sábado, novembro 15, 2014

Um país a definhar...

Nos últimos dias foram dados a conhecer novos dados sobre a demografia portuguesa e europeia. O INE, o PORDATA e o IPF (Instituto de Política Familiar) voltaram à carga com novos números. Para mim não são novidade, mas apenas a tentativa de alertar (pela enésima vez) para o sério e grave problema que os países europeus, e sobretudo Portugal, terão de enfrentar num futuro muito próximo. Quase todos os dias falo deste assunto aos meus alunos...
A verdade é que, pela primeira vez na história recente da Humanidade, corremos o risco de vermos uma geração viver em piores condições do que a geração que a antecedeu. Aqueles que agora estão em idade activa e que descontam com os seus impostos para o Sistema de Segurança Social correrão o sério risco de chegarem à idade da reforma e terem direito (se tiverem!) a uma pensão miserável. Sim, porque com uma tão baixa natalidade e uma envelhecimento galopante da sociedade portuguesa, não há volta a dar e o Estado não terá capacidade para garantir uma pensão minimamente digna aos que agora descontam valores tão elevados do seu rendimento para que os idosos de hoje recebam a sua pensão. E recordemos os números: em Portugal, em 10 milhões de habitantes mais de 3 milhões são idosos e a tendência é para se agravar.
O número mais recente dado a conhecer é elucidativo do tipo de sociedade que estamos a criar, uma sociedade egoísta, egocêntrica e que só pensa em bens materiais: em cada sete famílias, apenas uma tem filhos! Não há dúvidas da dimensão do "buraco" em que nos andamos a meter. E depois temos aqueles (cada vez mais) que olham para cães e gatos como os filhos que não querem ter... Ainda esta semana falava com umas colegas de trabalho que falavam dos seus "bichinhos" como se de bebes se tratassem. Sem comentários!!!
E o Governo continua a pensar em meros paliativos. Agora vem com a conversa de baixar o IMI para as famílias que tenham filhos. Não se altere a legislação laboral (horários de trabalho, aumento do trabalho em tempo parcial, mobilidade laboral e outras questões) e não se penalize quem não quer ter filhos, que não veremos mudanças substanciais. Sim, e não me venham falar na impossibilidade de discriminar os que não querem ter filhos, porque apenas não se pode discriminar aquilo que é igual. Ora, ter filhos é muito diferente de não ter filhos, pelo que a diferenciação tem de existir na lei, seja nos direitos, seja dos deveres...   
Ah, é verdade! A razão de cada vez escrever menos aqui no blogue tem precisamente que ver com o papel de pai que sou de duas crianças: a tal falta de tempo...

17 comentários:

Anónimo disse...

Claro está que devo ser castigado por não querer ter filhos!

Sou castigado para lhe pagar a reforma? A si?!!!? Seu fascista de primeira categoria, ao pé de si o António das botas era um menino de coro... também ele não teve filhos!
Fasciszoide mal intencionado e mal formado é o que você é!
Não consegue lidar de forma séria com as diferenças, ou seja, é diferente e pensa de forma diferente da sua, então, há que ser castigado!!!
Dois exemplos de coisas que eu não compreendo e que, de acordo com os seus «pseudo-artigos», você também não:
- a homossexualidade
- e pensamento de esquerda (completamente antagónico ao seu!)

Eu não consigo compreender, em absoluto as motivações que existem por detrás destes conceitos (assim como de muitos outros!), no entanto, aceito as diferenças porque considero que, apesar de tudo, as diferenças contribuem para a nossa evolução enquanto sociedade, desde que as mesmas não prejudiquem nem ofendam ninguém. São diferenças pessoais, são diferenças que apenas dizem respeito a essas pessoas, logo, não tenho nada que fazer juízos de valor!
Já você, vê nessas diferenças a oportunidade de se auto-enaltecer precisamente pelo facto de, também você, ser diferente não obstante ser igual à maioria!!! É muito fácil ser igual aos outros, não pensou ainda nisto?

Ainda no que toca às nossas diferenças em dificuldades de compreensão comuns, o dito pensamento de esquerda, enquanto você, à laia do bom fascismo, quer diferenciar tudo o que é diferente e castigá-los por isso mesmo, os outros, querem tornar tudo igual, apesar de serem completamente diferentes!!!!!

Ora, do meu ponto de vista, considero que tanto você como os de esquerda são umas verdadeiras bestas!!!!!

