segunda-feira, janeiro 08, 2007

A propósito do referendo (3)

O Governo alemão, apercebendo-se dos graves problemas decorrentes da falta de jovens e do crescente envelhecimento que grassa no seu país, apenas colmatado pela entrada anual de milhares de imigrantes, resolveu abrir os cordões à bolsa e investir em medidas natalistas. A mais importante prende-se com a atribuição às famílias de um subsídio de 25.200 Euros por cada nascimento.
Por cá, andamos a discutir a possibilidade de se liberalizar a prática do aborto até às 10 semanas, como se Portugal tivesse que se comportar como a China de há trinta anos atrás. O Ministro da Saúde afirma que se irá poupar mais dinheiro investindo nos abortos livres até às 10 semanas em relação ao que se gasta nos hospitais públicos a tratar das mulheres que recorrem actualmente ao aborto clandestino. Pena é que ninguém deste Governo tenha a coragem de vir falar na necessidade de se criarem medidas sérias de incentivo à natalidade...
Num país cada vez mais envelhecido, a rumar para a cauda da UE e onde o egoísmo parece ser o pão-nosso de cada dia, é vergonhoso termos um abono de família médio mensal que nem para comprar fraldas dá. E ainda vêm com a conversa de que abortar apenas diz respeito à vontade individual de cada mulher, como se a sociedade não se devesse reger por princípios sérios e eticamente responsáveis!!!

26 comentários:

Anónimo disse...

E a que propósito é quevocê decide partir do princípio deque as mulheres não são sérias nem eticamente responsáveis? Acredita MESMO que se o SIM ganhar, as mulheres vão começar, repentinamente, a abortar à tripa--forra? Tipo «'Bora lá fazer um aborto que agora pode-se!»?

Paulo disse...

Desculpe lá Catarina, mas gostaria de lhe fazer uma pergunta... Em que mundo e em que país é que você vive???
Será que agora para se perceber as coisas e se perceber como funciona a nossa sociedade é preciso explicar tudo por "miudinhos"???
Como já disse noutra altura neste Blog não sou contra o aborto, só não sei se o limite das 10 semanas não será longo demais... Pois se neste limite de tempo estiver um período (por muito pequeno que seja) em que exista um Ser Humano, a pergunta que se está a fazer por si só é um crime... Já aqui dei a entender que na minha opinião se devia fazer um estudo sério (e existem técnicos e tecnologia bastantes e boas para tal) para se definir onde começa a existir um Ser Humano, posto isto legisle-se e mais nada... O estúpido é andar a atirar-se a sociedade uma contra a outra...
Segundo... A pergunta que se está a fazer espanta-me que tenha passado no "crivo" do Tribunal Constitucional, pois é de um elevado pendor femininista, e não ando eu preocupado a educar jovens para tentar limpar o mais possível o machismo que ainda sagra na nossa sociedade, para depois me vir o próprio "estado" fazer uma pergunta deste género... Não luto contra um extremismo para ver outro a vir e substitui-lo, disfarçado de "desgraçadinhas" a abortar debaixo de vão de escadas... Se me perguntar se tenho pena delas... Digo de caras... que da maioria delas não tenho, pois a maioria tinha conhecimentos suficientes ou obrigação de ter conhecimentos suficientes para evitar tal, para além disso hoje em dia há opções menos problemáticas que se podem tomar quando se sabe que cometeu um deslize (por muito imperdoável que ele possa ter sido)...
Cumprimentos para todos...
Um Abraço para o Pedro,
Paulo

Pedro disse...

Cara Catarina, a sua pergunta merece apenas uma resposta: cada um sabe de si e Deus sabe de todos. E, olhe que há mulheres e mulheres...
Posto isto, o Estado tem como obrigação defender a vida, distinguindo o correcto do errado. No caso vertente, abortar é errado, enquanto que apoiar a vida é o correcto. Ao aborto livre digo não!!!
Paulo, faço minhas as tuas palavras, embora acrescente apenas o seguinte: a actual lei em vigor já discrimina os casos excepcionais em que se poderá colocar a hipótese de fazer um aborto. E chega...
Abraço

Anónimo disse...

«Femininista» é palavra que não existe. Calculo que queira dizer «feminista». E acho estranhíssimo que quem não confia no discernimento de uma mulher para escolher ter ou não um filho, confie no discernimento da mesma mulher para ter e criar o dito filho. Tornar o aborto legal até às dez semanas não o torna obrigatório. Se «cada um sabe de si e Deus sabe de todos» então vote-se SIM e cada uma (ou cada dois, se for esse o caso) decide por si. Certo?

Pedro disse...

Catarina, cada um sabe de si e Deus sabe de todos. Mas, não tendo Deus na Terra para definir os princípios que devem reger uma sociedade, deve ser o Estado a definir esses postulados. Assim, cabe ao Estado proibir o aborto livre e tomar as medidas correctas para que se evite o aborto clandestino, apoiando as grávidas que julgam não ter condições para levar uma gravidez até ao fim...
Doutra forma, estaríamos numa sociedade onde a libertinagem seria o pão nosso de cada dia...

