segunda-feira, outubro 05, 2015

Limpinho, limpinho!!! O povo (ainda) tem memória...

Os resultados das legislativas de 2015 não deixam margens para dúvidas! O povo português, na sua maioria (e falo da maioria que foi às urnas e que, portanto, fez valer o seu direito cívico de votar), expressou-se de forma muito clara: compreende os quatro anos de sacrifícios que Portugal teve, reconduziu Passos Coelho como Primeiro-Ministro, mas anseia por maior diálogo, negociações e compromissos na Assembleia da República. Contudo, fica claro que a haver compromissos terão de ser feitos entre os partidos do "centrão", ou seja, entre PSD, PP e PS e não com os partidos da esquerda radical, confinados a menos de 20% do eleitorado...
Sejamos claros e sintéticos:
- vitória clara da coligação PSD/PP e, até poderá apelidar-se de surpreendente, se tivermos em conta que os últimos quatros anos foram de muita austeridade;
- derrota estrondosa do PS, tendo em conta que Costa pediu a maioria absoluta e que "substituiu" Seguro, apelidando a vitória do PS nas últimas europeias como a saber a "poucochinho";
- recuperação do BE aos valores deixados por Louçã, mas a evidência de que a maioria do povo não se revê neste partido da esquerda radical para ser alternativa de governo do país;
- mais do mesmo em relação ao PCP, com os tradicionais 400 mil votos comunistas.
É bom que aqueles que pensavam que iríamos assistir a uma derrota estrondosa de Passos Coelho e que pensavam que seria a esquerda (qualquer que ela fosse, com ou sem BE ou PCP) a formar governo, metam na cabeça que, de facto, como dizia o outro, o povo é sereno e tem memória. Sim, memória! Há quem não esqueça como o país estava há quatro anos atrás e compreenda e avalize os quatros anos de governação que tivemos. Apenas pedem maior dose de consenso e governação entre os partidos do chamado arco da governação... Limpinho!!!

7 comentários:

Anónimo disse...

Está, de facto, confirmado!

Somos um POVO DE GENTE BURRA E IGNORANTE e só temos, nem mais nem menos, do que aquilo que merecemos!

Eu por mim estou de consciência tranquila, não foi por mim que eles lá ficaram outra vez!

Anónimo disse...

Já agora,
que me diz do «peido velho» cavaco da silva não participar nas comemorações deste dia, por excelência o dia da República Portuguesa?

Querem lá ver que afinal o gajo é monárquico!

Anónimo disse...

«(...) maior dose de consenso e governação entre os partidos do chamado arco da governação...» Isto para si é o quê?
Será, o tal maior consenso, o PS pôr-se de cócoras e aceitar todos os devaneios do PSD/PP?
Será, o dito maior consenso, levarmos com mais austeridade e com mais destruição da nossa dignidade?

Anónimo disse...

Limpinho, limpinho... é o Costa, o Jerónimo e a Catarina...´

Eh! Eh!

Pedro disse...

O Costa, o Jerónimo e a Catarina, com esta brincadeira toda, ainda irão brindar, daqui a uns meses, a coligação com uma maioria absoluta.
É que o povo não esquece...

Anónimo disse...

Pois não não esquece... O povo é burro!

Anónimo disse...

Se o PSD não procurou o "centrão" há 4 anos, porque havia o PS de o fazer?
Se o PSD voltou costas ao PS em 2011, só podia esperar comportamento semelhante do PS.

Em 2011 o PSD virou-se para a direita. Ora, agora o PS vira-se para a esquerda. A perda de cariz social e democrático do PSD (Partido Social-Democrata) foi evidente durante o período 2011-2015. Por agradar ao CDS, teve que virar tanto à direita que já nem se distingue do seu "colega" (ou melhor, ex-colega). Além disso, durante 4 anos foi-nos retirada a liberdade, pois uma coligação íntegra promovida pela aproximação de ideias era capaz de tomar as suas decisões sozinha.

Agora que os poderes políticos estão mais equilibrados, abrem-se portas à verdadeira democracia, o encontro de agendas comuns e superação de divergências ideológicas. Pois ao contrário da coligação PSD-CDS, os partidos de esquerda não abdicam das suas ideias para fazer parte do arco da governação, numa espécie de "omeleta" capitalista.

E já agora, esse termo "arco da governação" pode ser considerado altamente insultuoso, particularmente para o CDS, pois é apenas graças a essa coligação de direita nas eleições que ainda ninguém se apercebeu que este partido está completamente dissolvido num PSD radicalizado. Muito provavelmente, o CDS regressará ao "partido do táxi" nas próximas eleições, graças à ocupação de assalto do seu espaço político pelo PSD.

Assumir posições moderadas nunca fez mal a ninguém, Sr. Professor! No meio, a virtude.
Espero que não ande a transportar ideologias extremistas para as suas lições, essa não é a altura mais adequada para fazer propaganda.