Eu sou diferente em muitas opções que faço, quero continuar a ter o direito de ser respeitado nas minhas diferenças! Por exemplo, não sou igual ao cigano que aproveita todas as vantagens do nosso estado social (qual sanguessuga) sem contribuir com uma gota se suor (muito menos com o pagamento de impostos!). No entanto, sou contrário a pensamentos que, como o seu, preconizam o castigo e a ostracização, mas também sou contrário ao pensamento daqueles, os ditos de esquerda, que querem, à viva força, que os benefícios adquiridos por todos os que pagam impostos sejam divididos de forma igual por todos... ciganos incluídos! São dois tipos de pensamento imbecis!

Eu vou mais pelo livre arbítrio, tudo o que fazemos tem consequências, não pago impostos, logo, não tenho benefícios (direito de voto incluído), mas também não tenho que ir preso, ou ser deportado por causa disso!

Afonso

Pedro disse...

O Afonso não percebeu ou não quis perceber o âmago da questão. Não se trata de castigar quem não quer tem filhos. Trata-se apenas de diferenciar aquilo que é diferente. Quem tem filhos e, assim, contribui para a sustentabilidade demográfica de um povo deve ter maiores benefícios fiscais do que aqueles que não querem ter filhos. Tão simples quanto isto...
De resto, não vale a pena assistirmos a discursos de que os que não têm filhos são discriminados e postos de lado por não terem benefícios fiscais iguais aos das famílias com filhos.
É claro que também sou apologista do livre arbítrio, mas não nos esqueçamos que vivemos numa sociedade e se todos fossem como os que optam por não terem filhos, a sociedade já era...
Consequências? Claro. Diferenciar aquilo que é diferente e, neste caso, beneficiar ao nível dos impostos e de outras matérias as famílias que têm filhos.
Não vale a pena o discurso do "coitadinho" e do miserabilismo. Sejamos pragmáticos. Num país tão envelhecido como o nosso há que discriminar de forma muito positiva as famílias que (ainda) se decidem por ter filhos. Pelo menos é esta a minha opinião...

Anónimo disse...

Pois não me parece que esse seja o caminho! Em França, assim como noutros países onde se tem vindo a verificar a queda da natalidade, foi isso que se fez, deu-se tantos benefícios a quem tinha filhos, incluindo subsídios, que hoje se estão a ver a braços com imigrantes de toda a espécie (menos da que interessa) que vão para lá apenas para viver à custa de quem trabalha!
Isso que você preconiza está errado!
Há, sim, que dar condições sociais que permitam às pessoas ter estabilidade, e quando falo em estabilidade, falo simplesmente de saber com o que se conta no ano seguinte!
Não se trata aqui do discurso do coitadinho (detesto esse tipo de discurso, o do coitadinho e o dos tipos que interpretam tudo nesse sentido!), trata-se sim de pragmatismo (que você apregoa sem perceber muito bem o que é!)
Sou professor, tal como a minha esposa (pois, um mal nunca vem só), compramos casa em Coimbra, eu estou colocado no Algarve e ela em Chaves!
Diga-me se considera lógico, ou pragmático se quiser, ter filhos?
Para quê?
Para não terem a mínima estabilidade emocional? Para não conseguirem criar laços em sítio nenhum por onde passem? Já para não falar dos custos de sustentar três casas!

Você, parece-me, nasceu com o cuzinho voltado para a lua e, felizmente para si, sinceramente, tem condições para ter filhos! Serão, você e a sua esposa, efectivos, e, provavelmente, vivem ao pé dos vossos pais, entre outras coisas que desconheço e não me dizem respeito. Você tem condições, eu não! Você insiste em castigar-me por isso, Acha que não quero? Pois lhe digo, com a maior tristeza, que era que mais queria!

Agora, seja você pragmático e veja lá o que deseja! Veja o exemplo de França, quer por cá todo o tipo de pessoas a viver à custa dos seus impostos?

Não dê opiniões sobre aquilo que desconhece, as pessoas, simplesmente, não querem ter filhos, elas não podem é ter filhos!

E ainda fala, no seu artigo, de maior mobilidade laboral!

Você vive em que mundo?

Você alguma vez se viu privado de alguma coisa na vida? Quando falo em passar privações, falo em não conseguir fixar-se num sítio, não conseguir estar ao pé da família, não saber se tem emprego no ano seguinte, etc..