Anónimo disse...

Uma situação intrigante - "Quando será considerada a existência como Ser Humano?"
- A partir da fecundação?
- Após o Parto?
- A partir do momento em que começa a pagar impostos? Esta é tola mas vai na linha de algumas observações que por aí andam.
Obs. Entre a Fecundação e o Parto, de que se trata?
Tonio

Paulo disse...

Bom... Eu gosto das coisas assim bem "quentes"...

Antes de mais Catarina, é verdade no entusiasmo da "teclagem" meti um "ni" a mais (algo que em mim, já é frequente por sinal, por uma razão de carácter pessoal...)
Mas indo agora directo ao assunto aqui "debatido"...

Pedro, permite-me só discordar um pouco de ti... Não acho que a actual lei chegue... Acho que pode ser ligeiramente alterada e ligeiramente liberalizada desde que proteja o direito à vida do Ser Humano... O problema é que ainda não se fez nenhum estudo sincero e independente a fim de se definir tal, e quer-se legislar assim no “ar” e dar um aspecto de que se está preocupado com as coitadinhas das mulheres, podendo pelo meio estar a atropelar os direitos de outro Ser Humano (mas como ainda não se vê, se calhar vale tudo...)...

Catarina... Como deve saber “há mulheres e mulheres”... As mulheres tal como os homens são capazes do melhor e do mais grotesco no que respeita à criação de um filho... Depende da mulher e depende do homem (se bem que aí tenha que reconhecer que as mulheres pelas mais vastas razões levam vantagem sobre os homens...)...
Aqui não discuto o discernimento de uma mulher para escolher ter ou não um filho, discuto a exclusão do homem de tal decisão (claro que me refiro aos que se preocupam, senão claro que concordo que a decisão seja exclusivamente feminina), pois um filho não o é só de uma mulher, mas é-o igualmente de um homem, que é pura e simplesmente excluído da pergunta... E não me venham com a teoria do corpo da mulher, porque quanto a isso não há nada a fazer, é uma questão da natureza serem as fêmeas de mamíferos placentários a ficarem grávidas, algo que inclui a mulher e não há nada a fazer em relação a isso...
Não teria problema com um sim no referendo se tivesse havido um estudo aprofundado que me disse que às 10 semanas tinha início a vida de um SER HUMANO... Mas não é isso que fazem... Lançam cá para fora um prazo (como já em tempos lançaram outros), vindos lá da cabeça sabe-se lá de quem por aí aos trambolhões sem bases científicas nenhumas, disfarçada de protecção às coitadas das mulheres do “vão de escadas”... Deixemos-nos de hipocrisias... Pois se este período de 10 semanas não trouxesse dúvidas não era preciso nem se devia por a referendo a decisão de despenalizar/liberalizar o aborto... Pois só tinha que se legislar adequadamente e mais nada...
Agora uma coisa... Se não me tiram as dúvidas acerca do começo da Vida de um Ser Humano, claro que não vou correr o risco de contribuir para a morte de muitos Seres Humanos, para proteger um pertenço direito de um ser adulto que a ESMAGADORA maioria das vezes devia ter pensado atempadamente no que estava a fazer... E para além disso se erros acontecem e porque todos somos falíveis então e em casos excepcionais recorra-se à pílula do dia seguinte e não se cometa de novo o mesmo erro...

Caro Tonio, rapidamente posso dizer-lhe não existe Ser Humano no ovo nem nos primeiros tempos de desenvolvimento do embrião... Antes do parto já existe Ser Humano à muitos meses... Quanto à outra opção que dá e pelas mesmas razões que você mesmo dá, nem comento... :-)
Quanto à sua Obs. “Entre a Fecundação e o Parto, de que se trata?” posso dizer-lhe que a fecundação desencadeia a “transformação” do ovócito em óvulo, de seguida dá-se a fusão do núcleo do espermatozóide com o núcleo do óvulo entretanto formado (fusão essa que se denomina cariogamia) e a célula daí resultante passa a chamar-se de ovo (ou zigoto), seguido logo de imediato pelo embrião e depois o feto... No decurso daquilo que se chama Vida Intra-Uterina...
Quanto a quando é que neste período se pode considerar que começa a existir a vida de um Ser Humano, isso infelizmente é que não lhe sei responder e me preocupa, porque anda muita gente a defender coisas de um lado e do outro da barricada sem saber sinceramente o que anda a defender em concreto... Podendo chegar-se ao ponto de se dizer que ambos têm e não têm razão...

Daniel Tecelão, o seu comentário nem merece comentários...

