terça-feira, dezembro 30, 2014

2014: o ano do início do fim da impunidade...

Foi mais um ano de austeridade, de crise, de dificuldades e de angústia do povo português. E os próximos continuarão a ser mais do mesmo. O tempo das "vacas gordas" acabou. Com um dívida colossal e um crescente envelhecimento da população, o Estado terá tendência a deixar de ser um mãos largas, como o foi ao longo de muito anos. A não ser que os socialistas voltem ao poder e consigamos superar os gregos na "arte" de saber desgovernar...
Mas este ano fica marcado pelo caso José Sócrates. Sem dúvida! É que, por mais que não fossemos com a cara do homem (e eu nunca fui com a cada do sujeito), nunca ninguém imaginou que o pudéssemos ver na cadeia. E, por mais que se falasse no juiz Carlos Alexandre (e há já vários anos que se falava na coragem deste juiz), nunca ninguém imaginou que este tivesse a "ousadia" de colocar em prisão preventiva um ex-Primeiro Ministro.
Claro que 2014 teve muito mais casos, episódios e acontecimentos relevantes, fosse na política interna e internacional, a nível social, em termos científicos, mas, para mim, a prisão de Sócrates marca um ano em que os políticos começaram a ter receio das consequências dos seus actos. O juiz Carlos Alexandre marca uma viragem na forma como em Portugal se faz política. É que agora será mais difícil que um qualquer agente político (desde um simples presidente de freguesia ao Primeiro-Ministro) faça o que bem lhe apetece com os dinheiros públicos.
Um bem-haja ao juiz Carlos Alexandre... E quanto a José Sócrates, só espero que a justiça lhe seja mesmo feito... 

domingo, dezembro 14, 2014

António Costa, o "vira o prego"...

Podia aqui escrever sobre tudo aquilo que tem vindo a público sobre o verdadeiro carácter de José Sócrates, desde os fortes indícios de corrupção, de branqueamento de capitais e de fraude fiscal que existem até às ligações mais que estranhas e suspeitas entre o seu melhor amigo e o enriquecimento deste (autêntica testa de ferro) à custa do ex-Primeiro Ministro. Mas não! Vou apenas deixar aqui um pequeno pormenor de como o PS de António Costa anda a desdizer o que disse no passado (e que assinou), por forma a atingir um único objectivo: a chegada de novo ao poder, custe o que custar...
Pois bem, Costa veio dizer que o memorando assinado com a troika não previa a venda da TAP. Basta ir ao google, escrever "memorando" e "troika" e ter acesso ao documento. Pesquisando "TAP" no documento facilmente chegamos ao ponto onde se prevê a venda da TAP. E, não, não se previa a venda parcial da TAP....
Mais valia a Costa vir dizer que mudou a sua opinião sobre o assunto. Todos temos o direito a mudar de opinião. Agora vir dizer o impossível é que não. Bem sei que o poder está prestes a ser entregue de bandeja ao PS (com tantos cortes e austeridade a que fomos sujeitos nos últimos três anos é quase inevitável que o PSD deixe de ser Governo), mas a procura da maioria absoluta por parte do PS não deveria dar azo a que Costa prefira a mentira à verdade...
Quem quiser ler o memorando, clique aqui...