do ano: o caso Casa Pia
- a alegria do ano: os Rolling Stones em Portugal
- a angústia do ano: os incêndios de Verão
- a palavra do ano: o déficit
- a imagem do ano: a "cabeça baixa" de Paulo Pedroso
segunda-feira, dezembro 29, 2003
BALANÇO: as personalidades internacionais de 2003
No balanço das personalidades internacionais deste ano que finaliza, penso que será lógico optar por aquelas que foram mais faladas, tanto positiva, como negativamente. Sendo assim, escolho como personalidade do ano, pela controvérsia que suscitou, o Presidente dos E.U.A., George W. Bush. As decisões (boas ou más) que tomou, sobretudo a da guerra contra o Iraque, desbravaram o caminho que o mundo teve que seguir (por livre opção ou por arrastamento), abrangendo sobre si millhões de vozes contra e outras tantas a favor.
O ano de 2003 foi centrado, internacionalmente, pelo conflito do Iraque e pela luta contra o terrorismo, e, quer se queira ou não, se em 2001 foi Bin Laden que tomou conta das "consciências" mundiais, desta vez, foi Bush, com o apoio de Blair e seus aliados, que orientou o caminho da luta contra o terrorismo.
Por razões diversas da anterior, destaco o Papa Karol Woytila, pela sua demonstração de coragem e luta, na procura de um mundo mais justo, equilibrado e pacífico, encarnando ele próprio a imagem de que o mundo não se deve vergar pelas dificuldades surgidas, quaisquer que elas sejam... A solidez intelectual do Papa, vergada a uma imagem física decadente e fraca, surge como uma espécie de resposta àqueles que pensam que o mundo deve fraquejar ao mínimo obstáculo que surja. Pode ser que este seja o sinal que faça o mundo despertar para a necessidade de lutar contra todas as formas malignas que pairam sobre o nosso planeta, desde o terrorismo, as guerras, a fome, a pobreza, a poluição, entre outras...
O ano de 2003 foi centrado, internacionalmente, pelo conflito do Iraque e pela luta contra o terrorismo, e, quer se queira ou não, se em 2001 foi Bin Laden que tomou conta das "consciências" mundiais, desta vez, foi Bush, com o apoio de Blair e seus aliados, que orientou o caminho da luta contra o terrorismo.
Por razões diversas da anterior, destaco o Papa Karol Woytila, pela sua demonstração de coragem e luta, na procura de um mundo mais justo, equilibrado e pacífico, encarnando ele próprio a imagem de que o mundo não se deve vergar pelas dificuldades surgidas, quaisquer que elas sejam... A solidez intelectual do Papa, vergada a uma imagem física decadente e fraca, surge como uma espécie de resposta àqueles que pensam que o mundo deve fraquejar ao mínimo obstáculo que surja. Pode ser que este seja o sinal que faça o mundo despertar para a necessidade de lutar contra todas as formas malignas que pairam sobre o nosso planeta, desde o terrorismo, as guerras, a fome, a pobreza, a poluição, entre outras...
domingo, dezembro 28, 2003
BALANÇO: as personalidades nacionais de 2003
As personalidades mais importantes do ano de 2003, em Portugal, estão directamente relacionadas com o acontecimento que dominou os noticiários e as conversas dos portugueses: o escândalo da Casa Pia. Na minha opinião, duas personalidades destacaram-se pela positiva como impulsionadores de uma nova forma de pensar a justiça: a jornalista Felícia Cabrita e o juíz Rui Teixeira. Escolho estas duas personalidades como as referências nacionais de 2003, pois graças a elas, o país pôde, finalmente, pensar que o jornalismo e a justiça podem servir, efectivamente, para investigar pessoas que, pela posição vantajosa que têm na vida, poderiam-se considerar imunes à lei geral...
Lembremo-nos que foi graças à reportagem jornalística da jornalista Felícia Cabrita, do semanário Expresso, que a Polícia Judiciária e o Ministério Público começaram a investigar a alegada rede de pedofilia da Casa Pia, envolvendo personalidades conhecidas ao nível do espectáculo e da política. Por outro lado, temos que considerar que a postura do juíz Rui Teixeira ao longo de todo o processo de investigação do caso da Casa Pia (concordemos ou não com essa postura) levou a que a população portuguesa, finalmente, pudesse pensar que a justiça é igual para todos.
Mesmo sem sabermos como é que ao longo de 2004 se vai desenrolar o processo da Casa Pia, não podemos ignorar que, devido à actuação da jornalista Felícia Cabrita e do juíz Rui Teixeira, desenvolveram-se na população portuguesa uma nova forma de encarar a pedofilia e uma nova esperança de que se cumpra a justiça, independentemente, das pessoas que ela possa atingir...
Lembremo-nos que foi graças à reportagem jornalística da jornalista Felícia Cabrita, do semanário Expresso, que a Polícia Judiciária e o Ministério Público começaram a investigar a alegada rede de pedofilia da Casa Pia, envolvendo personalidades conhecidas ao nível do espectáculo e da política. Por outro lado, temos que considerar que a postura do juíz Rui Teixeira ao longo de todo o processo de investigação do caso da Casa Pia (concordemos ou não com essa postura) levou a que a população portuguesa, finalmente, pudesse pensar que a justiça é igual para todos.
Mesmo sem sabermos como é que ao longo de 2004 se vai desenrolar o processo da Casa Pia, não podemos ignorar que, devido à actuação da jornalista Felícia Cabrita e do juíz Rui Teixeira, desenvolveram-se na população portuguesa uma nova forma de encarar a pedofilia e uma nova esperança de que se cumpra a justiça, independentemente, das pessoas que ela possa atingir...
sábado, dezembro 27, 2003
BALANÇO: o(s) acontecimento(s) internacional(ais) de 2003
O ano de 2003 foi pautado, a nível internacional, pela guerra que os E.U.A. e seus aliados infligiram ao regime de Saddam Hussein. Este acontecimento, com todas as suas vicissitudes, pode ser considerado numa dupla vertente: a positiva e a negativa. Positiva, porque a Guerra do Iraque veio demonstrar ao mundo que, felizmente, existe uma Nação que, a mal ou bem, tenta combater de todas as formas possíveis esse "monstro" silencioso e oculto que dá pelo nome de terrorismo. Numa perspectiva negativa, a guerra do Iraque veio alertar-nos que a ONU é, actualmente, uma organização que não tem força suficiente para garantir aquilo para o qual foi criada: a paz no mundo. Claro que ninguem gosta de guerras, sobretudo quando vidas inocentes são ceifadas, mas quando a via dialogante não dá resultados que alternativas existem?
A guerra que os E.U.A. estão a travar contra contra o terrorismo e o facto de Portugal ter tido uma actuação firme e responsável ao lado daqueles que querem um mundo mais pacífico e justo, vem confirmar que Portugal está do lado dos bons e não do lado dos mudos e calados, como no tempo do Salazar. Felizmente...
A guerra que os E.U.A. estão a travar contra contra o terrorismo e o facto de Portugal ter tido uma actuação firme e responsável ao lado daqueles que querem um mundo mais pacífico e justo, vem confirmar que Portugal está do lado dos bons e não do lado dos mudos e calados, como no tempo do Salazar. Felizmente...
sexta-feira, dezembro 26, 2003
BALANÇO: os acontecimentos nacionais de 2003
Durante 2003, três assuntos dominaram a opinião pública portuguesa: o caso Casa Pia, a crise económica que tomou conta dos bolsos das famílias portuguesas e os inúmeros incêndios florestais deste Verão.
Considero como acontecimento positivo do ano a investigação levada a cabo pela jornalista Felícia Cabrita, do semanário Expresso, que desencadeou a investigação, pela Polícia Judiciária, da rede de pedofilia da Casa Pia. Fica mais uma vez provada a importância cada vez maior da comunicação social na denúncia de situações escandalosas, e que de outra forma, provavelmente, nunca viriam a lume.
O acontecimento negativo do ano foi, quanto a mim, a incapacidade que o Governo de Durão Barroso demonstrou em conter a chamada "obsessão" do déficit orçamental. De facto, acho que o Governo não conseguiu fazer ver ao país a importância de equilibrar as contas públicas, originando um clima de desânimo e de falta de confiança. A par desta situação, considero a época anormal de incêndios deste Verão um acontecimento que também desanimou em muito a população portuguesa.
Considero como acontecimento positivo do ano a investigação levada a cabo pela jornalista Felícia Cabrita, do semanário Expresso, que desencadeou a investigação, pela Polícia Judiciária, da rede de pedofilia da Casa Pia. Fica mais uma vez provada a importância cada vez maior da comunicação social na denúncia de situações escandalosas, e que de outra forma, provavelmente, nunca viriam a lume.
