sexta-feira, fevereiro 27, 2009

Eis o "malhador" no seu melhor...

Este Ministro dos Assuntos Parlamentares tenta a todo o custo seguir os passos de Jorge Coelho, aquele que um dia disse "quem se mete com o PS leva".
É preciso ter descaramento para agora vir falar em falta de democracia no PSD. Depois de ter dito que o que ele gosta mesmo é de "malhar na oposição", vem agora feito santinho dizer que é o PSD que não sabe o que é a democracia. Será que se esquece que foi alguém do PS que acusou um professor de delito de opinião? Será que se esquece que é no PS que não pode haver debate interno frontal? Será que se esquece que este é o Governo que mais odeia os sindicatos? Este senhor devia ter vergonha na cara e assumir uma postura séria e digna...
Agora que já estamos em campanha eleitoral, convém não nos deixarmos intimidar pelas "bocas" deste Ministro, nem tão pouco irmos na estratégia de vitimização de Sócrates. Seria bom que fossem esclarecidas diversas questões como a licenciatura de Sócrates, a forma como assinou projectos no tempo em que trabalhava na Câmara da Guarda e a sua participação no projecto Freeport...
Felizmente que ainda vamos tendo algum jornalismo independente e imparcial. O Público é um bom exemplo disso...

terça-feira, fevereiro 17, 2009

O casamento entre homossexuais

Ontem a RTP fez a vontade ao nosso Primeiro-Ministro e decidiu debater o casamento entre homossexuais no programa Prós e Contras. Mais uma vez, a "moderadora" Fátima Campos Ferreira teve dificuldade em ser imparcial e foi incisiva para com os defendores do Não e benevolente para com os apoiantes do Sim.
Do lado dos defensores do Sim, assistimos às intervenções de duas senhoras cuja arma de defesa (ou ataque) foi a exaltação. Isabel Moreira e Fernanda Câncio tiveram uma postura de arrogância e bateram em frentes diferentes para defenderem o mesmo: a primeira enrolou-se e confundiu o público com argumentos jurídicos (quais dogmas inquestionáveis!!!), enquanto que a segunda preferiu responder com as dificuldades inerentes a circunstâncias especiais dos casais gays (como por exemplo a partilha de bens).
Do lado do Não, Eduardo Nogueira Pinto destacou-se pela positiva, assumindo uma postura de procurar informar e esclarecer aqueles que pensam que o casamento entre homossexuais não desvirtua o significado do casamento. Por outro lado, alertou para o facto de ser possível ultrapassar os problemas inerentes à vida conjugal dos casais formados por pessoas do mesmo sexo, através das diversas leis existentes: a lei das sucessões para precaver situações de falta de um membro do casal, a lei que rege a frequência de instituições públicas para permitir a entrada de companheiros em hospitais, as várias leis dos impostos para permitir liquidar impostos em conjunto, etc.
Enfim, a verdade é que muitos daqueles que defendem o casamento entre homossexuais apenas pretender tornar igual algo que, sem se ser discriminatório, se pode apelidar de completamente diferente. O casamento é uma instituição que apenas existe porque se assume que a sociedade só progride se um casal, formado por uma mulher e um homem, se unirem. De outra forma não se teria inventado o casamento. Querer agora alterar a "lógica das coisas" apenas por uma razão de conveniência, afirmando que é para facilitar a vida a estes casais, é assumir uma atitude pouco séria.
Mais vergonhosa ainda é a postura de José Sócrates que tenta agora desviar as atenções da crise, ao mesmo tempo que pretende tirar uns votos ao Bloco de Esquerda, afirmando que agora é tempo de avançar numa questão que, para ele, era pouco importante há apenas um ano. Um autêntico oportunista!!!