sábado, maio 25, 2013

Coadoção? A pensar em quem?

Somos um país de brandos costumes. Muitos dos que nos visitam dizem que somos conservadores. Não gostamos de grandes experimentalismos. 
No entanto, somos dos poucos países do mundo que permitem o casamento entre pessoas do mesmo sexo e, agora, estamos prestes a aceitar a coadoção de crianças por casais homossexuais. E, sabemos que com esta possibilidade fica mais próximo de se concretizar a adoção de crianças por casais homossexuais... 
Em 2004 (há quase dez anos atrás) escrevi, neste mesmo blogue (aqui), a minha opinião sobre a adoção de crianças por casais homossexuais e, já aí, me intrigava sobre as verdadeiras razões que estavam por detrás desta possibilidade... Passada uma década, os meus receios confirmaram-se!
1. O Parlamento aprovou, na generalidade, a coadoção de crianças por casais do mesmo sexo por uma diferença de apenas 5 votos. Numa questão deste género, socialmente bastante fraturante e delicada, não podemos estar dependentes das maiorias que se formam na Assembleia da República, pois corre-se o risco de, em poucos anos, se formar uma maioria de deputados com opinião diferente da anteriormente estabelecida. O mais correto e sério é realizar um referendo...
4. Na família ideal (aquela que deve estar na base das preocupações da adoção), um pai tem o seu papel específico (a protecção, a segurança, a disciplina...), tal como a mãe possui os seus talentos (a afectividade, a harmonia, o carinho...), pelo que não vale a pena vir-se com o argumento de que num casal de duas mulheres, uma pode fazer o papel da masculinidade e que num casal de dois homens, um deles pode ser menos masculino. Claro que um pai também dá afetos e uma mãe também pode dar uma palmada no rabo da criança, mas não me venham dizer que num casal homossexual um deles pode fazer de pai e o outro de mãe...
5. Entre o direito das crianças à parentalidade conjunta por um pai e uma mãe e o direito de um casal homossexual à coadoção (primeiro passo para a possibilidade da plena adoção por casais homossexuais) dou total primazia ao direito das crianças à parentalidade conjunta por um pai e uma mãe. Não sendo possível a parentalidade conjunta por um pai e uma mãe (por divórcio dos conjugues, por morte de um deles ou pela condição de mãe solteira ou qualquer outra razão), penso que, para bem da criança, é melhor que a criança faça parte de uma família monoparental do que de uma família composta por duas "mães" ou dois "pais". A prioridade tem de ser a criança e não os adultos e os seus caprichos.     

1 comentário:

Anónimo disse...

Estou-me a cagar para os paneleiros, se podem ou não adoptar, eu quero lá saber, no entanto existe muito paneleiro e fufa que consegue dar melhores condições de vida a uma criança....