Pois é! Afinal, todos aqueles que se julgavam donos da verdade enganaram-se e acabou por ser Bush a ganhar as eleições presidenciais dos EUA. Desta vez, todos aqueles que apelaram à vitória de Kerry e, quase fizeram campanha eleitoral aqui na blogosfera não se podem refugiar na desculpa do método eleitoral maioritário americano (que muitos consideram injusto), nem tão pouco na falta de informação do eleitorado mais jovem (a esperança dos democratas). A razão que desta vez parecem ter encontrado para a inequívoca vitória de Bush é, imagine-se, a suposta estupidez do povo americano. Com a falta de lucidez evidenciada neste tipo de argumentos de mau perdedor não vale a pena perder tempo. Resta-me apenas paciência para dizer que a esquerda europeia que se julga intelectualmente superior só tem, com este tipo de discurso, provocado o crescente distanciamento visível entre a superpotência EUA e uma Europa cheia de contradições e divisões...
Um último comentário para o que muita gente tem dito sobre Arafat. Quando uma personalidade importante morre é costume vermos a classe política vir com conversa elogiosa sobre a dita pessoa. No momento em que escrevo ainda não se sabe se Arafat morreu ou não e já muitos políticos portugueses vieram falar do líder palestiniano como se homem fosse quase um "santo" ou mártir. Até Cavaco Silva veio dizer que Arafat tudo tentou para promover a paz no Médio Oriente. Detesto este tipo de "água benta"... Lá por Arafat ter recebido um Prémio Nobel da Paz (mais como incentivo à paz naquela região do mundo do que como recompensa pelo trabalho feito), não nos esqueçamos que Arafat durante muitas décadas incentivou a táctica terrorista apenas para manter o poder, "fugindo", por diversas vezes, à assinatura de tratados de paz com Israel. Esperemos que o seu sucessor pense menos em si e mais no povo que representa...
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Excellent, love it! » »
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