sexta-feira, dezembro 01, 2006

Recordes destes? Não, obrigado...

No dia em que, a nível mundial, se lembram as vítimas da SIDA, há um número que deve ser relembrado para vermos até que ponto é que a multiplicação de planos, projectos e medidas não passa, muitas vezes, de simples retórica e de um enumerar de ambições que em Power Point ficam muito bonitas, mas que, na prática, resultam num simples fiasco: Portugal é o país da UE com a maior taxa de infectados com o vírus HIV!!! Eis que agora surge um novo Programa Nacional de Prevenção da doença que vai vigorar até 2010. Mais um plano a juntar às centenas de planos que abundam neste país...
Aliás, é triste quando analisamos o nível de recordes que Portugal tem no conjunto dos países da UE: temos a maior taxa de infectados com o HIV, as maiores listas de espera na saúde, os maiores índices de abandono e insucesso escolar, as maiores desigualdades entre os que mais ganham e os que menos auferem, enfim, naquilo que verdadeiramente interessa para um satisfatório nível de vida da população estamos na cauda da UE.
Então no que é que somos bons? Infelizmente no supérfluo, bem evidente no facto de alguns de nós se orgulharem de termos a maior árvore de Natal da Europa, de termos feito o maior logotipo humano, de termos construído as maiores ponte e albufeira de água doce da Europa. Ah, e ainda temos o condão de nos orgulharmos de termos uma série de recordes gastronómicos, desde pães com chouriço e sopas da pedra até bolos rei e de chocolate...
Para quando os recordes naquilo que verdadeiramente interessa?

2 comentários:

contradicoes disse...

Meu caro amigo, todas as tentativas governativas mesmo do partido da sua preferência, resultaram sempre e resultarão num fracasso. E por mais esforços que este ou outros governos façam para tentar diminuir esta tendência crescente, eles fracassarão. O vício é muito forte as ligações dos viciados com os distribuidores também a maioria dos toxicodependentes depois de desejar submeter-se a um tratamento de desintoxicação, pouco tempo depois voltam ao consumo. E digo isto com conhecimento de causa porque conheço pessoas ligadas a departamentos de apoio e aos toxicodependentes para o seu tratamento a cada vez mais lamentam a taxa de insucesso face aqueles que efectivamente abandonam definitivamente o consumo. E em face disso, com o aumento significativo de consumidores, por arrastamento surgem os portadores de HIV. Com um abraço do Raul

Anónimo disse...

A minha ideia do combate ao hiv passa pela a prevenção e educação sexual. É sobretudo educar as mentes do português sobre esta doença e outras que se pode radicar para sempre.
Um abraço com amizade.
paulo