quarta-feira, setembro 21, 2005

Qualificar? Sim, mas com exigência!

A prioridade concedida por este Governo à qualificação da população portuguesa, nomeadamente da que está em idade adulta, é de elogiar e assenta numa estratégia que vem da famosa Estratégia de Lisboa e que, em grande medida, redundou num grande fracasso por toda a UE.
Mas, mais do que princípios teóricos ou o simples enumerar de intenções, interessa contextualizar as propostas que o actual Executivo tem em vista levar a cabo. Ora, a verdade é que Sócrates e a sua equipa governamental parecem não perceber que quanto maior é a escalada, maior pode ser a queda. Afirmar que com um novo Programa "Novas Oportunidades" se conseguirá, até 2010, aumentar as qualificações de um milhão (?) de portugueses e triplicar a oferta de cursos técnicos e profissionais, sem entender que muito do esforço terá que ser feito a montante dos problemas, é o mesmo que deitar areia para os olhos dos portugueses e preparar o caminho para, uma vez mais, esbanjar dinheiros públicos como tem sido feito com o conjunto de "investimentos" que têm vindo a ser realizados ao nível de muitos programas de formação profissional, onde os formadores são muito bem pagos e os alunos saem dessas acções com um diploma na mão, mas, muitas vezes, a saber o mesmo de quando entraram nesses programas...
Será que Sócrates quer formar à pressa um milhão de portugueses sem seguir regras básicas, como as do rigor, do esforço ou da exigência? É que formar por formar não leva a lado nenhum... Veja-se o que se passa com grande parte das escolas profissionais, onde a exigência é francamente reduzida. Ou o caso de muitos centros de formação deste País, onde se gastam milhões de euros todos os anos com alunos e formadores e cujo resultado final tem deixado muito a desejar. As empresas que o digam...
Só com rigor, disciplina e esforço da parte de quem ensina e aprende é que poderemos formar pessoal qualificado a nível técnico e de cursos médios e profissionais que possam proporcionar às empresas portugueses aumentos de produtividade, de forma a competir eficazmente num mercado cada vez mais exigente... O resto é conversa!!!

6 comentários:

Anónimo disse...

mai'nada!

www.observador-atento.blogspot.com

H. Sousa disse...

É tudo faz de conta! A única medida séria que devia ser tomada era voltar às antigas escolas industriais e comerciais, com cursos efectivamente úteis. Quanto à produtividade, atenção! O aumento da produtividade, por si só, leva mais gente para o desemprego, se não houver a criação de mais empresas.

Anónimo disse...

E acrescento eu...de que serve tudo isso, quando as empresas continuam a fechar, quando , nesta furia da globalização, a agricultura nacional e´deixada para segundo plano, e quando pessoas com 40 e tal anos de repente se vêm no desemprego? E para cumulo, a reforma vai para os 65 anos...Uma contradição não acha?

Anónimo disse...

E acrescento eu...de que serve tudo isso, quando as empresas continuam a fechar, quando , nesta furia da globalização, a agricultura nacional e´deixada para segundo plano, e quando pessoas com 40 e tal anos de repente se vêm no desemprego? E para cumulo, a reforma vai para os 65 anos...Uma contradição não acha?

Anónimo disse...

...uma contradição não acha? Por um lado despedem-se pessoas com 40 anos, por outro lado aumentam-se a idade das reformas, impedindo novas vagas no trabalho...
Valeria Mendez, do blog
www.fadista-valeria-mendez.weblog.com.pt
(o comentario não assinado é meu, por motivos que me são alheios, foi editado anters que eu terminasse.)

Anónimo disse...

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