sábado, maio 06, 2006

O despovoamento do interior será uma inevitabilidade?

Uma das notícias que esta semana fez a manchete dos jornais e a abertura dos noticiários televisivos foi a da chegada de quatro famílias brasileiras que decidiram mudar o rumo das suas vidas e apostarem numa nova vida por terras do interior de Portugal. E bem lá no interior: uma aldeia do concelho de Vila de Rei, que atravessa um grave período de despovoamento e envelhecimento populacionais!
Não quero dizer com isto que a litoralização acabará por "asfixiar" o interior. Bem pelo contrário! O que penso é que a falta de qualidade de vida das grandes cidades do litoral e seus subúrbios acabará por levar muita gente a decidir-se por ir viver no interior, mas não para aldeias ou vilas isoladas. Irão sim para as denominadas cidades de média dimensão, que têm o que de bom há no litoral (menos a praia) e estão imunes ao que de mau existe nessas urbes, como a insegurança, os engarrafamentos de trânsito ou a falta de convívio e solidariedade...
Sou natural da Covilhã, vivo presentemente em Viseu e posso assegurar que nestas duas cidades médias a qualidade de vida é muito superior da existente em muitas do litoral. Quanto às aldeias e vilas espalhadas pelo interior, apenas algumas irão subsistir no futuro como uma espécie de recordação do que era a vida antigamente. Serão a continuação das já existentes aldeias históricas...

7 comentários:

IsaMar disse...

Olá...
Oxalá que assim seja...as pessoas escolherem viver nas cidades de média dimensão.
Seria melhor para todos...talvez houvesse mais respeito pelos outros..e mais tempo para olharmos para a vida de outra forma...sem a confusão do trânsito...do exagero do consumismo, etc..

fica bem bjs

Anónimo disse...

"A Descolonização de Soares & Companhia foi exemplar, exemplaríssima: na Guiné a idade média da população é de 35 anos. Obrigado Mário!" – Dra. Quitéria Barbuda in " Mestres do Genocídio Exemplar", Revista "Espírito", nº 15, 2005.

www.riapa.pt.to

A Professorinha disse...

Se eu pudesse escolhia viver em Viseu. Infelizmente professores em Viseu são mais que as mães e velhos (não os deixam reformar, que hei-de fazer) que nunca mais têm idade para se reformar. Assim, é-me impossível continuar a viver onde eu gosto, por mais que eu queira.

Carlos disse...

Infelizmente também penso que o povoamento não se faz por decreto nem por medidas como esta (dos brasileiros). Seria curioso saber, daqui por uns 10 anos, quantos ainda lá permanecem.

O povoamento faz-se criando facilidades na interioridade. Terrenos tendencialmente gratuitos, saneamento, água e energia; esquemas de auto-construção a preços de custo; facilidades na transacção de bens produzidos. As pessoas aparecem de imediato.

Nan disse...

E já agora, dava jeito que, nessas localidade interiores que sequerem repovoar, não fechassem o posto médico, nem a escola primária. Duvido que as pessoas deixem as cidades do litoral para se enterrarem numa terra onde não têm médico nem escola para os filhos, por muitas outras vantagens que se lhes ofereçam. Você, Peixoto, ia meter-se numa vila onde não houvesse serviço de urgência médica nem escola para a sua Diana?

AnaCristina disse...

Concordo plenamente contigo.
Com Évora no pensamento, faço minhas as tuas críticas ao litoral.

Anónimo disse...

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