terça-feira, julho 16, 2013

O Parlamento não é a rua...

Os tristes acontecimentos que ocorreram na passada quinta-feira na Assembleia da República (AR) não podem passar incólumes, sob pena de parecer estarmos à espera que a corda estique ao ponto de em vez de bilhetes e balões serem ovos e tomates a serem atirados contra os deputados. 
Depois de anteriores episódios em que as galerias da AR tiveram de ser evacuadas pelo facto de indivíduos de esquerda, em posição concertada, terem insultado os deputados e o Governo, passou-se agora para uma nova fase de protesto: vão para a AR e para além de insinuarem, aos gritos, que voltámos aos tempos do fascismo e da ditadura, resolvem atirar com balões e bilhetes escritos, numa atitude de completo desrespeito pelas regras da democracia. O que se seguirá na estratégia do insulto?
Discordando da frase que Assunção Esteves proferiu em resposta aos manifestantes, pois apenas atiçou ainda mais os ânimos, é bom que se tomem medidas por forma a que, pelo menos na casa da democracia, se possa evitar a ocorrência destes tristes espectáculos. Quem está descontente com o estado do país e viu as suas expectativas defraudadas, ao menos que se saiba manifestar, nos locais próprios e de forma correcta. E é bom que saibam respeitar aqueles que permitiram que Portugal seja uma democracia, não brincando com as palavras. É que confundir os tempos que vivemos com a ditadura ou o fascismo é fazer pouco dos que fizeram o 25 de Abril...

7 comentários:

Gorgi disse...

Estes indivíduos são uns verdadeiros energúmenos. Só sabem fazer barulho.

Anónimo disse...

Gostava de lhe perguntar, tirando a liberdade de expressão, qual a diferença (substancial) entre os tempos da ditadura e os actuais.

Anónimo disse...

Só para acrescentar que, se fala em fazer pouco do 25 de Abril, isso é o que fazem, diariamente, a toda a hora (excepto quando estão a dormir, e mesmo aí tenho dúvidas, pois podem sonhar com mais malfeitorias) os políticos que temos tido nos vários governos nos últimos 25 anos. Aliás, digo-lhe mais: se os que fizeram o 25 de Abril sonhassem que, nem 40 anos depois disso, o país estaria entregue a políticos tão medíocres, certamente teriam ficado quietinhos nos quartéis...

Pedro disse...

Não coloco os políticos todos no mesmo saco. Basta pensar o que é que Sócrates fez ao país e quem é que agora tem de arcar com medidas impopulares para tirar o país da bancarrota!

daniel tecelao disse...

Você reflecte bem a desonestidade intelectual deste PPD.Não se esfalfe contra o Sócrates,para esse peditório já demos,Mas toda a gente percebeu que ao fim de dois anos,o seu governo ultrapassou de longe o Sócrates!!!

daniel tecelao disse...

Não pode exigir respeito quem não se dá ao respeito.Esta classe politica não serve o país,serve-se do país para viver no bem bom enquanto o povo está cada vez a passar pior.Enquanto baixaram pensões e vencimentos,cortaram subsidios,aumentaram a pobreza no país,as suas mordomias continuam intactas.Não fosse o tal Sócrates,que o irrita,essa cambada ainda se reformava vitaliciamente ao fim de 8 anos de coçarem o cu pelas cadeiras.

Anónimo disse...

Exactamente. Diabolizar o Sócrates, e isentar (na íntegra, ou pelo menos em grande parte) o actual 1º ministro, ou os anteriores ao Sócrates, é de um fanatismo atroz! Porque são mesmo farinha do mesmo saco! Talvez o Pedro (e outros) preferissem que não houvesse alternância e estivesse o PSD permanentemente no poder (isso chama-se ditadura, no meu dicionário). O problema é que, se fosse assim, em quem iam pôr as culpas dos gravíssimos problemas do país???