Julgo também que pode haver no meio disto tudo uma grande confusão entre o que é Vida Humana e o que é Vida de um Ser Humano (vulgo Ser Humano), que embora à primeira vista possa parecer a mesma coisa na realidade não o é... Vida humana existe também por exemplo num espermatozóide ou num ovócito, mas julgo que ninguém tem dúvidas que estas células não são Seres Humanos... Julgo ser aqui que reside o queziles da questão e o que tanto traumatiza a consciência daqueles que não querem ser fanáticos ao estar de uma lado ou do outro da barricada, dos sins e dos nãos, mas sim gostariam de ter uma resposta para o quando se pode considerar aquele "grupo de células" um Ser Humano, pois a partir daí ele adquire Direitos Humanos independentemente do local onde está a viver de momento... Mas o que julgo ser claro é que não é na fecundação nem nos primeiros tempos de vida do embrião que existe um Ser Humano, que muitas das vezes ainda pode dar origem a dois indivíduos como no caso dos gémeos homozigóticos (então é um ou são dois???), mas não sei se aparecerá só depois das 10 semanas ou se já não terá aparecido antes... O que eu gostaria que fosse respondido por autoridades competentes (e existem-nas) é onde começa o Ser Humano, em vez de se andar a legislar no vazio...
Julgo que não vamos andar daqui a pouco também a proteger espermatozóide e ovócitos só porque são também vida humana, certo???... :-) Bem... Quando se considera essas células como vida humana, não é por acaso... É porque "guardam" em si o potencial para gerar um Ser Humano... Aliás essas células sexuais, logo que podem começam a comportar-se como seres vivos independentes do ser que lhes deu origem, mas... Não são Seres Humanos.
Quanto ao que disse ainda, vou-vos contar uma coisa, para ver o potencial "guardado" nessas células, especialmente numa delas... Aqui à uns anos atrás foi registado e documentado um caso de "Partenogénese Rudimentar" em Seres Humanos... Quando uma moça sem a intervenção de nenhum espermatozóide ficou grávida... Isto deu-se porque num dos processos que devia levar à formação de um ovócito, que é Meiose, terá ocorrido um erro e a primeira divisão (que deveria ter reduzido o número de cromossomas a metade (23), criando uma célula haplóide) nunca chegou a completar-se, logo ficou-se com uma célula diplóide que tem tudo para se comportar como um Ovo.. Que foi o que aconteceu com a dita moça que passado o tempo de gestação teve uma menina (porque isto só dá meninas, deixem-se de ideias... :-) antes que queiram arranjar desculpas lolololo)... Essa menina é em tudo uma clone da mãe, pois todo o código genético que possui é igual ao da mãe...
Já me estendi demais, desculpem...
Cumprimentos para todos.
Abraço para o Pedro e cumprimentos à família (a tua pequenina está muito linda...),
Paulo

Anónimo disse...

Ó homem: deixe lá a libertinagem de lado! Mas que fúria para controlar a sexualidade alheia. O seu problema é conviver mal com a ideia de que os outros possam ser livres, não é?

Anónimo disse...

Este governo, realmente, está podre!!!
Em vez de virar as boas vontades e energias para a natalidade tem o desplante de as virar para o aborto.
Uma vergonha.
E, pela conversa desta gente, se porventura o crime vingar não vai faltar dinheiro para os abortos.
O ministro CC dá uma no cravo outra na ferradura e o burro aue se lixe.
Teve o desplante de dizer que o sigilo para as abortantes não se aplicaria nos hospitais públicos.
Estas trapalhada acontecem quando os seus autores metem os pés pelas mãos

Maré Viva disse...

Olá pedro:
Bom fim de semana.
Infelizmente este é o governo que temos, ou, pior que escolhemos.
Algumas autarquias com alguma demagogia à mistura dão uns 300€ por cada nascimento.
Mostra bem o nosso miserabilismo.
Em vez de promovermos a vida,promovemos a morte.
Moiro do Barlavento

Paulo disse...

Hóóóó mulher (Catarina), mas quem lhe disse a si que eu tenho alguma coisa contra a libertinagem ou com qualquer outra prática que seja??? Quem é que sequer levantou esse tema aqui??? Mas quem é que quer controlar a sexualidade alheia??? Liberdade??? Pelo que estou a ver, você lá sabe por acaso o que é liberdade??? Estou a ver que não... Para além disso parece não conhecer a velha máxima de que "a sua liberdade termina onde começa a liberdade dos outros..."
Para além disso e pelo que disse presumo que não deve saber ler muito bem, pois no que eu disse (escrevi) nunca pus em causa sexualidade(s) ou liberdades... Para além disso duvido que você tenha uma cabeça sexualmente "mais aberta" que a minha (para não dizer mesmo que tenho a certeza que você não tem, porque é quase impossível alguém ter)...
Combata os meus argumentos com argumentos válidos e deixe-se de admirações infundadas a fim de atirar com areia aos olhos dos outros...
Cumprimentos para todos,
Paulo

Pedro disse...