O acontecimento negativo do ano foi, quanto a mim, a incapacidade que o Governo de Durão Barroso demonstrou em conter a chamada "obsessão" do déficit orçamental. De facto, acho que o Governo não conseguiu fazer ver ao país a importância de equilibrar as contas públicas, originando um clima de desânimo e de falta de confiança. A par desta situação, considero a época anormal de incêndios deste Verão um acontecimento que também desanimou em muito a população portuguesa.
quarta-feira, dezembro 24, 2003
FELIZ NATAL
Ontem não escrevi nada neste humilde blogue, pois a minha esposa foi atropelada, tendo, por isso estado todo o dia no hospital à espera de notícias dela. Felizmente, tudo correu bem e já está em casa, necessitando apenas de repouso.
Quero desejar a todos aqueles que fazem deste blogue um fórum de ideias e a todos aqueles que costumam vir aqui, mesmo sem deixarem a sua opinião, um FELIZ NATAL. Um abraço especial a todos aqueles que, hoje à noite, por razões diversas, não vão poder estar junto das suas famílias: médicos, enfermeiros, bombeiros, agentes da segurança, funcionários públicos, e muitos outros...
Quero desejar a todos aqueles que fazem deste blogue um fórum de ideias e a todos aqueles que costumam vir aqui, mesmo sem deixarem a sua opinião, um FELIZ NATAL. Um abraço especial a todos aqueles que, hoje à noite, por razões diversas, não vão poder estar junto das suas famílias: médicos, enfermeiros, bombeiros, agentes da segurança, funcionários públicos, e muitos outros...
segunda-feira, dezembro 22, 2003
A esquerda de boca fechada...
Ontem ficámos a saber que, por influência dos E.U.A. e do Reino Unido, a Líbia renunciou aos seus programas de armas de destruição maciça (ADM). Uma declaração oficial do regime de Muammar Kadhafi referiu a disponibilidade do país em "respeitar todos as convenções, incluindo o protocolo adicional ao Tratado de não-proliferação nuclear e declara-se pronto a receber todas as missões de inspecção internacionais".
Ora, ainda não vi nenhuma referência a esta notícia por parte daqueles que se julgam os "pensadores" da esquerda portuguesa. Por onde andam Mário Soares, Vital Moreira, Boaventura Sousa Santos, Cáceres Monteiro, Francisco Louçã, Fernando Rosas e muitos daqueles que aproveitam qualquer ocasião que lhes convém para criticarem a acção da Administração Bush ou do Governo de Blair? E o blogue de esquerda ou o país relativo ficaram calados, porquê? Não lhes convém comentar a notícia?
Ora, ainda não vi nenhuma referência a esta notícia por parte daqueles que se julgam os "pensadores" da esquerda portuguesa. Por onde andam Mário Soares, Vital Moreira, Boaventura Sousa Santos, Cáceres Monteiro, Francisco Louçã, Fernando Rosas e muitos daqueles que aproveitam qualquer ocasião que lhes convém para criticarem a acção da Administração Bush ou do Governo de Blair? E o blogue de esquerda ou o país relativo ficaram calados, porquê? Não lhes convém comentar a notícia?
A contracepção e o aborto
Retomando o tema do aborto, não no termo ético-moral (pois neste aspecto penso que é mais do que clara a condenação do aborto), há um facto novo que permite demonstrar que a prática do aborto é, efectivamente, um acto de desleixo e de desresponsabilização por parte das pessoas que o cometem.
Reparem nos seguintes dados revelados pelo Público de hoje: em 2001, os gabinetes de planeamento familiar efectuaram mais de 740 mil consultas, contra cerca de 440 mil em 1990; em 2002 foram entregues, nos gabinetes de planeamento familiar cerca de 7,6 milhões de embalagens de pílulas convencionais; no ano passado foram vendidas mais de 140 mil embalagens de pílulas do "dia seguinte"; em 2003, cerca de 80% das mulheres em idade fértil usaram alguma forma de contracepção.
Ficamos assim a saber que a grande maioria dos casais portugueses está devidamente informada sobre a forma de evitar a gravidez e que, grosso modo, só engravida quem quer... Ainda por cima, com tantas mulheres que gostariam de engravidar e o não conseguem por razões biológicas, é no mínimo, revoltante ver mulheres que ao engravidarem, optam por negar esse privilégio...
Ora, se nos últimos anos se verificou em Portugal um avanço visível na forma de encarar a contracepção pela maior parte dos portugueses, porque razão é que aqueles que são a favor da despenalização do aborto ainda pensam de forma arcaica, como se Portugal ainda vivesse num tempo em que evitar a gravidez era impossível. Aí sim, os seus argumentos ainda poderaim ser considerados, mas, num tempo em que a forma de encarar a gravidez não pára de evoluir, os pró-despenalizadores do aborto parecem ter parado no tempo!
Quanto ao argumento da livre escolha que deve ser cometida à mulher como "dona" do seu corpo, remeto os apoiantes desta ideia para o meu anterior post... É bem elucidativo da forma como os apoiantes da despenalização do aborto encaram os conceitos da liberdade e do amor!
Reparem nos seguintes dados revelados pelo Público de hoje: em 2001, os gabinetes de planeamento familiar efectuaram mais de 740 mil consultas, contra cerca de 440 mil em 1990; em 2002 foram entregues, nos gabinetes de planeamento familiar cerca de 7,6 milhões de embalagens de pílulas convencionais; no ano passado foram vendidas mais de 140 mil embalagens de pílulas do "dia seguinte"; em 2003, cerca de 80% das mulheres em idade fértil usaram alguma forma de contracepção.
Ficamos assim a saber que a grande maioria dos casais portugueses está devidamente informada sobre a forma de evitar a gravidez e que, grosso modo, só engravida quem quer... Ainda por cima, com tantas mulheres que gostariam de engravidar e o não conseguem por razões biológicas, é no mínimo, revoltante ver mulheres que ao engravidarem, optam por negar esse privilégio...
Ora, se nos últimos anos se verificou em Portugal um avanço visível na forma de encarar a contracepção pela maior parte dos portugueses, porque razão é que aqueles que são a favor da despenalização do aborto ainda pensam de forma arcaica, como se Portugal ainda vivesse num tempo em que evitar a gravidez era impossível. Aí sim, os seus argumentos ainda poderaim ser considerados, mas, num tempo em que a forma de encarar a gravidez não pára de evoluir, os pró-despenalizadores do aborto parecem ter parado no tempo!
Quanto ao argumento da livre escolha que deve ser cometida à mulher como "dona" do seu corpo, remeto os apoiantes desta ideia para o meu anterior post... É bem elucidativo da forma como os apoiantes da despenalização do aborto encaram os conceitos da liberdade e do amor!
domingo, dezembro 21, 2003
O cúmulo da hipocrisia...
Ao folhear o Público de hoje deparei-me com um título, cujo conteúdo me deixou envolto numa aura de indignação. A culpa foi desta ínfame afirmação: "As mulheres que abortam fazem-no por amor" .
Ora, a notícia é sobre uma recolha de assinaturas que decorreu ontem no Porto com o objectivo de levar à realização de uma nova consulta popular sobre o aborto. Os mandatários desta petição dizem barbaridades do género: "as mulheres que abortam fazem-no por amor e a pensar na dignidade daquela criança que está a ser gerada no seu ventre".
Pergunto-me, como é possível chegar-se ao ponto de, em nome da defesa da liberdade do aborto, se utilizarem argumentos tão idiotas, miseráveis e desprezíveis? Ao menos, estas barbaridades, têm a virtude de mostrar à sociedade o que passa pela cabeça das pessoas que defendem a despenalização do aborto, ou seja, a sua efectiva banalização...
Ora, a notícia é sobre uma recolha de assinaturas que decorreu ontem no Porto com o objectivo de levar à realização de uma nova consulta popular sobre o aborto. Os mandatários desta petição dizem barbaridades do género: "as mulheres que abortam fazem-no por amor e a pensar na dignidade daquela criança que está a ser gerada no seu ventre".
Pergunto-me, como é possível chegar-se ao ponto de, em nome da defesa da liberdade do aborto, se utilizarem argumentos tão idiotas, miseráveis e desprezíveis? Ao menos, estas barbaridades, têm a virtude de mostrar à sociedade o que passa pela cabeça das pessoas que defendem a despenalização do aborto, ou seja, a sua efectiva banalização...
sábado, dezembro 20, 2003
Uma boa notícia...
Hoje vale a pena comprar e ler o Expresso, só por causa da notícia que dá como certo o avanço de Cavaco Silva a Belém. É o que se diz começar o dia com o pé direito...
A crítica fácil...
Tenho lido nalguns blogues referências negativas à ida de Durão Barroso ao casamento da filha do Presidente da República de Angola, José Eduardo dos Santos. Em relação a esta matéria, qualquer que fosse a postura do Primeiro-Ministro português, os anti-Durão aproveitariam para, mais uma vez, "cascar" no homem.
Se não fosse a Angola, os críticos deste Governo diriam que Angola já não tem consideração, nem respeito por Portugal. Ao ir criticam Durão de estar a ser complacente com um ditador.
Só um reparo aos que dizem que o Presidente Angola é um ditador: Angola não tem um regime ditatorial! Pode-se sim criticar a actuação de Eduardo dos Santos como Presidente... E, pode ser até que Durão aproveite o encontro com Eduardo dos Santos para o chamar a atenção para essa situação...
