sexta-feira, maio 19, 2006

Não há pachorra...

Não sei como é que há gente que tem paciência (e não se importa de gastar dinheiro!) para assistir a um filme que, ao longo de cerca de duas horas, se limita a confundir factos reais com suposições e ficções sem sentido. Estou a falar do filme que tem suscitado junto da comunicação social um interesse exacerbado, qual publicidade de borla que os autores do dito filme certamente agradecem. Mas, poderia também reportar-me a todo o tipo de filmes do género "Poters e Senhores dos Anéis", quais fantochadas que apenas levam as pessoas para o mundo do imaginário...
Aliás, nunca compreendi a necessidade de tanta gente em ter que se "agarrar" a ficções e contos da "carochinha" para, provavelmente, se esquecerem da vida real do dia-a-dia. Bem sei que sou uma pessoa extremamente pragmática, pelo que, como me costumam dizer, é a minha falta de sensibilidade para a ficção que me leva a não compreender aqueles que sentem prazer em ver filmes que retratam coisas do imaginário...
Por outro lado, recuso-me a contribuir financeiramente para o enriquecimento de autores (sejam de livros ou de filmes) que se limitam a trocar as voltas da História, confundindo as mentes mais frágeis e atacando a Igreja. Aliás, não é por acaso que esta estratégia já chegou a Portugal, na sua versão do Padre Amaro!!!

24 comentários:

Nan disse...

Desculpe, mas pelo post não se percebe:
1. Fala de que filme? (Vamos supor que é do Código da Vinci).
2. Viu o filme ou não?
3. Se não viu, como sabe que «durante duas horas se limita a confundir ta-ta-ta-ta-ta»?
4. Já pensou que a ficção é mesmo assim? Ficcionar é mesmo inventar coisas...
5.«...é a minha falta de sensibilidade para a ficção que me leva a não compreender aqueles que sentem prazer em ver filmes que retratam coisas do imaginário... » Quer dizer que você não lê ficção? Nunca? Nem os clássicos? Nadinha mesmo?

Nan disse...

Desculpe outra vez. Ainda a propósito da sua afirmação «...é a minha falta de sensibilidade para a ficção que me leva a não compreender aqueles que sentem prazer em ver filmes que retratam coisas do imaginário... ». Que filmes vê?

Pedro disse...

Cara Catarina, agradeço os seus comentários e questões. É claro que não vi o filme... Mas, como gosto de estar informado sobre a actualidade não pude deixar de me aperceber sobre o conteúdo do mesmo. Basta ler o jornal Público de ontem para saber o argumento do dito filme e ter uma opinião minimamente formada sobre o mesmo...
Em relação às minhas leituras, aprecio biografias políticas, reportagens, descrições de viagens e tudo o que diga respeito a temas da actualidade...
Quanto à sua terceira questão poderei dizer-lhe que o último filme que vi no cinema foi o Munique, a milhas de distância, pelo menos em termos de aproximação à realidade, deste autêntico "verbo de encher" que é o Código da Vinci...

IsaMar disse...

Olá...
Muito sinceramente...ainda não vi o filme...mas pelo que já ouvi...não irei vê-lo!
Acho que tem imensos disparates...mas DISPARATES com letra grande!
Querem chamar a atenção das pessoas inventando tudo e mais alguma coisa...até brincam com a História.
Pedro é a nossa sociedade...uma sociedade que gosta das fantasias...como dizes, das fantochadas.
Não se esquecem das vidas deles...do dia a dia...mas pelo menos irão dizer que viram o filme.
Estamos na Era dos "reality shows".

enfim...

contradicoes disse...

Tenho por hábito evitar ser uma espécie de Maria vai com as outras, isto é de
gostar de tudo quanto a comunicação social costuma dar demasiado relevo. Por isso não embarco nem no filme nem no livro vou-me entretendo ouvir os outros e basta-me.

Anónimo disse...

