quinta-feira, julho 07, 2005

Uma Espanha muito estranha...

Há poucos dias foi aprovada, no nosso país vizinho, uma lei que concede aos homossexuais a possibilidade de contraírem matrimónio e adoptarem crianças. Por cá, apesar de toda a pressão exercida pelos grupos que se auto-intitulam defensores dos direitos dos gays, ainda não se vislumbram quaisquer sintomas de que nos deixemos afectar por "modas" que contrariam o bom senso e o respeito pelos valores civilizacionais. Por cá, a maioria do povo português ainda preza o direito à vida, o respeito pela família e a procriação e a defesa dos mais indefesos...
O que mais me surpreendeu nesta "hecatombe" espanhola foi a forma pouco consensual e deveras arrogante como o Governo de Zapatero avançou para uma medida que "destrói" um valor que dura há centenas de anos, banalizando por completo o conceito de família. Zapatero esquece-se que, tal como agora, se socorreu de uma maioria parlamentar para mudar uma lei fundamental, também um próximo Governo do centro-direita que detenha maioria parlamentar facilmente fará voltar esta questão ao seu ponto inicial e do qual nunca deveria ter saído. É que Zapatero nem sequer colocou a hipótese de uma consulta ao povo espanhol, por meio de referendo. Esta atitude do Governo espanhol roça a teimosia, ignorando por completo, a opinião da Igreja Católica e de milhões de espanhóis que deveriam ter sido chamados a pronunciar-se sobre um tema que tem que ver com a defesa da família e os direitos de crianças órfãs, às quais devem ser concedidas um pai e uma mãe.
Alguns amigos meus, meio a brincar, meio a sério, costumavam dizer-me que, se fossemos espanhóis, viveríamos muito melhor. Agora, já colocam um ponto de interrogação nessa possibilidade. É que, mais vale viver num Portugal um pouco menos rico, mas de cara lavada e com orgulho na defesa dos valores da família e das crianças desprotegidas, do que numa Espanha, que na ânsia de "copiar" alguns países menos conservadores, se deixa levar pelo imediatismo de grupos que só pensam nos seus direitos, esquecendo-se que, numa sociedade, contam todos...

1 comentário:

Anónimo disse...

La España de Zapatitos va de p.. pena...!