Depois de uns dias de férias pela costa ocidental portuguesa, retorno à blogosfera para aqui manifestar a minha opinião sobre o que vai sendo notícia por este País fora. Durante este período de tempo muito se falou dos incêndios florestais e da campanha eleitoral que está em curso no PS.
Gostaria de deixar aqui expressa a minha opinião sobre estes dois assuntos que estão na ordem do dia. Em relação aos fogos florestais, penso não haver dúvidas de que se trata de um flagelo nacional já de há muitos anos, que ultrapassa Governos de direita ou de esquerda. Por muita prevenção que possa ser assegurada em termos de vigilância ou de abertura de caminhos, penso que só se poderá combater eficazmente este problema quando os municípios tiverem competência legal para poderem fiscalizar as condições em que os proprietários privados da floresta portuguesa (não) conservam os seus terrenos florestais. Todos sabemos que mais de 90% da floresta portuguesa é privada; ora, para quem é detentor de um bem, não basta detê-lo, é preciso saber geri-lo. Esta situação faz-me lembrar os proprietários de prédios em estado de ruína que insistem em não fazer nada para os recuperar (veja-se o mais recente caso).
Já no que respeita às eleições internas do PS, se por um lado é positivo que estejam em confronto diversos candidatos com ideias e posturas diferentes, já se torna contraproducente que os mesmos entrem em quezílias acerca da (falta de) transparência e legalidade que envolve a eleição do líder do PS. Penso que a forma directa como os militantes do PS podem escolher o seu Secretário-Geral deveria ser seguida pelos demais partidos portugueses, pois o voto secreto e universal é a verdadeira base da democracia. Ora, se há que elogiar o PS por ser o primeiro partido português a avançar para este novo modelo de democracia interna a nível partidário, já é pena que a mesma seja dominada por uma névoa de desconfiança e intriga que em nada dignifica o maior partido da oposição.
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