Se não fosse a Angola, os críticos deste Governo diriam que Angola já não tem consideração, nem respeito por Portugal. Ao ir criticam Durão de estar a ser complacente com um ditador.
Só um reparo aos que dizem que o Presidente Angola é um ditador: Angola não tem um regime ditatorial! Pode-se sim criticar a actuação de Eduardo dos Santos como Presidente... E, pode ser até que Durão aproveite o encontro com Eduardo dos Santos para o chamar a atenção para essa situação...
sexta-feira, dezembro 19, 2003
Mais um exemplo da nossa (in)justiça...
Ao mesmo tempo que se realiza o 1º Congresso da Justiça, tão propagandeado, surge mais um exemplo escandaloso de como a nossa Justiça (não) funciona. Desta vez, foi mais um exemplo de um advogado, dito de renome e de prestígio, que se aproveitou dos chamados procedimentos dilatórios, previstos na lei, para emperrar, à vista de todos, o normal desenrolar da Justiça. E, não me venham dizer que estes procedimentos, por estarem previstos na lei, são utilizados de boa fé. É que não o são e, só o não vê quem não quer...
Ora, gostava de saber, porque é que a (des)Ordem dos Advogados não actua com este tipo de advogados, que "gozam" ostensivamente com o funcionamento da nossa Justiça. Aliás, seria bom que alguém "puxasse as orelhas" ao Bastonário das Advogados, por este falar tanto, mas fazer muito pouco...
Ora, gostava de saber, porque é que a (des)Ordem dos Advogados não actua com este tipo de advogados, que "gozam" ostensivamente com o funcionamento da nossa Justiça. Aliás, seria bom que alguém "puxasse as orelhas" ao Bastonário das Advogados, por este falar tanto, mas fazer muito pouco...
Contra-informação no Congresso da Justiça
Por estes dias está a decorrer em Lisboa o 1º Congresso da Justiça, com a presença dos principais intervenientes da justiça, desde juízes, advogados, solicitadores, procuradores, entre outros. Esta será mais uma feira de vaidades, recheada de discursos feitos em casa e, onde no final, todos dirão que os objectivos foram cumpridos e que a justiça sairá a ganhar...
Mas, neste Congresso houve algo que revela que a informação pode muitas vezes ser deturpada, mesmo pelos agentes que, em princípio, não o deveriam fazer: os agentes da Justiça. É que ontem foram apresentados os resultados de um inquérito, como se estes tivessem alguma base científica. Este inquérito foi da autoria de Célia Costa Cabral, professora de Economia na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa e teve a anuência dos organizadores do Congresso para fazer ver à sociedade que a situação da justiça é causadora do reduzido crescimento económico português. Diz a autora, citada pela TSF que "se a justiça portuguesa funcionasse bem, as empresas aumentariam 9,9% no investimento, criariam mais 6,9% de emprego e o PIB poderia crescer 0,2%, ou seja, a taxa de crescimento aumentaria 11%".
Ora, como se é permitido que num Congresso que deveria reger-se pelos princíios da honestidade e da informação correcta virem com afirmações assentes em simples inquéritos feitos a 2700 empresas, cujas respostas são baseadas em meros estados de espírito e suposições dos empresários?
Seria bom que o Bastonário dos Advogados, pelo menos desta vez, não tivesse ido atrás da desinformação...
Mas, neste Congresso houve algo que revela que a informação pode muitas vezes ser deturpada, mesmo pelos agentes que, em princípio, não o deveriam fazer: os agentes da Justiça. É que ontem foram apresentados os resultados de um inquérito, como se estes tivessem alguma base científica. Este inquérito foi da autoria de Célia Costa Cabral, professora de Economia na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa e teve a anuência dos organizadores do Congresso para fazer ver à sociedade que a situação da justiça é causadora do reduzido crescimento económico português. Diz a autora, citada pela TSF que "se a justiça portuguesa funcionasse bem, as empresas aumentariam 9,9% no investimento, criariam mais 6,9% de emprego e o PIB poderia crescer 0,2%, ou seja, a taxa de crescimento aumentaria 11%".
Ora, como se é permitido que num Congresso que deveria reger-se pelos princíios da honestidade e da informação correcta virem com afirmações assentes em simples inquéritos feitos a 2700 empresas, cujas respostas são baseadas em meros estados de espírito e suposições dos empresários?
Seria bom que o Bastonário dos Advogados, pelo menos desta vez, não tivesse ido atrás da desinformação...
quinta-feira, dezembro 18, 2003
A defesa de que honra?
Tenho estado a assistir, através da SIC Notícias, ao debate mensal que ocorre na Assembleia da República entre o Governo e os deputados. Como sempre, também desta vez, ocorreram uns incidentes entre as bancadas parlamentares da esquerda e da direita, que, sob pena de demonstrarem alguns tiques de irresponsabilidade por parte de alguns deputados, têm a vantagem de tornarem o debate menos discursivo e mais expontâneo.
No entanto, há algo que me irrita cada vez que vejo estes debates. É o facto de, sempre que o debate não corre bem para algum dos partidos, o seu líder parlamentar ou outro deputado mais conhecido vir afirmar que pretende defender a sua honra, servindo-se deste subterfúgio para falar um pouco mais, vitimizando-se ou atacando o seu interlocutor. Desta vez, foram António Costa e Ferro Rodrigues que se queixaram, utilizando o pretexto da defesa da honra para deitarem mais umas "achas" para a fogueira (desta vez, atacando o deputado Pedro Duarte e o PP). Claro que quando o PSD estava na oposição, o aproveitamento desta regra processual era feito por deputados do PSD.
Não seria tempo de se alterarem radicalmente as regras que norteiam estes debates? É que estes parecem-se cada vez mais com autênticas feiras de vaidade, muitas vezes a roçarem a comédia e a falta de educação...
No entanto, há algo que me irrita cada vez que vejo estes debates. É o facto de, sempre que o debate não corre bem para algum dos partidos, o seu líder parlamentar ou outro deputado mais conhecido vir afirmar que pretende defender a sua honra, servindo-se deste subterfúgio para falar um pouco mais, vitimizando-se ou atacando o seu interlocutor. Desta vez, foram António Costa e Ferro Rodrigues que se queixaram, utilizando o pretexto da defesa da honra para deitarem mais umas "achas" para a fogueira (desta vez, atacando o deputado Pedro Duarte e o PP). Claro que quando o PSD estava na oposição, o aproveitamento desta regra processual era feito por deputados do PSD.
Não seria tempo de se alterarem radicalmente as regras que norteiam estes debates? É que estes parecem-se cada vez mais com autênticas feiras de vaidade, muitas vezes a roçarem a comédia e a falta de educação...
quarta-feira, dezembro 17, 2003
Ora toma...
Depois dos sportinguistas terem "massacrado" os benfiquistas quando o clube da Luz perdeu com o Beira Mar na estreia do seu novo estádio, agora chegou a vez dos adeptos do Sporting experimentarem o "sabor" de uma derrota no novo estádio, ainda para mais com uma equipa da 2ª Liga de Honra e num jogo a contar para a Taça de Portugal. O Natal aproxima-se...
Chover no molhado...
Ferro Rodrigues afirmou hoje que o PS vai apresentar um projecto de lei para despenalizar o aborto. Ora, esta pseudo-novidade revela que o PS tenta aproveitar-se ao máximo da questão do aborto para fazer guerrilha política. De facto, depois do PSD ter vindo anunciar que não se encontra disponível para mudar a actual moldura penal do aborto sem que se realize uma consulta popular (referendo), por forma a respeitar a opinião da maioria da população portuguesa, revela, no mínimo pouco sentido de Estado vir dizer que se quer alterar a actual disposição penal do aborto, sobretudo porque um caso em Aveiro está a suscitar o interesse da comunicação social portuguesa.
Depois, há que tomar sentido no facto de Ferro Rodrigues ter vindo dizer que o diploma do PS teria como base de trabalho o projecto de lei que foi apresentado pela Juventude Socialista em 1998, que previa a despenalização do aborto se praticado nas primeiras dez semanas de gravidez. Ora, se esse projecto de lei já foi rejeitado há cinco anos, que sentido faz "chover no molhado"?
O PS, por vezes, faz lembrar o BE, que a toda a hora se tenta aproveitar de casos mediáticos para se fazer aparecer na comunicação social.
Nesta matéria do aborto, volto a frisar que não me choca que se altera a moldura penal da prática do aborto, de três anos de prisão para o cumprimento de um acto cívico de auxílio à comunidade ou qualquer outra pena que não seja de prisão. O que me choca é que se tente, simplesmente, liberalizar a prática voluntária e assumida da destruição de um ser humano, banalizando tal acto.
A vontade da maioria daqueles que há uns anos quiseram dar a sua opinião, em referendo, acerca da despenalização do aborto, deve ser respeitada. Não podemos estar a "toda a hora" a realizar referendos sobre a mesma questão até que a opinião da população seja do agrado daqueles que se dizem contra esta lei do aborto. Isso seria desvirtuar a legitimidade do referendo.