Tecelão, Deus sabe de todos, mas não tem de cuidar de todos. Aliás, o desafio é precisamente o oposto: ver se o Homem sabe cuidar de si e dos seus. Ora, não é com a liberalização do aborto que provamos saber cuidar de nós próprios e da nossa sociedade...
Catarina, a minha "fúria" é conviver muito mal com aquelas mulheres que insinuam ter o direito de poderem fazer o que quiserem com o seu corpo contra a vida de um ser indefeso... Mais do que libertinagem isso é egoísmo total!!!
Violeta, Baby e Paulo (com excelente resposta ao Tonio), não nos podemos calar. Agora é a hora de nos fazermos ouvir e alertar os mais distraídos.

Paulo disse...

Parece que alguém ainda não reparou que não se está a debater teologia nem crenças, mas sim o ABORTO... Possivelmente problemas de leitura...
Discutam-se e debatam-se argumentos (se os tiverem, claro), e não se tente desviar a atenção do assunto em causa...
Cumprimentos para todos,
Paulo

Anónimo disse...

Partindo dos factos: Estima-se que ocorrem 40 mil abortos clandestinos por ano em Portugal ou por mulheres Portuguesas. Uma taxa quase 30% superior do que a Grã-Bretanha e 60% superior do que a França. Estes números embora sejam naturalmente difíceis de apurar ao certo, indicam que existe de facto um problema específico em Portugal e que de uma forma ou outra, o status quo não serve.

Parto do princípio de que um aborto é considerado geralmente um acto desagradável, perturbante e até imoral, no entanto reconhece-se que nunca será possível eliminar totalmente a sua ocorrência, quer com a despenalização ou com a legislação actualmente em vigor.

Perante isto defendo que os abortos ao serem inevitáveis, devem ser seguros e raros.
Para serem seguros têm de ser forçosamente legais e enquadrados no actual sistema de saúde em vigor.
Para serem raros penso que para isso contribuiria a educação sexual nas escolas, facilidade de acesso a contraceptivos, e um conjunto de diversos tipos de incentivos à natalidade, etc. (Exemplo da Holanda que tem a taxa de abortos mais baixa da Europa)

Ergo: Eu voto Sim.

Pode-se concluir no entanto que a despenalização é apenas metade da solução que os estados desenvolvidos têm encontrado para o problema. No entanto temos o caso concreto da Roménia que mesmo sem grandes apoios estruturais à natalidade ou à informação sobre a sexualidade, conseguiram uma diminuição significativa do número de casos de abortos apenas com a despenalização.

Tudo isto que enquanto o voto Não deixa tudo precisamente como está.

Anónimo disse...

Caro Paulo
Agradeço a explicação.
Chamemos os nomes que se quiser (ovo, embrião, feto... - de quê?)mas, por aquilo que diz, deduzo que concorda se se disser que algo existe.
Nota - não estamos a falar de alfaces :-).
Esse algo verifica-se no decurso daquilo que se chama Vida Intra-Uterina... (palavras suas e que subscrevo). Logo estamos a falar de Vida e se é no interior de um Ser Humano - ERGO - é um Ser Humano que já iniciou o seu desenvolvimento a partir da Fecundação.
Cumprimentos
Tonio
PS - Aquela dos impostos era só para agitar o coreto...

Paulo disse...

