Depois de cinco anos a viver em Lisboa, mais precisamente nas zonas de Picoas e do Campo Grande, resolvi fixar-me numa cidade do interior. Nascido e criado na Covilhã, fui para Lisboa estudar no ensino universitário público por opção, mas sempre com a plena ideia de me fixar numa cidade de média dimensão que me pudesse proporcionar uma qualidade de vida acima da média.
Apesar de ter gostado de viver em Lisboa durante o tempo de estudante, sempre me fez alguma confusão a forma stressada e apressada como se vive na grande capital, sobretudo daqueles que vivem na periferia e trabalham em Lisboa. Viver numa cidade com centenas de milhares de habitantes poderá ter as suas vantagens, mas em termos de acessibilidades, segurança e ambiente fica muito atrás das cidades de média dimensão como Viseu, Leiria, Évora ou Covilhã.
Depois de ter deixado Lisboa há seis anos, tenho por hábito ali deslocar-me várias vezes ao ano para estar com a família (toda a parte paterna vive na capital) e "sentir" a verdadeira cidade, mas quando estou por lá mais de uma semana fico farto e com vontade de retornar à chamada "província". Foi o que voltou a acontecer desta vez. Depois de ter estado durante estes dias em Lisboa, com residência no bairro da Graça (onde o meu pai vive), parti até Viseu sem grandes saudades, convencido de que não há dinheiro que pague o sossego e a tranquilidade que se respira por estas bandas...
Dez anos passaram desde que cheguei a Lisboa para ir tirar o curso de Geografia e a ideia com que fico é que muitos daqueles que vivem em Lisboa têm inveja dos que com menos dinheiro possuem uma melhor qualidade de vida numa cidade do interior de Portugal.
1 comentário:
Não posso estar mais de acordo!Já tive a oportunidade de passar algum tempo em Lisboa e de facto, no que diz respeito a qualidade de vida, os alfacinhas muito pouco tem para contar! A título de exemplo posso dizer que em Lisboa me levantava às seis da manhã para começar a trabalhar às nove. Em Viseu, levanto-me às oito e meia e às nove estou no trabalho. Fiquem lá com os centros comerciais, com as docas e com as restantes banalidades, indiscutivelmente que qualidade de vida não têm! Viseu sempre! Com os melhores cumprimentos, Salvador dos Santos.
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