quinta-feira, março 16, 2006

O problema da (ainda) falta de solidariedade intermunicipal...

A recente decisão tomada pelo Ministro da Saúde a propósito da reformulação da rede de maternidades no território nacional teve por parte da opinião pública, em geral, uma receptividade não muito longe do que seria de esperar num país onde as invejas entre municípios são enormes e a iliteracia domina a olhos vistos. Digo isto porquê???
Repare-se... Num país que nas últimas duas décadas investiu elevados recursos financeiros em IP`s e auto-estradas, diminuindo o tempo a percorrer entre as diferentes localidades, não faz sentido gastar o dinheiro proveniente dos impostos dos contribuintes na manutenção de equipamentos sociais que se situam em locais próximos uns dos outros. De facto, a solidariedade intermunicipal deverá ter resultados práticos a este nível, seja em termos de hospitais, escolas, pavilhões desportivos, entre outros equipamentos.
No caso vertente das maternidades mandava o bom-senso que a decisão tomada por este Governo fosse recebida de forma natural, como consequência do próprio desenvolvimento do país. Mais importante do que termos maternidades espalhadas por todo o território nacional, com riscos óbvios em termos de redução da prestação de serviços, interessa que a localização das maternidades (e de outros equipamentos) respeite critérios de proximidade, facilidade de deslocação e qualidade garantida.
Num tempo de crise, em que urge não desperdiçar recursos financeiros, é fundamental que a eficiência locativa de muitos equipamentos colectivos seja uma realidade, respeitando sempre a igualdade de direitos e a prestação de serviços de qualidade a toda a população.
No entanto, interessa que este tipo de decisões seja tomado tendo em conta critérios de eficiência, evitando a sua banalização em troca de benefícios meramente economicistas. Daí que cada caso seja um caso e falar do Interior do país não é o mesmo que falar do Litoral.... Atenção ao que se vai fazer na região da Beira Interior!!!
Será esta mais uma razão para que o processo de regionalização avance? Penso que não. Continuo a defender a aposta na cooperação intermunicipal e nos processos de descentralização e de reforço do municipalismo...

7 comentários:

M disse...

15 minutos é maneira de dizer.
Apenas não concordo da opção por hospitais espanhóis, acho que é uma vergonha!

Nan disse...

«No entanto, interessa que este tipo de decisões seja tomado tendo em conta critérios de eficiência, evitando a sua banalização em troca de benefícios meramente economicistas. Daí que cada caso seja um caso e falar do Interior do país não é o mesmo que falar do Litoral.... Atenção ao que se vai fazer na região da Beira Interior!!!» ou seja, fechem as que quiserem menos esta que me fica ao pé de casa? Detecto um caso de sídrome de NIMBY (not in my back yard)?

Pedro disse...

Cara Catarina, penso que no seu comentário deturpa um pouco o conteúdo das minhas palavras. De facto, não me considero um "nimby": apenas chamo a atenção para que não se pense que a realidade que se vive nas regiões do interior é a mesma da que existe nas do litoral. É que se é natural o encerramento de uma maternidade que dista 15/20 minutos de uma outra, ja encerrar uma maternidade numa região na qual a mais próxima poderá ficar a 1 hora de distância já é bem diferente. Dou o caso da Beira Interior, onde ainda se coloca a possibilidade de encerrar a maternidade da Guarda para apenas ficar a funcionar a de Castelo Branco, o que não fará qualquer sentido...
Por isso, mais do que ser "nimby", interessa que se estude esta situação caso a caso e não se tomem medidas a "régua e esquadro"...
Apesar de tudo, obrigado pelo comentário...

M disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Nan disse...

Como sem dúvida já sabe, pelos jornais, parece que está mesmo em estudo o encerramento das maternidades no interior. Ninguém põe em causa que se encerre uma se há outra perto e se a que fica aberta tiver condições para encarar o aumento de frequência. Mas já se põe em causa o motivo que pode levar a fechar, deforma indiscriminada para, supostamente, poupar. Até porque, se leu os jornais, sabe que, afinal, não se vai poupar nada, parece até que vai ficar mais caro...

Anónimo disse...

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Anónimo disse...

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