O romance é sedutor esta bem escrito e agarra-nos. Mas é isso mesmo um romance de ficção como tantos outros.
E porque não ler também versículos satânicos. Já agora e fazer um filme dessa obra maldita para uns...

Anónimo disse...

Gostava de saber é como tu uma pessoa que não se deixa agarrar por "fantochadas" e que não te deixas agarrar por "ficções e coisas da carochinha", sabes que os filmes do Senhor dos Anéis são coisas sem sentido.
Quanto à Igreja... mas que "instituição tão pura" soba qual não deve cair nenhuma mancha...

Pedro disse...

Badala, qualquer pessoa minimamente informada e que leia jornais sabe do que trata o filme "O Senhor dos Anéis", pelo que é mais que lógico que o argumento do filme serve na perfeição os admiradores do género "Alice no País das Maravilhas", ou dito doutra forma os que gostam de "historietas sem sentido"...
Quando à Igreja, só não percebo a razão de se pretender atacar uma Instituição que, goste-se ou não, ainda tem muitos seguidores (veja-se a recente enchente de Fátima no 13 de Maio). Será porque há a necessidade de os "pequenos", com o objectico de se engrandecerem optarem por atacar os "grandes"? É que tal estratégia é visível no futebol, nos partidos, no emprego, enfim, no dia-a-dia...
Lune, tens toda a razão: é a liberdade de expressão e de escolha. Eu opto por escolher aquilo que é sério e rigoroso e não a fantasia ou a fantochada...
Beijocas

Nan disse...

Desculpe insistir, mas garanto-lhe que não é faço por mal, apenas para tentar compreender. Nunca leu um romance? Nunca leu.. sei lá Guerra e Paz ou Robinson Crusoe, ou A Montanha Mágica? Nem Os Três Mosqueteiros? Camilo Castelo Branco? Eça de Queirós? Júlio Dinis?

Pedro disse...

A Catarina quer saber se alguma vez li um romance. No meu tempo de estudante fui obrigado a ler alguns romances de autores portugueses. A experiência nunca me tocou, no sentido de me atrair para esse género de leitura.
Mas, já li romances com um fundo histórico. Lembro-me, por exemplo, de "Cinco dias, cinco noites" de Manuel Tiago, que é como quem diz Álvaro Cunhal.
Mas, digo-lhe, com franqueza, que prefiro outro género de leituras, mais dadas à realidade e não tanto à ficção... Por exemplo, prefiro ler dois ou três artigos da revista "National Geographic" a ler um romance inteiro do Saramago ou do José luís Peixoto...
São gostos!!!

Pedro disse...

Caro Tecelão, a história da Igreja não é ficção, tal como os discipulos não são invenções e Jesus não é nenhum protagonista de uma filme de 3º nível...

APC disse...

A saúde mental resulta de um equilíbrio entre a capacidade de apercepção do real - seja lá isso o que for, mas sendo aquilo de que " a maioria" (é nela que assentam, ainda que com margem de erro, os padróes de normalidade)das pessoas percebe; e a imagética, i.e. a capacidade de atribuir significações subjectivas e de extrapolar o que é, pensando no que poderia ser, apenas possível em presença de um certo colorido emocional, de uma tecidura de afectos que faz de nós seres criativos e inigualáveis.
O excessivo apego ao factual, ao material, o obsessivo rigor com que se aceita, persegue e cumpre com o que de facto é e oo que deve ser, denuncia a existência de uma desertificação afectiva... E, se assim é, ou não há amor (em toda a sua abrangência), ou o há em menor intensidade. Porque amar é alucinar, já que não se ama o real, mas as nossas projecções sobre ele, a forma como o fazemos.
O amor à arte (qualquer forma de expressão) é de bom prognóstico; deixar-se embalar nas asas do sonho acresce em muito e nada retira... Por tudo isto e mais alguma coisa, o ser humano que busca em si o infinito (quando ele é, "na prática", finito) tem um prazer ao ler, ao ver, ao escrever uma boa história - quer seja ela a narrativa de factos reais, quer seja uma ficção, quer entre uma e outra residam dúvidas - que outros não poderão alcançar.
Nota: o grande Professor Coimbra de Matos (psicanalista) explica a coisa melhor que ninguém. Ele é real, os seus livros não são romances, e ainda convido alguém a escrever com aquela classe!:-)

Mas podem bem conviver à mesma ;-)
Quanto ao filme... 'Inda não vi.

