sexta-feira, março 22, 2013

A propósito do Chipre, qual é o problema de se taxarem os depósitos bancários?

Quando, há uns dias, se soube que a condição proposta pela UE para salvar o Chipre da bancarrota passava por taxar os depósitos bancários foi um "corre, corre" de críticas. E o argumento dos que contestaram a ideia da UE baseava-se no receio que poderia "contaminar" os depositantes dos restantes países da UE.
Ora, se por cá cortaram nos subsídios de férias e de Natal e aumentaram os impostos a cobrar, não vejo qual o problema se num país que se assume como paraíso fiscal se optar por taxar os depósitos bancários. Aliás, bem vistas as coisas, até considero esta opção bem mais solidária, pois apenas aqueles que têm rendimentos suficientes são chamados a contribuir para salvar o Chipre da falência. Quem vive na pobreza ou com dificuldades certamente que não tem grandes quantias de dinheiro no banco com medo que sejam taxadas. Já pelo contrário, os milionários e aqueles que se quiseram aproveitar do paraíso fiscal do sistema bancário do Chipre (sobretudo de origem russa) têm agora o reverso da medalha...
O que se pode criticar na proposta da UE é o facto de não ter salvaguardado suficientemente os pequenos depositantes, mas aí havia uma solução simples que seria a de suavizar a taxa para depósitos abaixo de um determinado valor (talvez 50000 euros).
Lembro-me de há quase dois anos Miguel Cadilhe ter avançado com a ideia de se aplicar uma nova taxa diferenciada conforme os rendimentos de cada um, em vez de se andar a cortar nos subsídios ou a mexer no IVA e IRS. Claro que a proposta foi criticada e sobretudo por quem? Por aqueles que têm mais dinheiro...
Agora, uma proposta semelhante é avançada para o Chipre, por forma a salvar o país da bancarrota, e o que vemos? Gente com pena daqueles que têm dinheiro depositado nos bancos, parecendo esquecer-se que a maior parte dos depósitos a serem taxados corresponde a rendimentos de oligarquias russas e de outros países. Considero esta das medidas mais justas porque é verdadeiramente solidária para com os mais fracos, já que estes, por serem pobres ou de baixos rendimentos não têm grandes quantias de dinheiro depositadas em bancos.
O argumento da UE é claro: “quem investir o seu dinheiro em países onde paga menos impostos, deve assumir a responsabilidade."

4 comentários:

Júlio disse...

Estou como tu. Preferia que me tirassem 10% do que tenho no banco do que aquilo que fizeram com os meus subsidios.
Aliás, a medida do Chipre é bem mais justa: só tira a quem tem.

Afonso disse...

A medida não é justa pois não passa de um roubo do dinheiro que as pessoas têm no banco. E constitui um perigo para os restante países da UE.

Anónimo disse...

Você ou é ingénuo ou estúpido. Ou ambos ao mesmo tempo.
Você acha que os mais ricos pagam mesmo?
Deve ser por isso que em Portugal está por aprovar uma lei de parceria com as autoridades Suiças precisamente por causa dos depósitos que fazem naquele país. Deve ser para dar tempo para os pobres tirarem de lá o dinheiro.
Acorde, amigo. No Chipre, antes de sair a notícia, os verdadeiros magnatas foram avisados para tirar de lá o dinheiro.
Como no BPN, por exemplo!

Anónimo disse...

Bem...
você é uma realíssima besta! Não há a menor dúvida!!

Então agora os políticos roubarem o povo à má fila é uma medida verdadeiramente justa???!!!!!!!!!!!??

Por mim estimo muito que você e esses políticos de merda que temos por cá de f#d@m muito bem f#did#s, eles e a m&rd@ dos banqueiros!

Por mim eles aguentam, aguentam, mas não há-de ser com as minhas poupanças que estão agora noutras paragens...

Levantei-o todo!

Agora, vão assaltar mas é o c@r@lh#! mais a put@ que os fez...

LADRÕES!!!!!!!!!!!!!