José Sócrates rejubilou-se com o acordo alcançado entre os 27 países da UE para a assinatura do Tratado Reformador. "Porreiro, pá. Porreiro", desabafou ele com Durão Barroso, no final da conferência de imprensa que dava a conhecer os contornos daquele que ficará conhecido como o Tratado de Lisboa.
Este provinciamismo bacoco que levou a tão grande felicidade por parte do nosso Primeiro-Ministro revela bem a diferença entre os que pensam alto e os que vivem para as luzes da ribalta. E tudo porque o Tratado, que não é mais que um agilizar dos seus antecessores, ficará com o título de "Tratado de Lisboa"!!!
Porreiro era vivermos num país onde as listas de espera para consultas e operações cirúrgicas no Sistema Nacional de Sáude não fossem a vergonha que são!
Porreiro era vivermos num país onde o abandono escolar e o insucesso educativo não fossem a vergonha que são!
Porreiro era vivermos num país onde o apoio à natalidade e a protecção à família não fossem a vergonha que são!
Porreiro era vivermos num país onde a corrupção e a lentidão na justiça não fossem a vergonha que são!
Mas, com políticos destes que rejubilam com o facto de ficarem para a história pelo simples episódio de assinarem um Tratado que em nada evitará o esgotamento de uma UE cada vez mais dividida e menos consensual não iremos longe...
3 comentários:
Porreiro, era termos ganho dois deputados, em vez de perdermos dois lugares no parlamento europeu.
Porreiro era deixarmos de ouvir os comentários medíocres dos nossos "representantes"...
Porreiro mesmo era os nossos representantes perceberem que este tratado só é de Lisboa para os Portugueses porque para toda a restante Europa é chamado de Reformador!
Porreiro mesmo era finalmente perceberem que anda mais de metade do país tristissimo com a vida pobre que tem, contando todos os míseros tostões.
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