sábado, novembro 25, 2006

Há que não fazer esquecer o 25 de Novembro de 1975...

Todos os anos é a mesma coisa!!! Depois de no mês de Abril se dar vivas, e muito bem, ao 25 de Abril de 1974 entra-se na esfera da "rotinização" política do país e chega-se ao final do mês de Novembro fazendo-se quase tábua rasa de uma data que marcou decisivamente a institucionalização do regime democrático em Portugal.
Faz hoje 31 anos que as forças partidárias do vanguardismo revolucionário foram derrotadas e se liquidou a estratégia protagonizada por uma certa esquerda ideológica de impor a Portugal um novo regime antidemocrático, desta vez, em sentido contrário. Ou seja, de uma ditadura de direita corria-se o sério risco de uma nova dinâmica ditatorial, mas agora de esquerda... E foi com o 25 de Novembro de 1975 que se evitou tal "desastre"!!!

quinta-feira, novembro 23, 2006

O bom exemplo que vem de França...

Entre os 191 países membros das Nações Unidas, apenas em sete as mulheres ocupam o cargo político mais elevado de Chefe de Estado. O caso mais conhecido dos últimos anos foi o de Mary Robinson, ex-chefe de Estado da República da Irlanda e que teve um papel decisivo na forma como este país se conseguiu impor em termos de crescimento económico e de desenvolvimento humano à escala mundial. Todos nós nos lembramos de quando na década de 80 ainda nos orgulhávamos de Portugal estar à frente da Irlanda no seio dos países da União Europeia. Agora, já nem vemos os nossos congéneres irlandeses, tal foi o ritmo a que a sua economia prosperou...
Agora parece que é a França que tem fortes probabilidades de vir a ter uma mulher como chefe de Estado, o que configura uma situação inédita num país que, muitas vezes, é conotado com algum sentimento machista e discriminatório em relação às mulheres.
Ora, a história parece demonstrar que a política "feita" só por homens não tem o mesmo "sabor" e não dá os mesmos frutos de quando é realizada também pelas mulheres. Infelizmente em Portugal a realidade é a que sabemos, com uma política cinzenta do género "vira o disco e toca o mesmo" e com a inclusão intermitente de mulheres que não têm dado provas de trazer uma lufada de ar fresco à acção política portuguesa. Basta recordarmos as antigas Ministras Manuela Ferreira Leite e Manuela Arcanjo ou as actuais Ministras da Educação e da Cultura para percebermos que em nada se comparam à nova esperança da política francesa: Ségolène Royal, mãe de quatro crianças, várias vezes ministra, actual presidente da região Poitou-Charentes e candidata à Presidência da República Francesa.
Claro que não sou apologista da estratégia das quotas para a entrada de mulheres na política portuguesa, mas que bom que seria se, também por cá, e como acontece agora com a França e com os EUA (lembremo-nos de Hilary Clinton) tivéssemos mulheres capazes de enfrentar o cinzentismo em que se encontra envolta a nossa classe política...

quinta-feira, novembro 16, 2006

E a Educação, Sr. Presidente da República???

A primeira grande entrevista que Cavaco Silva concedeu em Portugal (já tinha dado uma em Espanha!) desde que assumiu o cargo de Presidente da República foi, na minha opinião, demasiado calculista e pouco ambiciosa. Cavaco Silva fez-me lembrar a posição do treinador de futebol que coloca a sua equipa para não perder, contentando-se com o empate.
O que mais me incomodou na entrevista foi o facto de Cavaco Silva ter colocado uma excessiva ênfase na necessidade de assumir acordos político-partidários minimamente sustentáveis a longo prazo, referindo os casos da Justiça, da Segurança Social, da Europa e da Defesa Nacional, ao mesmo tempo que, ao nível da Educação, nem uma única referência foi feita. Falou-se na prioridade que deve ser dada no combate à reduzida qualificação da população portuguesa, mas o silêncio imperou na forma de o conseguir.
Ora, uma das medidas anunciada nos últimos dias pelo Governo e que se relaciona com a facilidade com que a população adulta menos instruída poderá adquirir o certificado de equivalência ao 12º ano de escolaridade, através da simples comprovação de experiência profissional de três anos e da frequência de algumas acções de formação, deixa a clara ideia que se pretende que Portugal ascenda nas estatísticas europeias da Educação com base no facilitismo e na falta de rigor e exigência... Ou seja, os adultos que queiram ter o 12º ano já não precisarão de frequentar o ensino recorrente como acontecia até agora!
No "zapping" que fiz entre a SIC e a RTP1, houve alturas em que preferi ouvir a entrevista de Santana Lopes a Judite de Sousa. É que Santana Lopes pode ser acusado de muita coisa, mas de falta de frontalidade é que não...

sábado, novembro 11, 2006

De regresso...

Passados pouco mais de dois meses desde o último artigo deixado aqui no blogue, é chegado o tempo de retomar a escrita. Durante esta pausa continuei a escrever na SALA DE AULA (o meu outro blogue sobre matérias da educação) e a frequentar, sempre que possível, outros blogues do meu interesse. Entretanto, surgiu um novo blogue, dinamizado pelos meus alunos do 11º E e que trata de assuntos da actualidade nacional e mundial: NA AULA DE GEOGRAFIA. Aconselho todos a darem lá uma espreitadela e a deixarem um comentário de ânimo. Eles vão gostar...
Quanto à razão que me levou a fazer um interregno na escrita do INTIMISTA, a falta de tempo devido à elaboração da tese de mestrado, poderei dizer-vos que a mesma se encontra praticamente finalizada, faltando apenas (e não é pouco!) o "aval" do orientador da mesma e a parte decisiva de a defender. Mas, o mais difícil já foi feito: uma investigação sobre a a percepção da qualidade de vida e do nível de desenvolvimento da cidade da Covilhã, a minha terra natal. Mais tarde darei mais notícias...
Nestes dois últimos meses, não faltaram assuntos alvo de debate na blogosfera. Desde a recente apresentação do Orçamento de Estado para 2007 e a derrota dos republicanos nas eleições dos EUA, até ao início da discussão em torno do referendo sobre a despenalização da interrupção voluntária da gravidez e a guerra de palavras em torno da ameaça nuclear da Coreia do Norte, de tudo isto e de muito mais se escreveu na blogosfera. No entanto, penso que houve, até agora, um assunto pouco debatido e que deveria suscitar um maior interesse por parte dos blogosféricos: a realização da Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas. Ora, fica claro que enquanto os EUA, a China e a Índia, entre outros países, não tomarem consciência da importância de diminuírem as suas emissões poluentes para a atmosfera, o terrorismo não será o único inimigo público a abater...