Caro Willespie, embora podendo não concordar com tudo o que você diz, foi uma das melhores intervenções que eu vi de alguém que defende o sim no referendo... Respondeu com os seu argumentos, sem entrar em “grosserias” e mais nada... :-)
Mas vamos ao assunto...
Neste tema percentagens, nunca me impressionaram muito... São o que são e nunca me suscitaram grande pena pelos intervenientes... Para além disso o problema muitas das vezes já vem de antes da necessidade de se recorrer ao aborto... As pessoas andam muitas vezes a “dormir” ou completamente despreocupadas, porque senão e depois de um “descuido” recorriam, desde que foi disponibilizada no mercado, atempadamente à pílula do dia seguinte (desde que não abusassem claro) e resolviam logo ali o problema, muito antes que ocorresse a nidação e portanto a gravidez na sua essência... Havia muitas coisas para resolver a “montante” a fim de se evitar sequer chegar à necessidade de fazer um aborto...
Mas como não vivemos num mundo perfeito nem somos perfeitos (e como também já me viu defender aqui) por vezes a situação que mais serve os indivíduos é mesmo o aborto... Tudo bem e nada contra (da minha parte claro...)... Agora o que me incomoda é que ao lançar-se cá para fora um prazo sem ter por trás nenhum estudo sério e credível pode estar no mesmo a possibilidade de se “concordar” com a morte de um Ser Humano (vulgo Homicídio) e isso eu não aceito de modo algum... Um Ser Humano não tem mais direito à vida que outro Ser Humano, seja ele quem for e onde estiver... Já aqui disse e de uma maneira simples que não existe Ser Humano no ovo nem nos primeiros estágios do embrião, doa a quem doer é tão simples quanto isso e não adianta virem com hipocrisias/moralismos... Agora entre principalmente as cinco e as dez semanas de vida intra-uterina, tenho as minhas dúvidas se algures neste prazo não existirá já um Ser Humano... Logo votar Sim pode significar concordar que um Ser Humano pode cometer homicídio e ser despenalizado por ele, votar Não pode significar impedir alguém de atempadamente por fim a algo que lhe dará/trará vários problemas... Venha o diabo e escolha (Sem crendices, Daniel Tecelão, para o caso de não ter percebido é apenas uma força de expressão...)...
Concordo consigo quando diz “... que os abortos ao serem inevitáveis, devem ser seguros e raros...”, só acrescentando a minha preocupação desde que feitos num período que não ponham em causa a Vida de um Ser Humano... E claro que se esta minha ultima premissa for cumprida (E Só Se For Cumprida) também concordo consigo que “... para serem seguros têm de ser forçosamente legais e enquadrados no actual sistema de saúde em vigor...” desde que não sejam gratuitos (claro que me refiro aos locais de saúde públicos), pois os dinheiros do estado/impostos não tem que ser endereçados para problemas “privados” mas sim para problemas de Saúde e todos nós sabemos que não foi por falta de saúde que a esmagadora maioria destas mulheres engravidou, bem pelo contrário...
Educação Sexual na escola!?!?!? Oh Willespie, mas você não sabe a ministra da educação que tem??? Você não acha que a dita ministra da educação anda mais preocupada com outras coisas, entre as quais como “lixar” mais a vida aos professores e alunos, bem como “estoirar” de vez com a educação??? Você acha que ela vai andar mesmo preocupada com problemas reais de educação??? A ver vamos...
Quanto à facilidade no acesso a contraceptivos, isso então dá-me uma raiva que você nem imagina... Este governo que diz estar a tomar estas medidas a fim de “proteger” as mulheres é exactamente o mesmo que não comparticipa nas farmácias nem fornece nos centros de saúde, alguns dos contraceptivos menos agressivos e com menos efeitos secundários para a mulher (logo melhores para a saúde de Todas as mulheres), como por exemplo o Anel Vaginal (que tem exactamente a mesma segurança que pílula, mas com muito menos efeitos secundários)... Mas como é? Por um lado diz-se uma coisa e por outro faz-se outra?!?!?!...
Incentivos à Natalidade??? Neste país, com estes governantes (refiro-me a todos), bem podemos esperar... Basta ver como tem descido ou mesmo desaparecido o já mísero subsídio de família... Mas atenção que há quem se prepara neste governo para pagar do honorário público os abortos em instituições públicas, caso no referendo vença o sim... Nem vale a pena fazer mais comentários...
Neste momento e à luz dos conhecimentos actuais votar sim ou votar não pode ser qualquer um deles um erro ou uma “virtude”...

Daniel Tecelão... Força de expressão... Já ouviu falar??? Para lém disso cada um acredita no que quer e mais nada...

Caro Tonio... Não tem que agradecer é um prazer... :-)
O ovo, embrião e feto de que temos estado a falar, claro que são de um Ser Humano... E claro que algo existe... (Alfaces só gosto delas na salada ;-) )...
Na parte final do seu discurso é que eu detecto uma mistura/confusão de conceitos entre Vida Humana e ser um Ser Humano, que às vezes parecem a mesma coisa mas não são... Vida Humana existe no espermatozóide, num ovócito, num óvulo, num ovo, num embrião, num feto, num bebé, numa criança, num adolescente, num jovem, num adulto, num idoso... Mas nestes nem todos correspondem ao que é ser um Ser Humano... Não existe Ser Humano no espermatozóide, num ovócito, num óvulo, num ovo, nem nos primeiros estágios de um embrião... O problema sobre o qual nunca ninguém se debruçou, para poder decidir alguma coisa, foi onde começa o Ser Humano... Para que depois se possa decidir/legislar em consciência...
Sim... Eu percebi que aquela dos impostos era para agitar as águas... ;-)

Cumprimentos para todos,
Paulo

Anónimo disse...

Obrigado pelo seu comentário. Vou responder de forma que isto pareça um diálogo
"Neste tema percentagens, nunca me impressionaram muito... São o que são e nunca me suscitaram grande pena pelos intervenientes."

Eu tenho. Tenho pena quer pelo projecto de vida que é terminada, isto é, a pessoa que nunca chega a nascer, como também pelos custos que o aborto clandestino muita vezes cobra à mulher. Por estas razões estou eu muito mais interessado em reduzir o número de abortos do que impor a moralidade sobre os outros.

Por exemplo: Eu posso dizer que gosto de liberdade. De qualquer forma a lei não pode conceder o máximo de liberdade sem ponderar o que essa liberdade se irá traduzir em termos de comportamentos humanos. De igual modo a lei não deve proibir arbitrariamente sem ter em ponderação o que essa proibição irá traduzir-se em comportamento humano. Foi com a lei actual proibitiva que temos a taxa de aborto que temos.

"Mas como não vivemos num mundo perfeito nem somos perfeitos por vezes a situação que mais serve os indivíduos é mesmo o aborto..."

