No próximo domingo, Santana Lopes e José Sócrates, serão, porventura, os principais interessados em saber qual os destinos políticos que madeirenses e açoreanos decidiram dar às suas regiões insulares. Apesar destas serem umas eleições de onde não se podem retirar conclusões de âmbito nacional, tanto Santana como Sócrates tentarão retirar dividendos políticos caso os seus partidos saiam vitoriosos destas eleições regionais...
Penso que Santana Lopes é o que leva maior vantagem. Isto porque na Madeira, certamente que Alberto João Jardim conseguirá averbar mais uma maioria absoluta, para além de que nos Açores se tem assistido a uma evolução crescente da coligação PSD-PP. Deste modo, parece que Sócrates terá que começar a redigir o discurso justificativo da provável derrota que o PS terá nas eleições regionais.
Na Região Autónoma da Madeira, apesar de não gostar nada do estilo de Jardim e do recorrente discurso "anti-colonialista" e "anti-corporativo" que utiliza (como se houvesse qualquer risco de ataque às autonomias regionais!), o certo é que o povo madeirense tem escolhido, livre e democraticamente, este homem para seu líder. É caso para dizer que, ou as alternativas a Jardim não existem, ou a população está mesmo convencida que o trabalho do PSD na Madeira tem sido impecável. Inclino-me mais para a segunda hipótese...
E, nos Açores? O que há para dizer? Bem, parece claro que a candidatura de Carlos César não está muito confiante, ao contrário da de Vitor Cruz. E, a verdade é que, em oito anos, o grande "cancro" social dos Açores, a freguesia de Rabo de Peixe, continua na mesma: a mais pobre da UE. Por isso e por muitas outras razões, não me admiro que os açoreanos se decidam por mudar de líder, ainda por cima, quando PSD e PP se encontram coligados.
A ver vamos o que dirão Santana e Sócrates depois de se saberem os resultados finais. Qual deles ficará a sorrir? Acho que vai ser Santana...
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