PS - Parabens pela linda bebé!!!
PSS - E desculpas pela impertinência.

Nan disse...

Desculpe volta ainda uma vez à carga: «Alice no País das Maravilhas» que você dá como exemplo de «historieta sem sentido», foi escrito por um matemático e é um livro cheio de sentido (e de sentidos) e de lógica. Claro que você é livre de gostar daquilo que quiser, mas deixe que lhe diga que nem faz ideia do que está a perder!

Pedro disse...

APC, a melhor forma de sermos afectivos, sentimatalistas e amorosos (entre muitos outros epítetos) não é agarrando-nos a um livro que nos leva para o imaginário, mas sim actuarmos na vida real de acordo com essa capacidade inata, que ou se tem ou não... Por mais livros da carochinha que se leiam, não são os livros que tornam as pessoas carinhosas e afectivas. São as relações humanas!!!
Cara Catarina, daqui a uns tempos vou dizer à minha filhota para ver esse tipo de filmes, mas sem nunca abdicar de que a mesma saiba analisar a distância que vai da pura ficção à realidade...
Obrigado às duas pelo contributo para o debate de ideias...

Pedro disse...

Jaci, não considero os teus caminhos fantasia ou fantochada até porque a tua realidade ultrapassa em muita todas os sonhos que possas ter: és mãe e isso não é ficção...
Quanto à Igreja, será que resumes a Igreja aos seus líderes? Eu não, até porque é na liderança que estão muitos dos vícios e pontos negativos da Igreja... Igreja são todos os católicos que praticam o bem sem olhar a quem e sem querer protagonismo. São milhares de pessoas que fazem o bem pelos mais necessitados e que preferem o anonimato.
Por outro lado, na questão do preservativo, poderei dizer-te que estudos recentes concluíram que a utilização do preservativo em infectados com SIDA apenas teve uma eficácia de cerca de 90%. Isso satisfaste? A mim não. Por isso, defendo que infectados com SIDA devem optar pela abstinência total e não por uma estratégia que não é 100% segura. Tal atitude é optar pela responsabilização... Mas, como diz o povo, isto daria pano para mangas...
Mudando de assunto, quando colocas umas fotos das tuas lindas filhotas no teu blogue? Beijocas...

Pedro disse...

Caro Tecelão, a história da Igreja Católica é bem real, dizem os envangelhos, pois estes não foram inventados por ninguém em nenhum filme. Quanto á interpretação que se faz do conteúdo desses livros é que a questão muda de figura. Aí é tudo uma questão de fé...
Se tivesse nascido em Marrocos a minha Igreja poderia ser outra, mas o Deus era o mesmo...

Nan disse...

Pedro, e já que trouxe essa questão à baila, um conselho (de uma professora de Português que também é mãe e já viu os efeitos nefastos do percurso contrário): deixe primeiro a sua filhota desenvolver o gosto pela leitura e depois, só depois de ela ter aprendido a satisfazer a sua necessidade de fantasia (que todos temos, podemos é perdê-la com a idade)com a leitura, aconselhe os filmes.

APC disse...