Por isso, há que respeitar a lei vigente e, mais do que isso, fazê-la cumprir. Os juízes, certamente, farão de sua justiça. Aliás, não me lembro de nenhum caso em que uma mulher, por ter cometido o aborto, tivesse ido parar à prisão por tal atitude, mas, também não sei de nenhuma situação em que o tribunal se tenha decidido pela total absolvição daquelas que cometeram tal barbaridade...
Depois, há que tomar sentido no facto de Ferro Rodrigues ter vindo dizer que o diploma do PS teria como base de trabalho o projecto de lei que foi apresentado pela Juventude Socialista em 1998, que previa a despenalização do aborto se praticado nas primeiras dez semanas de gravidez. Ora, se esse projecto de lei já foi rejeitado há cinco anos, que sentido faz "chover no molhado"?
O PS, por vezes, faz lembrar o BE, que a toda a hora se tenta aproveitar de casos mediáticos para se fazer aparecer na comunicação social.
Nesta matéria do aborto, volto a frisar que não me choca que se altera a moldura penal da prática do aborto, de três anos de prisão para o cumprimento de um acto cívico de auxílio à comunidade ou qualquer outra pena que não seja de prisão. O que me choca é que se tente, simplesmente, liberalizar a prática voluntária e assumida da destruição de um ser humano, banalizando tal acto.
A vontade da maioria daqueles que há uns anos quiseram dar a sua opinião, em referendo, acerca da despenalização do aborto, deve ser respeitada. Não podemos estar a "toda a hora" a realizar referendos sobre a mesma questão até que a opinião da população seja do agrado daqueles que se dizem contra esta lei do aborto. Isso seria desvirtuar a legitimidade do referendo.
Por isso, há que respeitar a lei vigente e, mais do que isso, fazê-la cumprir. Os juízes, certamente, farão de sua justiça. Aliás, não me lembro de nenhum caso em que uma mulher, por ter cometido o aborto, tivesse ido parar à prisão por tal atitude, mas, também não sei de nenhuma situação em que o tribunal se tenha decidido pela total absolvição daquelas que cometeram tal barbaridade...
Finalmente, o último!
Hoje estreia mais um filme que irá, certamente, pregar às cadeiras dos cinemas portugueses muitos admiradores do denominado "cinema do fantástico". Na minha humildade e sem querer ofender ninguém, prefiro chamar-lhe "cinema da treta". E, isto porquê? Simplesmente, porque, "treta" é sinónimo de "artimanha" ou "aldrabice", que é o que sinto com este tipo de filmes que relatam histórias que não têm qualquer tipo de afinidades com o mundo em que vivemos.
Tenho a impressão que as pessoas que apreciam este tipo de filmes devem sofrer de alguma espécie de raiva ou desconforto por viverem no Planeta Terra. Provavelmente, ficariam mais satisfeitas se fossem um desenho animado no mundo dos sonhos... Pelo menos, este é o último, mas quantos mais Potters teremos de aturar?
Tenho a impressão que as pessoas que apreciam este tipo de filmes devem sofrer de alguma espécie de raiva ou desconforto por viverem no Planeta Terra. Provavelmente, ficariam mais satisfeitas se fossem um desenho animado no mundo dos sonhos... Pelo menos, este é o último, mas quantos mais Potters teremos de aturar?
terça-feira, dezembro 16, 2003
Já lá vão dois anos...
Faz hoje dois anos que o país virou à direita nas autárquicas e que Guterres decidiu abandonar o barco da governação. Agora, os socialistas parecem já ter-se esquecido da atitude ignóbil que tiveram e dizem-se prontos para tomar conta do País, acusando a coligação PSD/PP de não saber governar. Uma coisa é certa: nas sondagens, os portugueses parecem não estar muito satisfeitos com este Governo, mas também afirmam não haver melhor alternativa. À falta de quem faça melhor, pelo menos, podemos ficar descansados, pois Durão não é de desistir...
A pior mensagem de Natal...
Este senhor teve a ousadia de proclamar a pior mensagem de Natal que alguma vez ouvi, tendo tido a péssima ideia de se aproveitar da figura do "menino Jesus" para dizer uma piada amarga e reveladora de uma grande falta de gosto. Já tinha uma má impressão do homem, que foi confirmada com este episódio, no mínimo, "bafiento". O homem não anda mesmo bom da cabeça...
Sinais de intolerânica...
A mais recente sondagem realizada sobre o fenómeno da imigração em Portugal revela sérios problemas de intolerância, a roçar a discriminação e a xenofobia, por parte de um povo que, historicamente, sempre teve grandes afinidades com o fenómeno migratório.
Esta situação tem origem numa mentalidade retrógrada que a população portuguesa revela ter, ao julgal que as principais causas para os problemas do desemprego e da insegurança em Portugal se cingem à esfera da imigração. Claro que alguns políticos têm culpas no cartório (sobretudo Paulo Portas!), mas a mudança desta reacção portuguesa à imigração passa por fomentar a educação cívica, não apenas dos jovens, mas também de adultos... Informação e esclarecimento são os antídotos para acabar com esta visão discriminatória do fenómeno da imigração...
Esta situação tem origem numa mentalidade retrógrada que a população portuguesa revela ter, ao julgal que as principais causas para os problemas do desemprego e da insegurança em Portugal se cingem à esfera da imigração. Claro que alguns políticos têm culpas no cartório (sobretudo Paulo Portas!), mas a mudança desta reacção portuguesa à imigração passa por fomentar a educação cívica, não apenas dos jovens, mas também de adultos... Informação e esclarecimento são os antídotos para acabar com esta visão discriminatória do fenómeno da imigração...
segunda-feira, dezembro 15, 2003
Falemos da nossa guerra!
A guerra civil que já dura nas estradas de Portugal há vários anos parece não cessar. Só este ano, segundo a Brigada de Trânsito da GNR já se verificaram 1113 vítimas mortais resultantes de acidentes rodoviários. Todas as semanas vemos as estatísticas do número de acidentes, mortos e feridos, umas vezes em sentido ascendente, outras descendente, mas sem que se verifique uma melhoria substancial desta triste realidade portuguesa.
Mesmo com o reforço do patrulhamento das estradas ou com o aumento das penalizações às infrações cometidas pelos condutores portugueses parece que os resultados em termos da diminuição da sinistralidade rodoviária não se concretiza.
Causas para esta situação calamitosa? Há muitas e para todos os gostos! Uns dizem que a culpa é da má construção das estradas portuguesas, feitas aos zigue-zagues e com inclinações contrárias nas curvas. Outros colocam a responsabilidade no excesso de velocidade dos condutores portugueses. Outros falam ainda nas ultrapassagens perigosas, na condução sob o efeito de alcóol, etc. Há ainda quem culpe as autoridades de trânsito de apenas se preocuparem com a caça à multa e não na acção preventiva e pedagógica. Conclusão: todos dão palpites e colocam as culpas nos outros.
Pois bem, esta situação que envergonha Portugal deve-se, tão simplesmente, à falta de educação que a maioria dos condutores portugueses revela ao volante. Mas, atenção, esta falta de educação não se resume à má prestação dos portugueses na estrada. Ela é visível no modo como o povo português se comporta no seu dia-a-dia em sociedade: utilização frequente e desmesurada de palavrões, falta de respeito pelos horários, mania das grandezas, desrespeito pelos compromissos assumidos, gosto pela preguiça e pelo descanso, enfim, uma série de comportamentos típicos do português comum que apenas demonstram que o nosso povo é de facto de uma falta de educação exasperante.
Mas, a culpa dos acidentes continuará a ser, para a maioria, das estradas e do excesso de velocidade...
Mesmo com o reforço do patrulhamento das estradas ou com o aumento das penalizações às infrações cometidas pelos condutores portugueses parece que os resultados em termos da diminuição da sinistralidade rodoviária não se concretiza.
Causas para esta situação calamitosa? Há muitas e para todos os gostos! Uns dizem que a culpa é da má construção das estradas portuguesas, feitas aos zigue-zagues e com inclinações contrárias nas curvas. Outros colocam a responsabilidade no excesso de velocidade dos condutores portugueses. Outros falam ainda nas ultrapassagens perigosas, na condução sob o efeito de alcóol, etc. Há ainda quem culpe as autoridades de trânsito de apenas se preocuparem com a caça à multa e não na acção preventiva e pedagógica. Conclusão: todos dão palpites e colocam as culpas nos outros.
Pois bem, esta situação que envergonha Portugal deve-se, tão simplesmente, à falta de educação que a maioria dos condutores portugueses revela ao volante. Mas, atenção, esta falta de educação não se resume à má prestação dos portugueses na estrada. Ela é visível no modo como o povo português se comporta no seu dia-a-dia em sociedade: utilização frequente e desmesurada de palavrões, falta de respeito pelos horários, mania das grandezas, desrespeito pelos compromissos assumidos, gosto pela preguiça e pelo descanso, enfim, uma série de comportamentos típicos do português comum que apenas demonstram que o nosso povo é de facto de uma falta de educação exasperante.
