As personalidades mais importantes do ano de 2003, em Portugal, estão directamente relacionadas com o acontecimento que dominou os noticiários e as conversas dos portugueses: o escândalo da Casa Pia. Na minha opinião, duas personalidades destacaram-se pela positiva como impulsionadores de uma nova forma de pensar a justiça: a jornalista Felícia Cabrita e o juíz Rui Teixeira. Escolho estas duas personalidades como as referências nacionais de 2003, pois graças a elas, o país pôde, finalmente, pensar que o jornalismo e a justiça podem servir, efectivamente, para investigar pessoas que, pela posição vantajosa que têm na vida, poderiam-se considerar imunes à lei geral...
Lembremo-nos que foi graças à reportagem jornalística da jornalista Felícia Cabrita, do semanário Expresso, que a Polícia Judiciária e o Ministério Público começaram a investigar a alegada rede de pedofilia da Casa Pia, envolvendo personalidades conhecidas ao nível do espectáculo e da política. Por outro lado, temos que considerar que a postura do juíz Rui Teixeira ao longo de todo o processo de investigação do caso da Casa Pia (concordemos ou não com essa postura) levou a que a população portuguesa, finalmente, pudesse pensar que a justiça é igual para todos.
Mesmo sem sabermos como é que ao longo de 2004 se vai desenrolar o processo da Casa Pia, não podemos ignorar que, devido à actuação da jornalista Felícia Cabrita e do juíz Rui Teixeira, desenvolveram-se na população portuguesa uma nova forma de encarar a pedofilia e uma nova esperança de que se cumpra a justiça, independentemente, das pessoas que ela possa atingir...
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