sábado, julho 25, 2015

O desemprego, as eleições e as promessas...

Estamos em pré-campanha eleitoral. Eu diria mesmo que já estamos em campanha! Todos os dias assistimos às viagens que António Costa faz pelo país fora à conquista do voto popular à custa de umas quantas promessas, enquanto que Passos Coelho aproveita inaugurações e conferências para explicar o que fez nestes últimos quatro anos. Pelo meio, já tivemos oportunidade de vermos as habituais entrevistas televisivas...
Uma vez mais, o tema do desemprego veio à baila pela mão do PS que, em cartazes espelhados pelo país, promete empregos dignos e com futuro. Ao ponto a que se chega para conseguir o voto dos mais ignorantes!!! Se desta vez, António Costa ainda teve algum pudor em avançar com a quantificação dos empregos prometidos (recordemos a promessa dos 150 mil empregos de Sócrates!), o candidato socialista não se coibiu de vir com a conversa do "emprego digno e com futuro" na caça ao voto! Deve estar o falar do emprego a que ele próprio almeja: o de Primeiro-Ministro, sem dúvida de muita dignidade e com imenso futuro...
Como sabemos, não são os governos que criam postos de emprego. Quanto muito podem criar emprego público e, nesse tipo de emprego, os socialistas até costumam ser peritos, nomeadamente em emprego desnecessário na Função Pública. Mas, é claro que o emprego pode ser impulsionado pelas medidas económicas que os governos implementam. Basta haver o reforço do investimento público (por exemplo, nas obras públicas), para que se crie emprego. Recorde-se as auto-estradas que os governos socráticos espalharam pelo país fora. Hoje, muitas delas, estão às moscas...
Mas, já que os socialistas gostam tanto de falar em emprego, vamos aos números. E ao nível dos números (a constatação menos abstracta que existe), nada como compararmos os seis anos dos governos de Sócrates com os quatro anos da governação de Passos Coelho. Os de Sócrates, quando o país viveu em festa de despesismo e os de Passos Coelho, envoltos numa esfera de austeridade. Pois bem, no tempo de Sócrates conseguiu-se, em seis anos, aumentar em quase 4% a taxa de desemprego. E nestes últimos quatro anos, os de maior crise financeira desde que há democracia em Portugal, se se atingiu um máximo de quase 18% de desemprego, consequência da austeridade em que mergulhámos por via da vinda da troika para Portugal (responsabilidade dos dois desgovernos socráticos!), a verdade é que nos últimos dois anos a taxa de desemprego tem vindo a recuar e já estamos como estávamos aquando do ponto de partida desta crise. Claro que pelo meio tivemos muita emigração, mas de que poderíamos estar à espera? Com a entrada da troika em Portugal, era mais que expectável que o desemprego aumentasse...
O que considero ignóbil é vir agora alguém que quer ser Primeiro-Ministro prometer empregos dignos e com futuro! Costa pode enganar quem bem quiser, mas a mim é que não me engana... 

1 comentário:

Anónimo disse...

Você dá exemplos para tudo, da forma que mais lhe convém!

E da Finlândia, não diz nada?

Claro está que o caminho do seu leporídeo de estimação é que é o correcto, mesmo que isso implique acabar com o País.

O caminho do nosso alcaide, vassalo da alemanha, faz:

- com que os licenciados saiam do país(ele próprio o sugeriu, dizendo mesmo, alarvemente, que perder o emprego é uma excelente oportunidade de mudar de vida, vá-se lá perceber o que quis dizer com isso), a restante juventude segue o mesmo caminho;

- ficamos com a terceira idade e com aqueles que para lá caminham.

Ou seja, sai quem produz riqueza e fica quem a consome.