quarta-feira, abril 19, 2006

Para quando os círculos uninominais?

A recente polémica suscitada pela incúria e desleixo de muitos deputados terem assinado o livro de ponto na Assembleia da República e terem debandado mais cedo do que o exigido rumo a um fim-de-semana prolongado veio manchar a já pouco recomendável imagem que os políticos têm junto da opinião pública.
Não vale a pena falar mais sobre a atitude de muitos desses senhores que foram para casa mais cedo, impedindo, por falta de quórum, que se levassem a cabo uma séria de votações no Parlamento. Aliás, é curioso que nenhum dos 79 faltosos tivesse a coragem e a humidade de vir a público afirmar que a atitude de assinar o livro de ponto e sair do posto de trabalho antes de terminar a última tarefa do dia (a votação em plenário) constitui um acto reprovável e indigno da função de representante eleito do povo. Todos apresentaram desculpas...
É por esta e por outras que defendo que se criem os círculos uninominais como forma de controlar e exigir mais do deputado que representa ou, pelo menos, deve representar os seus eleitos. É que, com a actual situação, alguém sabe das iniciativas tomadas pelos deputados do seu círculo eleitoral? Muitos nem sabem o nome dos deputados do seu distrito...
Por outro lado, não seria má ideia, em vez de virmos a ter quotas para as futuras senhoras deputadas "fantasmas", avançarmos sim com a diminuição do número de deputados. Talvez assim aumentasse a qualidade dos nossos eleitos...

1 comentário:

Diesel disse...

Diminuir o n.º de deputados?
Não pode ser senão temos de criar mais institutos publicos para encaixar os nossos boys.