Mas, a culpa dos acidentes continuará a ser, para a maioria, das estradas e do excesso de velocidade...
domingo, dezembro 14, 2003
Agora dizem-se todos satisfeitos...
A notícia que hoje domina os media tem sido comentada por personalidades de todos os quadrantes políticos com regozijo. De facto, parece que com a captura de Saddam Hussein, todos aqueles que se dizem contra esta guerra ao terrorismo se transformaram por um dia em verdadeiros defensores da liberdade e da democracia. Hoje, todos os Louçãs e Carvalhas deste país têm vindo para a comunicação social afirmar que estão com o povo iraquiano, neste momento de alívio e alegria pelo ex-ditador ter sido capturado.
Não seria melhor, em nome da coerência, terem ficarem calados em relação a um acontecimento que só foi possível concretizar porque mais de trinta países se uniram em torno da guerra ao terrorismo. Nem nesta altura ganham vergonha...
Não seria melhor, em nome da coerência, terem ficarem calados em relação a um acontecimento que só foi possível concretizar porque mais de trinta países se uniram em torno da guerra ao terrorismo. Nem nesta altura ganham vergonha...
O Bispo e o aborto
A capa do Expresso deste sábado traz em grande destaque uma chamada à entrevista que o Bispo do Porto concede ao semanário com o título "Aborto não devia ser penalizado". Esta afirmação retirada do contexto leva a supor que o Bispo, pura e simplesmente, concorda com a liberalização do aborto. Ora, depois de ler a entrevista, parece-me que tal ideia não corresponde à realidade. Efectivamente, D. Armindo não coloca o aborto como o centro da questão, mas sim o conceito da famíla. À questão se concorda com a penalização das mulheres que praticam o aborto, o Bispo coloca-se ao lado dos que defendem a sua despenalização, mas vai mais além explicando que "a única solução para o problema é a criação de condições sociais para que as famílias possam criar os filhos".
Relativamente à questão da despenalização da prática do aborto tenho uma posição talvez demasiado rígida, mas assumida. De facto, penso que existem uma série de questões onde a responsabilidade individual deve ser valorizada, de forma a que cada um de nós, enquanto cidadãos providos de direitos e deveres, sejamos postos à prova. Coloco neste conjunto de situações, a prática do aborto e o consumo de drogas ilegais. E isto porquê? Simplesmente, porque, enquanto professor, penso que, como diz o povo, "é de pequenino que se torçe o pepino" e, logo, acho que o Estado, como percursor da sociedade deve dar o exemplo aos mais jovens de como estes se devem comportar em relação ao aborto ou à toxicodependência. Sendo assim, só com atitudes firmes e rigorosas é que se pode levar a que as gerações futuras tenham amplo respeito pela vida.
Não chega afirmar que cada um é dono do seu corpo e que pode fazer o que bem quiser com ele, desde abortar ou consumir drogas. O Estado não pode ser de contemplações com este tipo de visão ultra-liberal. O Estado tem de actuar, com vista a defender um conjunto de valores que são básicos quando se vive em sociedade: o primeiro desses valores é a vida.
E, não me venham dizer que nenhuma mulher pratica o aborto de livre vontade ou de cara alegre. É que, volto a frisar, a questão não é essa, nem esse é argumento para se ser a favor da despenalização do aborto. Digam-me, se se não penalizar algo que é ilegal e imoral, o que é que se pode fazer para levar as pessoas a não praticarem essa ilegalidade? Utilizando simples palavras!
Podem-me chamar conservador ou retrógrado. Não me importo, desde que me possam também chamar defensor da vida...
Relativamente à questão da despenalização da prática do aborto tenho uma posição talvez demasiado rígida, mas assumida. De facto, penso que existem uma série de questões onde a responsabilidade individual deve ser valorizada, de forma a que cada um de nós, enquanto cidadãos providos de direitos e deveres, sejamos postos à prova. Coloco neste conjunto de situações, a prática do aborto e o consumo de drogas ilegais. E isto porquê? Simplesmente, porque, enquanto professor, penso que, como diz o povo, "é de pequenino que se torçe o pepino" e, logo, acho que o Estado, como percursor da sociedade deve dar o exemplo aos mais jovens de como estes se devem comportar em relação ao aborto ou à toxicodependência. Sendo assim, só com atitudes firmes e rigorosas é que se pode levar a que as gerações futuras tenham amplo respeito pela vida.
Não chega afirmar que cada um é dono do seu corpo e que pode fazer o que bem quiser com ele, desde abortar ou consumir drogas. O Estado não pode ser de contemplações com este tipo de visão ultra-liberal. O Estado tem de actuar, com vista a defender um conjunto de valores que são básicos quando se vive em sociedade: o primeiro desses valores é a vida.
E, não me venham dizer que nenhuma mulher pratica o aborto de livre vontade ou de cara alegre. É que, volto a frisar, a questão não é essa, nem esse é argumento para se ser a favor da despenalização do aborto. Digam-me, se se não penalizar algo que é ilegal e imoral, o que é que se pode fazer para levar as pessoas a não praticarem essa ilegalidade? Utilizando simples palavras!
Podem-me chamar conservador ou retrógrado. Não me importo, desde que me possam também chamar defensor da vida...
sábado, dezembro 13, 2003
Formas de se estar na política...
Todo o Homem é um ser político, já dizia o filósofo. No entanto, muitas pessoas nem notam que estando a favor ou contra a política em si mesma, basta falar na sua face mais visível (no Governo, nos ministros, nos deputados e nas suas medidas ou não-medidas) para se constituir como um ser político.
A este propósito, existem várias formas de se estar na política.
Primeiro, temos aqueles que estão na política por convicção: desde pequenos que gostam da política e do confronto de ideias; geralmente são simpatizantes ou até militantes de algum partido e aproveitam qualquer diálogo para defenderem a sua "dama". Muitas vezes não têm qualquer benefício em serem tão activos, aliás têm é trabalho! Pertencem às chamadas "bases" dos partidos.
Depois temos aqueles que pensam a política pela sua própria cabeça, não se inibindo de criticar o partido pelo qual nutrem simpatia: cada vez são menos e, geralmente, são mal vistos pelos seus companheiros de partido. Dou os exemplos de Luís Sá e João Amaral no PCP (estes bem sofreram na pele as críticas feitas ao partido), de Pacheco Pereira no PSD e Manuel Maria Carrilho no PS.
Temos ainda aqueles que estão na política por conveniência e cujo principal propósito é aproveitarem-se da política para "orientarem" a sua vida. Talvez constituam a maior parte dos nossos deputados, que seguem à risca a linha do partido, inibindo-se de criticar o seu partido.
Finalmente, não nos podemos esquecer daqueles que estão na política sem o saberem: refiro-me aos que dizem não querer saber da política para nada, que criticam os políticos por serem todos iguais, mas que no fundo estão sempre a falar (mal) da política e dos políticos e, que para cúmulo das coisas afirmam querer mudar o rumo das coisas, mas que não vão votar. Neste grupo estão a maior parte das pessoas: dizem detestar a política, mas estão sempre a falar nela...
A este propósito, existem várias formas de se estar na política.
Primeiro, temos aqueles que estão na política por convicção: desde pequenos que gostam da política e do confronto de ideias; geralmente são simpatizantes ou até militantes de algum partido e aproveitam qualquer diálogo para defenderem a sua "dama". Muitas vezes não têm qualquer benefício em serem tão activos, aliás têm é trabalho! Pertencem às chamadas "bases" dos partidos.
Depois temos aqueles que pensam a política pela sua própria cabeça, não se inibindo de criticar o partido pelo qual nutrem simpatia: cada vez são menos e, geralmente, são mal vistos pelos seus companheiros de partido. Dou os exemplos de Luís Sá e João Amaral no PCP (estes bem sofreram na pele as críticas feitas ao partido), de Pacheco Pereira no PSD e Manuel Maria Carrilho no PS.
Temos ainda aqueles que estão na política por conveniência e cujo principal propósito é aproveitarem-se da política para "orientarem" a sua vida. Talvez constituam a maior parte dos nossos deputados, que seguem à risca a linha do partido, inibindo-se de criticar o seu partido.
Finalmente, não nos podemos esquecer daqueles que estão na política sem o saberem: refiro-me aos que dizem não querer saber da política para nada, que criticam os políticos por serem todos iguais, mas que no fundo estão sempre a falar (mal) da política e dos políticos e, que para cúmulo das coisas afirmam querer mudar o rumo das coisas, mas que não vão votar. Neste grupo estão a maior parte das pessoas: dizem detestar a política, mas estão sempre a falar nela...
sexta-feira, dezembro 12, 2003
Um valente puxão de orelhas
Pacheco Pereira escreve no Público de ontem um artigo brilhante sobre a questão presidencial, onde desmonta por completo a estratégia de Santana Lopes em relação à sua mania de querer colocar a questão das eleições presidenciais como um tema da actualidade, com vista, claro, à sua candidatura.
