segunda-feira, janeiro 22, 2007

A propósito do referendo (4)

Nos últimos dias não muito se tem dito e escrito do caso do Sargento Gomes, condenado a seis anos de prisão por sequestro de uma menor. Não há ninguém que não tenha opinião sobre o assunto, sendo que me parece que a maioria das pessoas defende a ideia de que o Sargento Gomes não deveria ter sido condenado, mas antes "condecorado" por ter ficado com uma bebé de três meses entregue pela mãe biológica e abandonada pelo pai biológico.
Ora, numa época em que se debate a liberalização ou não do aborto é bom que se alertem as consciências mais distraídas de que o aborto não é solução. O exemplo desta mãe que entregou a filha a um casal para adopção deve servir de alerta aos que (ainda) pensam que o direito a "mandar no seu corpo" é mais importante que o direito à vida...
A pequena Esmeralda de que hoje todos os portugueses falam apenas existe porque a mãe não se decidiu pelo aborto. De forma consciente ou não, ainda bem que assim foi! Pena é que muitas "Esmeraldas" não tenham podido vir a este mundo porque houve mulheres que optaram pelo aborto. Neste referendo, votar NÃO é dizer SIM À VIDA!!!

segunda-feira, janeiro 08, 2007

A propósito do referendo (3)

O Governo alemão, apercebendo-se dos graves problemas decorrentes da falta de jovens e do crescente envelhecimento que grassa no seu país, apenas colmatado pela entrada anual de milhares de imigrantes, resolveu abrir os cordões à bolsa e investir em medidas natalistas. A mais importante prende-se com a atribuição às famílias de um subsídio de 25.200 Euros por cada nascimento.
Por cá, andamos a discutir a possibilidade de se liberalizar a prática do aborto até às 10 semanas, como se Portugal tivesse que se comportar como a China de há trinta anos atrás. O Ministro da Saúde afirma que se irá poupar mais dinheiro investindo nos abortos livres até às 10 semanas em relação ao que se gasta nos hospitais públicos a tratar das mulheres que recorrem actualmente ao aborto clandestino. Pena é que ninguém deste Governo tenha a coragem de vir falar na necessidade de se criarem medidas sérias de incentivo à natalidade...
Num país cada vez mais envelhecido, a rumar para a cauda da UE e onde o egoísmo parece ser o pão-nosso de cada dia, é vergonhoso termos um abono de família médio mensal que nem para comprar fraldas dá. E ainda vêm com a conversa de que abortar apenas diz respeito à vontade individual de cada mulher, como se a sociedade não se devesse reger por princípios sérios e eticamente responsáveis!!!