Então mas isso é perfeitamente lógico. A inevitabilidade dos abortos quer com a legislação em vigor quer com a despenalização está claro. O que a lei actual faz é apenas garantir a clandestinidade dos abortos.

"a possibilidade de se “concordar” com a morte de um Ser Humano (vulgo Homicídio) e isso eu não aceito de modo algum...

Nunca na história dos códigos penais, o aborto foi considerado igual ao homicídio. De qualquer forma se é isto que você defende, então as mulheres que abortam deviam no seu entender, sofrer uma pena de 25 anos em vez de 3 não?

"votar Não pode significar impedir alguém de atempadamente por fim a algo que lhe dará/trará vários problemas"

Mas para isso não é preciso votar para o verificar se é mesmo assim ou não. Basta olhar como funciona neste momento. A verdade é que não tem impedido coisa nenhuma. E veja-se o exemplo da Roménia país muito mais pobre do que o nosso e apenas com a despenalização houve uma redução substancial de abortos. Isto sem que tivesse havido um esforço extra por parte do estado em aumentar a natalidade, para além dos apoios básicos que já existiam. Foi justamente a despenalização que fez com que muitas mulheres que iriam possivelmente abortar, não tivessem receio de enveredarem pelo acompanhamento normal do sistema público e de verem as suas intenções de abortar felizmente desviadas, em vez de por medo e empurradas pela proibição, procurarem de imediato a solução clandestina, nunca chegando a ouvir os concelhos dos médicos e outros profissionais que conhecem bem como lidar com os casos.

No que diz respeito à ministra de educação, a incompetência dela está bem patente, mas de qualquer forma penso que existem condições para proporcionarem a informação devida aos jovens. Por tudo que me é dado a saber ja algumas escolas o fazem por iniciativa própria.

Em relação às políticas de incentivo à natalidade, eu considero que o estado não deve ser obcecado com a natalidade ao ponto de interferir naquilo que é do foro íntimo de um casal, mas como é sabido em Portugal pouco ou nada tem sido feito no sentido de fomentar a natalidade, bem pelo contrário. É obvio que todos os potenciais pais, como você e eu, gostariamos de ver medidas como agora se adoptou na Alemanha. Mas a Alemanha é a 3ª maior economia do mundo. :(

Gostei da troca de ideias, embora evocar a imoralidade de um aborto para mim, não é razão suficiente para manter a lei actual. Não nos devemos isolar, e não implementar as soluções adoptadas noutros estados desenvolvidos para este problema específico.

Aqui vai um tema para lançar mais um pouco de debate:

A lei actual permite o aborto no caso de violação. Porém a pedido da mulher é proibida e punível com até 3 anos de prisão. Suponhamos que o violador da mulher é o próprio marido? Essa mulher terá tendência a encobrir esta situação de abuso, por medo e vergonha, pois não têm como provar que foram de facto vitimas de violação. São assim impedidas de praticar aborto com a actual lei, mesmo tendo sido violadas.

Paulo disse...

