domingo, fevereiro 21, 2010

Tragédia na Madeira

A tragédia que abalou a ilha da Madeira merece ser encarada como verdadeiro exemplo de como a força da Natureza deve ser levada a sério. De facto, as alterações climáticas estão na origem de situações climáticas extremas que tendem a ocorrer com maior regularidade. Sejam períodos de chuva intensa num curto espaço de tempo ou situações de secas extremas, a verdade é que convém que nos convençamos que, actualmente, a melhor estratégia para contornar os efeitos nefastos destas catástrofes naturias é a prevenção e o conhecimento sobre as suas causas e consequências.
Como professor de Geografia conheço bem a curiosidade que os meus alunos costumam demonstrar sempre que dou aulas sobre a meteorologia e as catástrofes naturais. Ainda há dois meses debati com os meus alunos do 8º ano a importância de não construir abaixo dos leitos máximos dos cursos de água, sobretudo se estes forem de reduzidas dimensões, visto que enchem com maior rapidez em casos de elevada precipitação. Mostrei-lhes vídeos sobre as inundações no rio Alviela e na ribeira de Algés. Todos perceberam o problema de se construir em locais errados e até deram exemplos de erros urbanísticos verificados nas suas localidades. Por outro lado, falámos sobre as imagens de satélite e de radar e da importância de estarmos atentos aos avisos da Protecção Civil. Infelizmente, soubemos agora que na Madeira não há ainda nenhum radar meteorológico.
Enfim, juntou-se a força da Natureza à incompetência humana e foi o que se sabe. Que a recuperação seja rápida e que as autoridades tenham aprendido alguma coisa com esta tragédia. O apoio da ciência deve basear as decisões políticas!!!

quinta-feira, fevereiro 04, 2010

A profissão do(c)ente

Ponto de situação:
- 4 níveis de ensino (7º, 8º 9º e 11º anos);
A isto tudo há que acrescentar o facto de "perder" mais tempo com papéis (planos de acompanhamento, planos de recuperação, planificações, planos de conteúdos, provas de recuperação, envio de informações aos encarregados de educação, justificações de faltas, preenchimento de grelhas e quadros, encontros e telefonemas a encarregados de educação, reuniões de departamento e de grupo, conselhos de turma, etc.) do que com a preparação de materiais para os alunos, já não contando com a realização de testes e sua posterior correcção.
Enfim, ser um professor jovem é estar cada vez mais refém de papéis e burocracias. Digo jovem, pois tenho colegas meus que, por terem 30 anos de serviço, apenas têm 3 turmas e ganham quase o dobro do que eu aufiro ao fim do mês!!! E já nem falo dos meus colegas do 1º ciclo...