E agora não volte isto para o «discurso do coitadinho», pense é que neste país da treta há muito nesta situação revoltante e pense também quais seriam as suas opções nesse caso... seriam muito diferentes, acredite!

Pedro disse...

E pronto! Tinha que vir o argumento de que concedendo maiores benefícios às famílias com filhos teremos milhares de imigrantes à porta a quererem entrar em Portugal! Francamente...
Trata-se apenas de uma questão social de inteira justiça. As políticas fiscal e laboral têm de diferenciar (de forma muito clara e não com meros paliativos) aqueles que têm filhos dos que não têm. Tão simples quanto isto...
Mas vamos a outro equívoco do último anónimo. Nunca referi que se deve aumentar a mobilidade laboral. Apenas referi que se deve alterar a política de mobilidade laboral. E dou-lhe um exemplo concreto. No concurso de mobilidade interna dos professores dever-se-ia, na minha opinião, distinguir os professores que têm filhos menores a seu cargo dos que não têm filhos. Mesmo com uma graduação inferior, um(a) professor(a) com filhos a cargo deveria ter prioridade sobre um colega seu, mais graduado, mas que não tem filhos na hora de pedir destacamento por aproximação à residência. É este o exemplo de alteração na mobilidade laboral a que me refiro. Percebeu agora?
E não me venha com a conversa de que não sei o que são dificuldades. Apenas lhe digo que, tanto eu como a minha esposa, fazemos quase 200 kms por dia para estarmos no final de um dia de trabalho com os nossos filhos. Por isso defendo que se alterem as políticas fiscal e laboral deste país, beneficiando quem tem filhos. Percebeu?

Anónimo disse...

Não, não o percebi!

Nem quero!

Despeço-me para outra freguesia, que por aqui está visto que é mais do mesmo, sempre de cabresto, mas antes digo o seguinte:

- impostos iguais - cidadãos iguais!

Percebeu agora ou quer que lhe faça um desenho? Ninguém deve ser prejudicado por opções que toma que apenas a si dizem respeito e, que além de tudo, não interferem em nada com a vida dos outros! E sustento, você é um fasciszoide inveterado e casmurro!

Anónimo disse...

Apoiado! Preferência na mobilidade a gajos do psd... para áfrica!

Anónimo disse...

Não sabia que havia tipos assim, com um canudo e tudo!
Então tu defendes que quem não tem filhos, porque não quer, ou porque não pode, seja colocado no cu de judas para ficares mais perto de casa?
Defendes também que deves pagar menos impostos, o que, logicamente, significa que os outros irão pagar mais, vê lá se não tens falta de mais nada! Talvez um prémio por seres um cidadão exemplar, uma medalha, um carro topo de gama, para chegares mais rapidamente a casa, ou um aumento de 10% por cada filho! Não?
Todos somos justos naquilo que nos convém e não tens capacidade de ver além do teu umbigo.
Um professor a falar assim é o melhor exemplo daquilo que se passa com vocês, o governo nem precisa de fazer nada, vocês comem-se uns aos outros!
O que me preocupa é que gajos assim também votam!

Anónimo disse...

O Pedro está preocupado (e com razão) com a baixíssima natalidade em Portugal. Tirando os casos (que existem e não são assim tão poucos) de casais que optam por não, independentemente de terem condições para isso (e muitas vezes têm) há muitos casos em que as pessoas simplesmente não têm as duas coisas fundamentais para isso: tempo e dinheiro.
E se não têm, não vale a pena pôr a culpa (como em 99,9% dos casos) no PS. Olhe para o seu PSD e veja um dos principais culpados disto tudo. Se isso é um assunto que o alarma tanto, porque continua a votar neles? É só para se livrar do PS???

Pedro disse...

Impostos iguais, cidadãos iguais? Discordo. Aliás, o correto seria dizer: cidadãos diferentes (porque uns têm filhos e outros não), logo impostos diferentes...

Penúltimo anónimo, não escrevi que quem não tem filhos deve estar longe de casa. Apenas referi que, por exemplo, na mobilidade interna da colocação de professores, deveria, na minha opinião, haver diferenciação entre quem tem filhos a cargo e quem não tem. Um(a) professor(a) com filhos deve ter, na minha opinião, prioridade na mobilidade interna em relação a um(a) professor(a) solteiro(a) ou casado(a) sem filhos.
E quanto aos impostos, o que defendo já existe, mas de forma quase insignificante. O que defendo é que no IRS, no IMI e noutros impostos, as famílias com filhos deveriam ter uma carga fiscal muito inferior em relação a quem não tem filhos. E isto não tem nada de surpreendente, pois já existe em muitos países.