Caro Willespie... Mais uma vez, muito boa intervenção... E como é colocada com inteligência dá mais “trabalho” a responder :-)
Mas vamos lá...
Quanto a números não vou discutir, porque como já disse “são o que são...”
Gostaria contudo de discordar de si quando diz a Despenalização/Liberalização do aborto poderá levar à redução do número de abortos... Para além disso não me alivia em nada o facto de saber que no prazo “autorizado” (10 semanas) pode estar um período em que já exista um Ser Humano...
Depois, detesto que se tratem as pessoas por parvas (não me estou a referir a si, claro...) pois não se trata de uma mera “despenalização”, mas sim de uma “liberalização legalizada”.
O aborto não é um direito pura e simples da mulher, se estiver em causa a vida de outro Ser Humano (e atenção que não estou a dizer vida humana). Ninguém tem direito de decidir se um Ser Humano vive ou não vive, mesmo que seja a mãe que o gerou no seu ventre.
O aborto, tal como está a ser posto, não é uma questão política, mas de direitos fundamentais (de ambos os lados).
Se a moralidade a que se refere incluir o respeito pela vida de um Ser Humano, desculpem-me, mas eu estou disposto a impô-la com toda a força...
Quanto à ponderação de que fala, foi algo que eu já aqui referi várias vezes... Não foi pura e simplesmente tomada nenhuma ponderação... Lançou-se cá para fora um prazo, sem trazer por trás estudo praticamente nenhum (para não dizer nenhum mesmo...)... Pergunto porquê a escolha das 10 semanas em vez das 8 semanas ou 6 semanas, etc.... Porque será??? E Será que mesmo aí, ainda não será cedo demais??? (E atenção que não sou contra o aborto...) É esta pergunta que eu queria ver respondida, mas já me quiseram “crucificar” por isso... (mais uma vez aviso o Daniel Tecelão que não estou numa de crendices, é só força de expressão... :-) )
E desculpe discordar de si, mas não é por causa da “... lei actual proibitiva que temos a taxa de aborto que temos...”, mas como também já disse o problema a maior parte das vezes está muito a “montante” da decisão de abortar e também na altura em que se põe essa hipótese, por não serem vistas pela mulher/casal outras soluções...
“Então mas isso é perfeitamente lógico. A inevitabilidade dos abortos quer com a legislação em vigor quer com a despenalização está claro. O que a lei actual faz é apenas garantir a clandestinidade dos abortos.”
Com esta afirmação concordo na integra, só acrescentando o que sempre disse... Desde que acautelados os direitos do Ser Humano...
“Nunca na história dos códigos penais, o aborto foi considerado igual ao homicídio. De qualquer forma se é isto que você defende, então as mulheres que abortam deviam no seu entender, sofrer uma pena de 25 anos em vez de 3 não?”
Homicídio — acção de matar um Ser Humano…
Não preciso que esteja no código penal para conhecer a definição... Logo se no processo de aborto se matar um Ser Humano, existe um homicídio... Não lhe vamos portanto chamar só outra coisa porque queremos aliviar a nossa consciência... Volto a frisar que na morte do ovo e do embrião nos primeiros estágios de desenvolvimento, não existe qualquer atentado contra a vida de um Ser Humano (por muito que certo fanatismo possa querer apregoar...)...
Quanto a penas a que se pode ou deve ser condenado... Não sou jurista, nem perto disso... Mas julgo que no código penal existem penas diferentes para crimes com a mesma designação, mas executados em condições diferentes e julgo ser essa também a situação do homicídio...
Vou refazer a minha afirmação, para que ela não seja tão controversa e vá inclusivamente contra aquilo em que eu acredito: “Votar Sim pode significar, num determinado período, concordar que um Ser Humano pode cometer homicídio e ser despenalizado por ele, votar Não pode significar impedir alguém de atempadamente (ou seja, num período que não atente contra a vida de nenhum Ser Humano) por fim a algo que lhe dará/trará vários problemas...”
”No que diz respeito à ministra de educação, a incompetência dela está bem patente...”
Desculpe ter realçado a sua afirmação, mas é tão raro ver alguém a dizer a verdade, que quando aparece é de ser realçado...
“… mas de qualquer forma penso que existem condições para proporcionarem a informação devida aos jovens. Por tudo que me é dado a saber ja algumas escolas o fazem por iniciativa própria.”
Não só algumas escolas como alguns professores... Ou que julga que eu faço??? ;-) Não só quando os programas o facilitam (como é o caso de Ciências Naturais de 9º e Biologia e Geologia de 11º), como sempre que se é solicitado para tal pelos alunos, ou se está perante algumas “barbaridades” de origem social e se aproveita para dar um esclarecimento (e lá se vai a aula planeada para esse dia, mas... :-) )...
Quanto ao incentivo à natalidade, claro que também não professo a intervenção do estado no foro intimo do casal, mas sim que se faça alguma coisa possível à nossa escala, claro... Alemanha é a Alemanha, né?!?!
O gosto é mutuo... Também tenho gostado desta troca de ideias e concordo também que “evocar a imoralidade de um aborto para mim, não é razão suficiente para manter a lei actual”, embora considere que deva ser mudada com mais consciência do que está a ser feito, pois não estamos a falar de “feijões”.... E o facto de outros estados mais desenvolvidos já terem tomado este tipo de decisões para este problema em concreto, não quer dizer que temos que ir atrás como “carneiros” e não podemos fazer algo melhor e com mais consciência... A vantagem de às vezes ser o ultimo em certas decisões também é essa... ;-)
LOLOLOLOLOLOLO, você tinha que terminar de modo a dar uns “nós” a alguns cérebros... Mas vamos lá... Se a mulher foi violada, mesmo que pelo marido, isso é crime público e é punido como tal... E aqui não está só um caso de prova mas também de palavra, que vale e muito (felizmente) hoje em dia em casos de Violência Domestica... E por violação tem direito a recorrer segundo a actual (e futura) legislação ao aborto, se assim o quiser...
Para além disso é bom que toda a sociedade esteja atenta, pois desde que foi alterado o enquadramento jurídico da Violência Domestica, a máxima de que “entre marido e mulher ninguém mete a colher”, já caiu por terra... E agora qualquer um que assista ou saiba de cenas lamentáveis deve imediatamente denunciar às autoridades competentes... Eu já o fiz e continuarei a fazer... E conheço alguns agressores que agora andam uns “santinhos” (Tecelão, atenção que não é crendice, apenas força de expressão :-) )...
Cumprimentos para todos,
Paulo

Paulo disse...
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Paulo disse...

