sexta-feira, junho 15, 2007

Ota(riedades)...

Bem sei que a palavra não existe no léxico português, mas a novela desencadeada à volta da localização do futuro Aeroporto de Lisboa apenas me faz lembrar deste "adjectivo" para qualificar os episódios mais recentes a que temos assistido a propósito deste investimento...
Como é possível que depois de décadas de estudos a propósito da melhor localização para um novo aeroporto da capital de um país, ainda possa subsistir tanta polémica exacerbada, com especialistas na matéria a "digladiarem-se" efusivamente no combate entre a margem Norte a a margem Sul do Tejo.
Primeiro-Ministro, Ministros, Presidente da República e ex-Primeiro-Ministro, Presidentes de Câmara, deputados da oposição e especialistas em ordenamento do território, em infra-estruturas, em transportes e mais "não sei o quê", quase todos eles têm demonstrado uma enorme incoerência e falta de verticalidade na forma como durante anos e anos se "baldaram" para o assunto e agora vêm com o "Ái Jesus" suplicar para que a sua opinião seja levada avante.
Como professor de Geografia este é um tema que me interessa e me deixa curioso sobre o que se tem dito e escrito. Apenas destaco alguém que, desde há mais de dez anos, tem feito estudos sobre o assunto e que, portanto, ao contrário dos senhores da CIP e outras entidades não acordou agora para esta questão. Falo de um dos principais especialistas em ordenamento do território e que há poucos dias esteve no programa "Prós e Contras" da RTP a defender a localização na Ota. As razões da sua defesa pela Ota estão vincada aqui...
Não me vou armar em especialista na matéria e defender a Ota ou Alcochete. Apenas direi o seguinte:
1. Durante um ano vivi na Avenida do Brasil, em Lisboa, e os aviões nunca me incomodaram;
2. As vantagens de termos um aeroporto bem perto do centro da cidade de Lisboa acarreta óbvias vantagens à cidade e à região envolvente, quando se sabe que mais de 90% do transporte aéreo se destina a passageiros;
3. Qualquer aeroporto a mais de 30 Kms de distância de uma grande cidade (que em tempo pode equivaler a 30 ou 60 minutos, dependendo dos transportes existentes) pode significar a sua incapacidade para atrair clientes.
Dito isto, não vejo quais as razões para não se investir de forma eficaz na Portela e, se necessário, avançar-se para um novo aeroporto de apoio, seja na Ota ou em Alcochete...

5 comentários:

R disse...

Mas acho que a palavra otariedades devia constar no dicionário...

contradicoes disse...

Ora então de volta ao combate blogosférico. Relativamente a este empreendimento com o qual estão a maioria dos portugueses em total desacordo, não tanto pelo facto de ser na OTA ou noutro sítio qualquer, mas sim pela inoportunidade deste vultuoso investimento, só me resta acrescentar que o nosso declínio financeiro vai aumentar significativamente e quem vai ter de suportar com os seus custos são as gerações vindouras e isso jamais lhes será perdoado.

beleza de mulher disse...

ó, mocho que é assim que os portugueses dizem mocho ou será moxo,seja la o que for, o que eu quero dizer é que podias por o texto todo a predo eu nem li começou-me a doer os olhos xiça loool um bom fim de semana beijocas

Paulo disse...

A discussão sobre a localização do aeroporto vai permitir uma presidência da CE muito trânquila...
Depois, bem... depois tudo volta à "OTA".
Abraço
Paulo

Velasquez disse...

tanta coisa com a Ota..tornou se moda falar mal da Ota..

com o comboio q sera criado.. as pessoas estarao no centro de lisboa em 15 minutos..

o de paris tb é fora..

chega de hipocrisias...

:)

parabens pelo blog:)

se gostares de poesia passa no meu Velasquez:)