Último anónimo, às vezes, a opção que temos é votar no "mal menor". E, claro, há que ter memória. Por outro lado, fazer como a avestruz é que não...

Anónimo disse...

Você é o chamado «tipo porreiro», sempre a pensar em formas de ficar melhor não é?
Os outros?
Os outros que se lixem!
Você é mal formado, mal intencionado e invejoso!
Ou porque tem colegas seus que, por ser de Lei nessa altura, terem benesses que você não tem, ou porque trabalham menos que você porque são do primeiro ciclo, ou porque são do mesmo ciclo que você mas são de uma disciplina diferente e, como é lógico, a sua implica muito mais trabalho e muito mais responsabilidade, ou porque não têm filhos e ficam à porta de casa, onde você acha que tem muito mais direito de ficar, só porque acha que sim, ou porque....
Com você é só porque...!!!
Agora também implica com os animais de estimação é?
Tenho uma triste novidade para si:
- existe muito mais do que o seu próprio umbigo!
Já agora, com todos os seus predicados, dos quais tomei a liberdade de enumerar uma enésima parte no quarto parágrafo, ainda não pensou dedicar-se à política?
Joaquim

Anónimo disse...

Ao autor do comentário acima:
Você esqueceu-se de referir boçal e asqueroso!

Anónimo disse...

"Último anónimo, às vezes, a opção que temos é votar no "mal menor". E, claro, há que ter memória. Por outro lado, fazer como a avestruz é que não..."

É curioso, eu já lhe disse que fazia isso votando no BE, por não me rever minimamente em PS, PSD e outro lixo do género, e o Pedro criticou-me. Afinal, faz o mesmo...
Agora uma crítica ao Joaquim: em relação aos animais de estimação, a ideia com que eu fiquei foi que o Pedro apenas achou ridículo comparar-se animais de estimação a filhos, e não o facto de algumas pessoas os terem e em vez de terem filhos... Há algumas pessoas não querem filhos, porque não querem perder tempo com eles, ou porque dão despesa, ou por qualquer outra razão que eu possa até desconhecer. No entanto, se acabam por perder imenso tempo e também ter imensas despesas com animais de estimação, sinceramente não consigo perceber essa opção. Mas enfim, cada um sabe de si, e também conheço casos de quem teve filhos e mais valia não ter tido, pois claramente não sabe ser pai ou mãe...
O problema disto tudo é que, por uma razão ou por outra, o país está mesmo a definhar, e aparentemente há pessoas que ainda não perceberam isso.

Anónimo disse...

O zézocas foi preso...

Você deve estar ufano!

Eu estou mesmo muito contente, porque, caso isto dê em alguma coisa, é apenas o princípio de que os políticos não são impunes.

Já só faltam, o cavaco, o peido velho soares, o portas, o cherne, o guterres, e respectivos ministros,...

Anónimo disse...

Finalmente uma notícia para o Pedro festejar com champanhe D. Perignon!!! Melhor do que isto, só mesmo se também detivessem o Guterres, o Soares e companhia...
Agora sim, o (quase) único culpado pela situação do país está detido, e o Pedro delira! Agora sim, Portugal vai ser um país próspero, não é, Pedro???

Anónimo disse...

Então!!!
E sobre o zézocas de sousa?
Não diz nada?
Estranho!!!!
Muuuuuuuiiiiito estranho!!!!!

Anónimo disse...

Ah!... Já sei:

«Agora, teria que haver provas de que mentiu ou que obteve rendimentos de forma fraudulenta ou outra qualquer razão grave (...). Doutra forma, assente em suposições e notícias de jornal (...). Claro que se provar que (...) mentiu ao Parlamento, forjou documentos ou retirou proventos de forma indevida, as consequências são óbvias. E, neste caso, ainda há muitas insinuações e poucas certezas.»

Pois...! Deve mesmo ser por isto! Está-se mesmo a ver...

Anónimo disse...

Tenham calma, dêem tempo ao Pedro! Em 1º lugar, ele ainda deve estar de ressaca depois de ter passado umas longas horas a festejar isto tudo condignamente.
E em 2º lugar, ele nem sabe bem que palavras usar, de tão inesperada foi a notícia.
Se o Pedro fosse uma mulher, eu diria que até teria tido orgasmos múltiplos!!!!