O pá... Mas tu estás a dormir ou quê???
Meu mentor moral??? É melhor ires para a escola a ver se aprendes a ler... Pois eu posso nem me expressar muito bem, mas faço-o o suficientemente bem para que me compreendam... Mas parece que nem com toda a minha “taraguelisse” lá chegas... Para alem disso pessoas perspicazes já deveriam ter dado conta que não estou nem dum lado nem doutro da campanha...
E JÁ DISSE AQUI, QUE "SOU A FAVOR DA LIBERALIZAÇÃO (E NÃO APENAS DE UMA PERTENÇA DESPENALIZAÇÃO) DO ABORTO QUANDO POR ESCOLHA DO CASAL/MULHER E NÃO PONHA EM CAUSA A VIDA DE NENHUM SER HUMANO...
Será que assim já consegue ler???
Isto é de certeza algo com que este "seu mentor" não concorda de maneira nenhuma, pois segundo eles o Ser Humano começa na concepção o que não corresponde à verdade como já tive hipótese de explicar aqui por várias vezes... Arre que parece que custa a entrar...
Para além disso tive hipótese de ouvir na TSF a explicação do que se teria passado e não me pareceu que tenha havido uma comparação entre as duas acções e que houve uma chamada de atenção para o horror que era equivalente num caso e no outro...
Apesar de não ser partidário do que esses “seus mentores” dizem e defendem... Se você acha que não existe horror nenhum em certas alturas em que são feitos abortos, inclusivamente alguns deles no período em que se quer despenalizar/liberalizar, então delicie-se:
aqui e aqui e aqui e aqui e aqui e aqui e aqui e aqui e aqui e aqui e aqui e aqui e aqui e aqui e aqui e aqui e aqui e aqui e aqui e aqui e já agora aqui, etc...
Gostou??? Algumas destas imagens estão dentro do prazo que se pretende aceitar como limite, as tais “10 10 Semanas”...
Cumprimentos,
Paulo

Pedro disse...

Não há dúvidas de que o Paulo sabe do que fala. E dá a sua opinião socorrendo-se de matéria científica. O debate só fica a ganhar. Também o Willespie aborda o debate de forma séria e competente. Outros, nem tanto...
Restam três semanas para elucidar aqueles que ainda andam distraídos e ainda não perceberam dos riscos que se correm em liberalizar o aborto até às 10 semanas.

Paulo disse...

"daniel tecelão disse...
Despenalizar e não liberalizar…"


Desculpe… Mas isso é que eu acho uma valente hipocrisia... Os termos são diferentes… Mas as atitudes e o que se pretende não é diferente… Pergunta-se uma coisa já pensando na outra...
Quando o ministro da saúde anda a averiguar se os hospitais vão ter capacidade de responder atempadamente à procura das mulheres/casais que pretendam um aborto, estamos a falar de quê???

Cumprimentos,
Paulo

Anónimo disse...

Confesso que agora que volto à bloguice, não queria começar com um assunto tão sério. Já vi que por aqui a discussão está mais séria e menos hipócrita que nas ruas, na televisão e na rádio.

Vou limitar-me a exprimir o meu voto sem mais demandas, sem juizos de valor e sem hipocrisias: Vou votar Sim pela despenalização e Não pelo aborto!

Anónimo disse...

É verdade que o Governo não tem criado incentivos ao aumento da taxa de natalidade. Parece que a única preocupação deste está no défice, nem que para isso tenha que prejudicar outros. É o que tem vindo a demonstrar com as medidas tomadas...
No que diz respeito ao referendo, sou a favor do não. Para além de ser prejudicial para a saúde da mulher, não é legalizando o aborto até às 10 semanas que se resolve o problema. Isto só vai fazer com que se adopte o aborto como medida para não levar uma gravidez em frente... o que é um absurdo!
O nosso país já tem uma taxa de natalidade muito baixa, desta forma ainda vai diminuir mais... o que é lamentável.
O nosso Governo quer-se comparar com outros países mais desenvolvidos, mas é só naquilo que lhe convém. Não tem em conta os incentivos que estes têm para aumentar a taxa de natalidade.
Se o sim vencer, só espero que muitas mulheres não se venham a arrepender com a sua atitude, quando mais tarde virem a ter problemas para engravidar, ou com a gravidez. Ainda digo mais: se muitas das mães tivessem também optado pelo aborto, muitas das crianças que agora estão connosco não estariam cá... essa criança poderia ser uma de nós...

Anónimo disse...

É a primeira vez que venho a este blog e achei-o bastante interessante...meio paneleirado...é só uma crítica.Penso que os temas aqui presentes são muito discutiveis e a que todos deveriamos comentar...é pena que seja este filho da puta o dono desta merda!!!Aqui fica o meu comentario...bastante discutível e polémico, que espero agradecidamente que seja respondido pelo cabrão do dono!!!

Anónimo disse...

Quase nao acreditei quando vi que estap debatendo o incentivo à natalidade. Esse pessoal nao deve ter ouvido falar em aquecimento global, em falta de agua e na necessidade de desenvolvimento sustentável. Há 10 anos atras já diziam que a agua irá acabar daqui a 50 anos. segundo minhas contas, agora so faltam 40. Em outros paises eles ja enfrentam este problema. Falar em natalidade é ignorãncia. Estima-se que até 2050 a população crescerá mais de metade, chegando aos mais de 9 bilhoes de habitantes. Por isso recomendo, usem camisinha.