O Governo acaba de avançar com medidas que, segundo a tutela, visam apoiar a natalidade e inverter a situação de crise demográfica que se vive em Portugal. No entanto, e mais uma vez, foi descurado um factor que mina toda e qualquer intenção de contrariar o crescente envelhecimento da população portuguesa: só com apoios à classe média se pode pensar em aumentar de forma sustentável o número médio de filhos por mulher...
A situação é muito simples de se explicar. As famílias mais pobres já são, hoje em dia, aquelas que mais filhos têm, enquanto que a diminuição gritante de crianças e adolescentes se tem vindo a verificar nas famílias pertencentes à classe média. Ora, com apoios que se resumem a acréscimos financeiros no abono de família, ignorando os prazos das licenças de maternidade e paternidade, o reforço do apoio à flexibilidade no emprego e o aumento do número de vagas nas creches e jardins de infância, serão as famílias das classes sociais mais baixas aquelas que passarão a ver nos abonos de família mais um motivo para terem (ainda mais) filhos. Quanto às famílias da classe média, não serão mais 20 ou 30 Euros mensais que farão a diferença na hora de decidirem ter mais um rebento...
Assistimos, pois, na minha opinião, a mais uma oportunidade perdida. Alargar a licença de maternidade para 12 meses ou garantir vagas em creches públicas para todos os bebés a partir dos cinco meses de idade seriam, isso sim, impulsos decisivos para aumentar o número de filhos por mulher.
É pena que estejamos na presença da velha e gasta lógica do rendimento mínimo garantido: a caridadezinha que apenas reforça mais do mesmo!!!
A situação é muito simples de se explicar. As famílias mais pobres já são, hoje em dia, aquelas que mais filhos têm, enquanto que a diminuição gritante de crianças e adolescentes se tem vindo a verificar nas famílias pertencentes à classe média. Ora, com apoios que se resumem a acréscimos financeiros no abono de família, ignorando os prazos das licenças de maternidade e paternidade, o reforço do apoio à flexibilidade no emprego e o aumento do número de vagas nas creches e jardins de infância, serão as famílias das classes sociais mais baixas aquelas que passarão a ver nos abonos de família mais um motivo para terem (ainda mais) filhos. Quanto às famílias da classe média, não serão mais 20 ou 30 Euros mensais que farão a diferença na hora de decidirem ter mais um rebento...
Assistimos, pois, na minha opinião, a mais uma oportunidade perdida. Alargar a licença de maternidade para 12 meses ou garantir vagas em creches públicas para todos os bebés a partir dos cinco meses de idade seriam, isso sim, impulsos decisivos para aumentar o número de filhos por mulher.
É pena que estejamos na presença da velha e gasta lógica do rendimento mínimo garantido: a caridadezinha que apenas reforça mais do mesmo!!!
1 comentário:
Filho de pobre grandes hipóteses tem de continuar pobre. Quantos mais pobres melhor. É tão simples quanto isso.
Imagine uma sociedade com poucos pobres. Aonde é que a esquerda iria arranjar votos?
A lógica do rendimento mínimo é essa. Manter a pobreza de forma a que o descontentamente seja permanente. A receita é infalível.
Aponte-me um governo de esquerda, em qualquer parte do mundo, que tenha criado riqueza.
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