Neste artigo, Pacheco Pereira deixa bem claro que o facto de o Presidente da Câmara de Lisboa suscitar nesta altura o tema presidencial só favorece o próprio Santana Lopes, o PP e inclusivé a própria oposição, que assim se diverte a ver o PSD perder tempo com um assunto que neste tempo é tudo menos pertinente.
Este artigo também permite concluir que o PSD é um partido de homens e mulheres livres, onde cada um pensa pela sua própria cabeça e pode dar a conhecer as suas ideias, sem ser considerado uma espécie de "encapuçado". O mesmo não se poderá dizer do PS, onde, por exemplo Manuel Maria Carrilho é quase atirado às urtigas pelos seus camaradas de partido, por ter opiniões divergentes de Ferro Rodrigues.
Neste artigo, Pacheco Pereira deixa bem claro que o facto de o Presidente da Câmara de Lisboa suscitar nesta altura o tema presidencial só favorece o próprio Santana Lopes, o PP e inclusivé a própria oposição, que assim se diverte a ver o PSD perder tempo com um assunto que neste tempo é tudo menos pertinente.
Este artigo também permite concluir que o PSD é um partido de homens e mulheres livres, onde cada um pensa pela sua própria cabeça e pode dar a conhecer as suas ideias, sem ser considerado uma espécie de "encapuçado". O mesmo não se poderá dizer do PS, onde, por exemplo Manuel Maria Carrilho é quase atirado às urtigas pelos seus camaradas de partido, por ter opiniões divergentes de Ferro Rodrigues.
Ódios de estimação...
Mário Soares e Paulo Portas parecem estar, definitivamente, em rota de colisão. Depois de Mário Soares ter vindo afirmar que Portas "está mais à direita que o fascismo", agora foi a vez de Portas acusar o "pai" dos socialistas de ter realizado «a pior descolonização de que há memória na Europa».
Será que Soares e Portas não ganham juízo suficiente para deixarem de mandar "bocas" um ao outro? Soares tem mais é de se preocupar com o estado decrépito a que chegou o seu partido de estimação. Por isso, deveria isso sim "puxar as orelhas" a Ferro Rodrigues, tal como o fez Sousa Franco na entrevista que concedeu esta semana à revista Visão. Quanto a Portas, seria bom que apostasse mais em fazer o seu trabalho de Ministro e poupasse o "avôzinho" Soares a ataques inconsequentes. Se quiser atacar alguém, bem poderá ocupar-se com o Bloco de Esquerda ou o Partido Comunista.
E assim vai a nossa política, com "avôzinhos" e "netinhos" a atacarem-se uns aos outros, como se não tivessem mais nada que fazer...
Será que Soares e Portas não ganham juízo suficiente para deixarem de mandar "bocas" um ao outro? Soares tem mais é de se preocupar com o estado decrépito a que chegou o seu partido de estimação. Por isso, deveria isso sim "puxar as orelhas" a Ferro Rodrigues, tal como o fez Sousa Franco na entrevista que concedeu esta semana à revista Visão. Quanto a Portas, seria bom que apostasse mais em fazer o seu trabalho de Ministro e poupasse o "avôzinho" Soares a ataques inconsequentes. Se quiser atacar alguém, bem poderá ocupar-se com o Bloco de Esquerda ou o Partido Comunista.
E assim vai a nossa política, com "avôzinhos" e "netinhos" a atacarem-se uns aos outros, como se não tivessem mais nada que fazer...
quinta-feira, dezembro 11, 2003
Só mais um escândalo, por favor...
A revista Visão de hoje traz a público a notícia de um suposto envolvimento de ministros do PSD e do PP num alegado favorecimento do Governo em relação à Universidade Lusíada. Quanto à veracidade da notícia em si nada tenho a dizer, pois não sou investigador, nem tão pouco juíz. Quanto ao resto, apenas quero fazer duas considerações.
Por um lado, agudiza-se o clima de desconfiança que se vive em Portugal, com a comunicação social, desde televisões e rádios até jornais, ávidos na procura de escândalos (não interessa se verdadeiros ou não), que lhes permitam aumentar as audiências ou o número de tiragens. Neste momento, muitos jornalistas parecem-se cada vez mais com investigadores da Judiciária ou do SIS.
Por outro lado, o facto de a oposição ao Governo não ser feita pelos partidos da Assembleia da República, mas sim pelos media, que neste último caso da Universidade Lusíada, até obrigou o Governo a ter de se explicar. O Parlamento é cada vez mais a casa das vaidades, pois a verdadeira política faz-se nos noticiários das 20 horas e nas capas dos jornais.
Por um lado, agudiza-se o clima de desconfiança que se vive em Portugal, com a comunicação social, desde televisões e rádios até jornais, ávidos na procura de escândalos (não interessa se verdadeiros ou não), que lhes permitam aumentar as audiências ou o número de tiragens. Neste momento, muitos jornalistas parecem-se cada vez mais com investigadores da Judiciária ou do SIS.
Por outro lado, o facto de a oposição ao Governo não ser feita pelos partidos da Assembleia da República, mas sim pelos media, que neste último caso da Universidade Lusíada, até obrigou o Governo a ter de se explicar. O Parlamento é cada vez mais a casa das vaidades, pois a verdadeira política faz-se nos noticiários das 20 horas e nas capas dos jornais.
quarta-feira, dezembro 10, 2003
O argumento mais fácil...
O historiador Fernando Rosas (F.R.), reconhecido simpatizante do Bloco de Esquerda, publica hoje no Público um artigo intitulado "Um País Refém do Fundamentalismo", onde tece algumas considerações sobre a situação pós-aborto em Portugal. De facto, F.R. não fala sobre as crianças que ficaram por nascer, orientando-se sim para um discurso, quase de "escárnio e maldizer" em relação à direita portuguesa e aos grupos pró-vida que condenam o aborto.
Para o historiador bloquista, não interessa discutir a moral e a ética que uma mulher e um homem devem ter em relação à concepção, planeada ou não, de uma nova vida. Para F.R. o importante é realçar que a mulher é "dona e senhora" do seu corpo e, que por isso, pode fazer o que quiser com ele, porventura, desde servir de barriga de aluguer ou até vender o corpo durante uma noite a troco de alguns euros.
Ora, em relação ao aborto, interessa ir muito mais além do que simplesmente condenar, como faz F.R. a realização do julgamento em tribunal de mulheres que abortaram. Efectivamente, penso que se torna urgente fazer ver a todos os "Fernandos Rosas" deste país que o aborto é condenável, seja em que situação for (exceptuando quando é a vida da própria mãe que está em risco ou a vida do novo ser que pode ser prejudicada). De resto, o acto de conceber um novo ser não pode ser posto num dos lados da balança, quando do outro estão meras questões económicas ou financeiras. Para esses casos, o Estado encarregar-se-á de tomar conta dessas crianças que não tiveram culpa de vir ao mundo num seio familiar problemático.
É por esta razão que o Direito não deve ignorar as situações daquelas mulheres e homens que são complacentes com a destruição de uma vida, nem que seja para ensinar à sociedade a distinção entre o bem e o mal...
Para o historiador bloquista, não interessa discutir a moral e a ética que uma mulher e um homem devem ter em relação à concepção, planeada ou não, de uma nova vida. Para F.R. o importante é realçar que a mulher é "dona e senhora" do seu corpo e, que por isso, pode fazer o que quiser com ele, porventura, desde servir de barriga de aluguer ou até vender o corpo durante uma noite a troco de alguns euros.
Ora, em relação ao aborto, interessa ir muito mais além do que simplesmente condenar, como faz F.R. a realização do julgamento em tribunal de mulheres que abortaram. Efectivamente, penso que se torna urgente fazer ver a todos os "Fernandos Rosas" deste país que o aborto é condenável, seja em que situação for (exceptuando quando é a vida da própria mãe que está em risco ou a vida do novo ser que pode ser prejudicada). De resto, o acto de conceber um novo ser não pode ser posto num dos lados da balança, quando do outro estão meras questões económicas ou financeiras. Para esses casos, o Estado encarregar-se-á de tomar conta dessas crianças que não tiveram culpa de vir ao mundo num seio familiar problemático.
É por esta razão que o Direito não deve ignorar as situações daquelas mulheres e homens que são complacentes com a destruição de uma vida, nem que seja para ensinar à sociedade a distinção entre o bem e o mal...
Os nossos futuros políticos!!!
Depois da Associação Académica de Coimbra ter protestado contra a política de propinas deste Governo, fechando a cadeado a Universidade de Coimbra, agora foi a vez da Associação de Estudantes da Faculdade de Direito de Lisboa se ter lembrado de repetir a estratégia utilizada pelos seus colegas de Coimbra. Curioso, este o procedimento utilizado por estudantes de Direito, futuros advogados, que por conhecerem (penso eu) a Lei Geral deveriam, por uma questão de lógica e coerência, optar por formas de protesto que fossem, pelo menos, legais. Ora, pelo que tenho lido, o encerramento a cadeado da Faculdade é um protesto ilegal e sujeito a procedimento judicial. Afirmou-o, por exemplo, o conhecido constitucionalista Vital Moreira.