Quem lhe disse que a fantasia era inata enganou-o, Pedro;-) Porque quem o disse não o poderá saber. Decerto que a criança "normal" nasce já com algumas potencialidades de tradução da realidade (obviamente diferentes de indivíduo para indivíduo), primeiramente numa fase ainda proto-mental, posterior e progressivamente desenvolvendo os seus esquemas adaptativos à medida em que a maturação neuronal lho vá permitindo (e que isso inclui a fantasia, não me oferece grandes dúvidas); mas em muito o deverá as suas capacidades cognitivas e emocionais (de novo incluindo a dita fantasia) à aprendizagem, aos factores ambientais, ao contacto com as coisas, às interacções sociais... Às reais, sim, mas também às meramente elaboradas... Ou não brincou o Pedro com um amigo imaginário em criança? Ou não matou personagens que no dia seguinte estavam vivas porque nunca as tinha matado? E em adulto, o que dizer dos momentos em que estamos apaixonados e essa relação ainda não se materializou ou nem chega a materializar-se? Podemos dizer que toda essa carga de alucinação não nos beneficia e amadurece? E quando a gente simplesmente gosta de uma história, ao invés de uma pessoa? Ou quando reconhece num autor a capacidade para expressar, pela sua arte, aquilo que sentimos?!...
Tudo conta, nesta vida, Pedro. O real e a ficção; o exacto e o caótico, o palpável e o imaginável.
Com certeza que o lidar com a fantasia alheia abre os horizontes da nossa... Porque aquilo que nos é inato é muito pouco do ser humano inteiro, e em muito nos construímos, se não quisermos ser deterministas, ou fundamentalistas.
Um abraço "psimpático" :-)

APC disse...

Errata: "mas em muito (*) deverá as suas capacidades cognitivas e emocionais (...)"

PS - E tudo de bom para a Dianinha.

Pedro disse...

Cara APC, quem fala assim não é gaga!!!
A minha maneira de ver estas "coisas" do real e do ilusório resume-se como que a uma questão de prioridades. Visto que não somos seres imortais, tenho para mim a franca ideia de que não podemos "perder" tempo com situações do fantástico quando há tanta realidade por descobrir e viver...
É que prefiro uma boa conversa de café com alguém sobre questões da vida real do que ler um livro sobre as Floribelas que falam com flores ou as vassouras "potterianas" que servem para voar...
Mais uma vez, obrigado pelo contributo para o debate.

APC disse...

É que a gaguez disfarça na escrita ;-)

Ai-ai-ai... (!)
E o intuir - essa capacidade tão necessária, que se ao maior dos génios falta, dele faz um inapto relacional - é real ou irreal essa... Ou andará no limbo?
Bolas... Se não pudéssemos "viver" uma ópera... Sentir-lhe o trágico, o estético, a poesis… Ou o dilema moral de um Crime e Castigo, o senso da Crítica da Razão Pura, a Utopia de Moro, e tanto, tanto, tanto que faz a vida e o mundo e não vem nos jornais posto em notícia, nem nos manuais de história, geografia ou economia; que foge ao paradigma positivista, aos preceitos técnicos, ao seu controlo.
Pensar, sentir e imaginar, que próximos estão!
E não interrompamos esse fluxo, impondo-nos como tradutores do mundo aos que hão-de vir ou que criamos, pois que eles não precisarão assim tanto que alguém escolha o que para eles deverá ser de crer ou importar. Quem o fizer, reduzi-los-â em liberdade criativa, sensitiva, existencial.
Prioridades?... Saber e sentir, factos e planos, materialismo ou amor... Escolha o que escolher, incompleto será se com uns e sem os outros. Como uma criança a quem renunciam a beleza que ela vê na Floribela, como na nossa Heidie, como... Sei lá eu; sabemos pouco.
Mas abaixo e acima da superfície também há coisas. A metafísica é um segredo que nos aproxima da infinitude humana.
Huuuuu, spooky... ;-) LOL
OK-ok... I raste my case!
Não digo mais nada //boquita fechadita :-) Poderia parecer teimosa ;-)))
Come on to my "mui-modesto-blog" one day, U & U're lovely wife, of course.

APC disse...

*Rest my case

Anónimo disse...

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