Este fim de semana, as bases do PSD puderam, finalmente, desabafar e deitar cá para fora o que lhes vai na alma. Muito se falou da forma de estar do PSD (ou da falta dela) na coligação e da pertinência de haver (ou não) uma coligação pré-eleitoral nas próximas eleições legislativas de 2006, isto, caso não sejam antecipadas por uma qualquer razão inesperada.
Penso que Santana está "refém" dos militantes de base do partido e, por muito que tente levar os sociais-democratas a colocar a hipótese de o PSD encabeçar uma plataforma de partidos de centro-direita (mas, quais para além do PSD e PP?) e de organizações sociais e económicas de cariz privado, parece-me que o rumo a seguir será o de tudo fazer para evitar o esticar da corda da coligação e colocar os interesses do País à frente dos de índole partidária.
Esta coligação tem, para bem da necessária estabilidade política, económica e social do País, que sobreviver a todos os ataques externos que se lhe coloquem, pelo que apenas no início de 2006 se deve decidir sobre o que fazer com esta coligação, que, não nos esqueçamos, foi formada após as eleições de 2002.
Sou da opinião que PSD e PP devem concorrer sozinhos às próximas legislativas e, só depois do apuramento dos resultados finais se deve colocar a hipótese de se retomar a coligação que, aquando da sua formação original, teve como limite temporal os quatro anos da legislatura.
Entretanto, cada vez mais me convenço que Santana poderá muito bem ter o mesmo futuro que Bush. Apesar da grande generalidade dos comentadores políticos e dos editoriais da imprensa portuguesa serem hostis ao actual chefe do Governo (tal como aconteceu com Bush), não me admiro nada que Santana consiga, contra tudo e todos, vencer as próximas eleições legislativas. As bases do PSD, certamente, estarão com ele, se ele souber estar com o partido...
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