Se pensarmos que, actualmente, a maioria dos nossos políticos e governantes são personalidades licenciadas em Direito por estas duas Faculdades, que agora costumam ser fechadas a cadeado pelos seus alunos, mal será se este costume se repetir, com estes universitários "insurrectos" e rebeldes a virem tornar-se nos nossos futuros governantes. Esperemos que não...
Se pensarmos que, actualmente, a maioria dos nossos políticos e governantes são personalidades licenciadas em Direito por estas duas Faculdades, que agora costumam ser fechadas a cadeado pelos seus alunos, mal será se este costume se repetir, com estes universitários "insurrectos" e rebeldes a virem tornar-se nos nossos futuros governantes. Esperemos que não...
segunda-feira, dezembro 08, 2003
Simplesmente linda...
Neste fim-de-semana prolongado fui até à minha terra natal matar saudades da família e da própria cidade. Já há alguns meses que não ia à Covilhã e gostei do que vi. Uma cidade que não pára, que vai agora crescendo ordenadamente (depois dos erros urbanísticos cometidos no passado), que aposta na juventude e na cultura, que apoia os mais desfavorecidos e que não vira costas para a sua maior riqueza: a Serra da Estrela. Aproveitei o facto de nestes dias ter nevado para ir até à Serra admirar a natureza, que nesta região combina o branco da neve, com o verde dos pinheiros e o escuro do granito. Simplesmente espectacular!
Para quem ainda não sabe onde passar o fim-de-ano e queira fugir à confusão das discotecas e das grandes cidades, aqui deixo um conselho: vão até Serra da Estrela e contemplem o que a natureza tem de melhor. Vale a pena...
Para quem ainda não sabe onde passar o fim-de-ano e queira fugir à confusão das discotecas e das grandes cidades, aqui deixo um conselho: vão até Serra da Estrela e contemplem o que a natureza tem de melhor. Vale a pena...
sábado, dezembro 06, 2003
Os trocadilhos de Ferrinho.
Já há uns tempos que não escrevia nada sobre o PS e o seu líder. Ora, hoje ao folhear o Público deparei-me com um título que demonstra bem a falta de cultura política de que Ferro Rodrigues padece. Ao brincar às palavras com o Pacto de Estabilidade e Crescimento, o líder do PS apenas dá a entender que opta, cada vez mais, por um género de fazer política muito parecido com o utilizado por Francisco Louçã, do BE. De facto, quem costuma ter este tipo de afirmações, meio jocosas, meio graçolas, são os militantes da esquerda mais revolucionária e extremista, que tudo fazem para captar a atenção e, quiçá, alguns votos das classes mais baixas.
É cada vez mais evidente que Ferro Rodrigues não tem perfil de estadista. Mas, a questão não é só a imagem que o líder do PS passa de si; é também a substância e o conteúdo daquilo que afirma, que se confunde com o que diz um humorista de segundo ou terceiro nível. Efectivamente, Ferro Rodrigues faz o género do típico político queimado, gasto e ultrapassado, que está na política, tal como um comediante está para um Hamlet de Shakespeare...
É cada vez mais evidente que Ferro Rodrigues não tem perfil de estadista. Mas, a questão não é só a imagem que o líder do PS passa de si; é também a substância e o conteúdo daquilo que afirma, que se confunde com o que diz um humorista de segundo ou terceiro nível. Efectivamente, Ferro Rodrigues faz o género do típico político queimado, gasto e ultrapassado, que está na política, tal como um comediante está para um Hamlet de Shakespeare...
É verdade, até nos Açores...
Depois do Padre Frederico da Madeira e do Bibi da Casa Pia, foi agora a vez dos Açores serem sobressaltados com a notícia de que a pedofilia chegou a São Miguel, e não foi há pouco tempo... Já alguns tempos que está a decorrer uma investigação da Polícia Judiciária na ilha açoreana para averiguar o suposto envolvimento de figuras públicas açoreanas neste crime horrendo.
Conheço alguns açoreanos que se vanglorizam de os Açores serem uma espécie de arquipélago "virgem", onde, apesar de haver alguma pobreza, essa é apenas material e não humana. Afirmam eles que o espírito açoreano é diferente do continental e que as pessoas dos Açores são mais unidas (só se for em excesso!). Pois bem , esse tempo, se existiu, já passou há muito... Acordem para a realidade: infelizmente, o mal e o bem chegam a todo o lado!
Compreendo que esta notícia deve ter abalado as hostes açoreanas. Agora, virgem só mesmo a natureza... Aqui deixo um abraço de conforto aos meus amigos açoreanos!
Conheço alguns açoreanos que se vanglorizam de os Açores serem uma espécie de arquipélago "virgem", onde, apesar de haver alguma pobreza, essa é apenas material e não humana. Afirmam eles que o espírito açoreano é diferente do continental e que as pessoas dos Açores são mais unidas (só se for em excesso!). Pois bem , esse tempo, se existiu, já passou há muito... Acordem para a realidade: infelizmente, o mal e o bem chegam a todo o lado!
Compreendo que esta notícia deve ter abalado as hostes açoreanas. Agora, virgem só mesmo a natureza... Aqui deixo um abraço de conforto aos meus amigos açoreanos!
sexta-feira, dezembro 05, 2003
Jantar de quê???
A nova táctica utilizada pelo sindicalismo português como forma de protesto foi nos dada a conhecer ontem à noite pelo Sindicato dos Profissionais de Polícia. Este novo procediemento de protesto é, nada mais nada menos que, uma boa refeição...
É verdade, ontem à noite esta associação sindical organizou o que os seus dirigentes apelidaram de "jantar de protesto". Que bem que soa! O Governo deve estar agora à espera que esta nova forma de luta seja alargada aos demais sindicatos. Assim, trocar-se-iam as incovenientes manifestações e greves por almoços e jantares de confraternização.
No final do jantar chegou a melhor novidade: o Sindicato dos Profissionais de Polícia ameaça avançar com uma série de protestos contra a falta de condições de trabalho e o novo regime de promoções, que podem passar pelo "perdão" de multas. Concordo com a ideia. Em vez de passarem tantas multas, os polícias que se preocupem mais com os crescentes índices de insegurança e criminalidade!
É verdade, ontem à noite esta associação sindical organizou o que os seus dirigentes apelidaram de "jantar de protesto". Que bem que soa! O Governo deve estar agora à espera que esta nova forma de luta seja alargada aos demais sindicatos. Assim, trocar-se-iam as incovenientes manifestações e greves por almoços e jantares de confraternização.
No final do jantar chegou a melhor novidade: o Sindicato dos Profissionais de Polícia ameaça avançar com uma série de protestos contra a falta de condições de trabalho e o novo regime de promoções, que podem passar pelo "perdão" de multas. Concordo com a ideia. Em vez de passarem tantas multas, os polícias que se preocupem mais com os crescentes índices de insegurança e criminalidade!
quarta-feira, dezembro 03, 2003
A cidade "perseguida"...
O jornal Público e a Universidade Católica têm levado a efeito um ciclo de conferências que se debruçam sobre o tema "Olhares Cruzados sobre o Porto". Estas conferências são dinamizadas por conhecidas personalidades da política, do empresariado e da cultura da cidade do Porto.
Pelo que tenho lido na comunicação social sobre as intervenções dos dinamizadores destas conferências, todos andam à volta, não de olhares cruzados (como insinua o tema!), mas sim de um olhar de esguelha dirigido para sul, em particular para Lisboa. Das duas conferências já realizadas (faltam três) ressalta sempre a ideia de que o Porto não se consegue libertar da sua esquizofrénica mania da perseguição de que é alvo a partir do poder político instalado em Lisboa.
Por exemplo, o deputado socialista Santos Silva afirmou que o Porto deve abandonar "o complexo de ser o segundo da classe, o filho enjeitado, de ser tripeiro". Ora, este é precisamente o comportamento de pessoas como Pinto da Costa, Nuno Cardoso ou Luís Filipe Menezes, que continuamente se vêm queixar de que o Porto só não se desenvolve mais porque Lisboa não deixa. Também Pacheco Pereira defendeu "a necessidade de o Porto se afirmar como uma cidade cosmopolita", o que o conseguirá apenas se se deixar de comparar sistematicamente com Lisboa. Já na primeira conferência o cientista Sobrinho Simões tinha defendido a "teoria de que o Porto sofre, e muito, por estar sempre a ocupar o segundo lugar no pódio".
Ou seja, a ideia que se tem é que o Porto só não se desenvolve como gostaria porque enquanto tiver o "fantasma" de Lisboa a assombrá-lo não consegue atingir os seus objectivos. Não concordo nada com esta ideia, pois se tal fosse verdade também não seria possível ver cidades de média dimensão, como Braga ou Aveiro, crescerem, pois Lisboa ofuscaria qualquer tentativa de desenvolvimento de outras cidades que não a própria Lisboa. O que se passa no Porto é muito mais simples do que uma mera incapacidade de crescer porque Lisboa não deixa. A questão prende-se muito mais, por exemplo, com o facto de as cidades do Porto e de Vila Nova de Gaia terem vivido durante muitos anos de costas voltadas uma para a outra, que impossibilitou um desenvolvimento sustentável e equilibrado destas duas cidades. Também o facto de algumas personalidades (como Nuno Cardoso em relação ao Porto - Capital Europeia da Cultura) terem prestado um mau serviço na dinamização de eventos, que poderiam ser importantes para o Porto não podem ser esquecidos no rol das culpas.
Enfim, penso que é hora de o Porto se deixar de se vitimizar. Sigam os exemplos de cidades como La Corunha ou Barcelona, ou a nível interno, de Aveiro ou Braga... Mexam-se...
Pelo que tenho lido na comunicação social sobre as intervenções dos dinamizadores destas conferências, todos andam à volta, não de olhares cruzados (como insinua o tema!), mas sim de um olhar de esguelha dirigido para sul, em particular para Lisboa. Das duas conferências já realizadas (faltam três) ressalta sempre a ideia de que o Porto não se consegue libertar da sua esquizofrénica mania da perseguição de que é alvo a partir do poder político instalado em Lisboa.
Por exemplo, o deputado socialista Santos Silva afirmou que o Porto deve abandonar "o complexo de ser o segundo da classe, o filho enjeitado, de ser tripeiro". Ora, este é precisamente o comportamento de pessoas como Pinto da Costa, Nuno Cardoso ou Luís Filipe Menezes, que continuamente se vêm queixar de que o Porto só não se desenvolve mais porque Lisboa não deixa. Também Pacheco Pereira defendeu "a necessidade de o Porto se afirmar como uma cidade cosmopolita", o que o conseguirá apenas se se deixar de comparar sistematicamente com Lisboa. Já na primeira conferência o cientista Sobrinho Simões tinha defendido a "teoria de que o Porto sofre, e muito, por estar sempre a ocupar o segundo lugar no pódio".
Ou seja, a ideia que se tem é que o Porto só não se desenvolve como gostaria porque enquanto tiver o "fantasma" de Lisboa a assombrá-lo não consegue atingir os seus objectivos. Não concordo nada com esta ideia, pois se tal fosse verdade também não seria possível ver cidades de média dimensão, como Braga ou Aveiro, crescerem, pois Lisboa ofuscaria qualquer tentativa de desenvolvimento de outras cidades que não a própria Lisboa. O que se passa no Porto é muito mais simples do que uma mera incapacidade de crescer porque Lisboa não deixa. A questão prende-se muito mais, por exemplo, com o facto de as cidades do Porto e de Vila Nova de Gaia terem vivido durante muitos anos de costas voltadas uma para a outra, que impossibilitou um desenvolvimento sustentável e equilibrado destas duas cidades. Também o facto de algumas personalidades (como Nuno Cardoso em relação ao Porto - Capital Europeia da Cultura) terem prestado um mau serviço na dinamização de eventos, que poderiam ser importantes para o Porto não podem ser esquecidos no rol das culpas.
Enfim, penso que é hora de o Porto se deixar de se vitimizar. Sigam os exemplos de cidades como La Corunha ou Barcelona, ou a nível interno, de Aveiro ou Braga... Mexam-se...
terça-feira, dezembro 02, 2003
A crise e a família...
Parece que a crise económica por que Portugal atravessa faz com que as famílias portuguesas se unam mais em torno das dificuldades. Saiba porquê...
Os números da nossa desgraça...
Muito se tem falado das razões que levam a que Portugal esteja na cauda da União Europeia (UE) em termos de desenvolvimento. Neste âmbito, ultimamente tenho apreciado com agrado as declarações de Jorge Sampaio, que tem colocado o cerne desta questão nos problemas de que o sistema educativo português padece.
De facto, após o 25 de Abril e sobretudo a seguir à entrada de Portugal na CEE, os nossos governos (sobretudo os de Cavaco Silva) fizeram um esforço notável no que respeita à construção das infraestruturas necessárias para que a população portuguesa pudesse ter um acesso condigno à educação. No entanto, o aumento do número de escolas, de bibliotecas e de outros equipamentos não foi acompanhado da necessária revisão de todo o sistema educacional, que potenciasse que a população estudantil portuguesa pudesse ter razoáveis níveis de aproveitamento nos estudos.
E aí estão, mais uma vez, os números que vêm confirmar a desgraça que Portugal patenteia ao nível da educação:
- Abandono escolar precoce, ou seja, percentagem da população entre os 18 e os 24 anos com apenas o ensino básico e que não está a estudar ou em formação (2002) - Portugal: 45,5%; UE: 18,8%;
- Competências básicas; ou seja, percentagem de alunos com capacidade de leitura igual ou inferior ao nível 1 da escala de competência em leitura (2000) - Portugal: 26,3%; UE: 17,2%
Muito ainda terá que ser feito para que o sistema de educação em Portugal dê a volta necessária. Não chega legislar, alargando a escolaridade obrigatória até ao 12º ano de escolaridade ou aos 18 anos de idade. Têm também que se mudar as mentalidades, valorizando e premiando o trabalho, o esforço, a responsabilidade e a exigência...
De facto, após o 25 de Abril e sobretudo a seguir à entrada de Portugal na CEE, os nossos governos (sobretudo os de Cavaco Silva) fizeram um esforço notável no que respeita à construção das infraestruturas necessárias para que a população portuguesa pudesse ter um acesso condigno à educação. No entanto, o aumento do número de escolas, de bibliotecas e de outros equipamentos não foi acompanhado da necessária revisão de todo o sistema educacional, que potenciasse que a população estudantil portuguesa pudesse ter razoáveis níveis de aproveitamento nos estudos.
E aí estão, mais uma vez, os números que vêm confirmar a desgraça que Portugal patenteia ao nível da educação:
- Abandono escolar precoce, ou seja, percentagem da população entre os 18 e os 24 anos com apenas o ensino básico e que não está a estudar ou em formação (2002) - Portugal: 45,5%; UE: 18,8%;
- Competências básicas; ou seja, percentagem de alunos com capacidade de leitura igual ou inferior ao nível 1 da escala de competência em leitura (2000) - Portugal: 26,3%; UE: 17,2%
Muito ainda terá que ser feito para que o sistema de educação em Portugal dê a volta necessária. Não chega legislar, alargando a escolaridade obrigatória até ao 12º ano de escolaridade ou aos 18 anos de idade. Têm também que se mudar as mentalidades, valorizando e premiando o trabalho, o esforço, a responsabilidade e a exigência...
segunda-feira, dezembro 01, 2003
A cidade mais jovem...
Ontem passei o dia em Braga, conhecida por ser a cidade mais jovem da Europa. Depois de ter dado aulas por aquelas bandas há já cinco anos, as diferenças de então para cá são poucas: continua-se a comer e a beber bem, as pessoas são afáveis e hospitaleiras, as bracarenses continuam bonitas, a noite é animada e a cidade e vilas em redor continuam belas de se visitar... Ainda bem!
Carrilho e a igualdade
Afirmação de Manuel Maria Carrilho transcrita pelo Público: "A avaliação do mundo e de um conjunto de propostas tem de ser visto à luz das novas circunstâncias, mas nunca esquecendo que o princípio da igualdade é o que separa a esquerda da direita".
Para quem concorda com esta ideia absurda de Carrilho, com a qual quer fazer crer que a esquerda defende mais o princípio da igualdade que a direita, aqui deixo os princípios programáticos da direita, onde tal ideia é desmascarada por completo. Isto para que socialistas e comunistas deixem de vir continuamente afirmar para a praça pública que a direita não defende, nem aplica a igualdade de direitos, deveres e oportunidades entre cidadãos.
Esta gente da esquerda arcaica está enganada. De facto, a direita defende que todos devem ser iguais perante a lei e que esta deve defender o princípio da afirmação da sociedade civil, esse sim esquecido pela esquerda que, quando se apanha no poder cria muitas vezes sérios obstáculos à liberdade de iniciativa, optando pela estatização, em contraponto com a iniciativa privada.
Seria bom que estes esquerdistas deixassem de "resgatar" para si o princípio doutrinário da igualdade, pois tal atitude é descabida e fora de tempo...
Para quem concorda com esta ideia absurda de Carrilho, com a qual quer fazer crer que a esquerda defende mais o princípio da igualdade que a direita, aqui deixo os princípios programáticos da direita, onde tal ideia é desmascarada por completo. Isto para que socialistas e comunistas deixem de vir continuamente afirmar para a praça pública que a direita não defende, nem aplica a igualdade de direitos, deveres e oportunidades entre cidadãos.
Esta gente da esquerda arcaica está enganada. De facto, a direita defende que todos devem ser iguais perante a lei e que esta deve defender o princípio da afirmação da sociedade civil, esse sim esquecido pela esquerda que, quando se apanha no poder cria muitas vezes sérios obstáculos à liberdade de iniciativa, optando pela estatização, em contraponto com a iniciativa privada.
Seria bom que estes esquerdistas deixassem de "resgatar" para si o princípio doutrinário da igualdade, pois tal atitude é descabida e fora de tempo...
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