terça-feira, outubro 25, 2005

Diferenças mais que óbvias

Como se costuma dizer, os dados estão lançados rumo às eleições para a Presidência da República Portuguesa. Havendo cinco candidaturas assumidas, interessa realçar as diferenças que existem entre os respectivos candidatos e perceber qual o tipo de motivação que os levou a avançar rumo à conquista do lugar de Chefe de Estado.
De Louçã e Jerónimo de Sousa pouco há a dizer. Ambos dão corpo a candidaturas de âmbito partidário, com o objectivo claro de aproveitarem os tempos de antena disponíveis e dispararem "cobras e lagartos" cheios de ódio contra a direita portuguesa.
De Mário Soares e Manuel Alegre, poder-se-á dizer que as suas motivações são diversas, embora envoltas num mesmo propósito prioritário: enfrentar Cavaco Silva numa segunda volta. Soares pretende ter o seu derradeiro e único "frente-a-frente" da sua vida contra Cavaco Silva, já que em nenhuma eleição anterior ambos se enfrentaram. Soares, mais do que nunca, deseja afrontar Cavaco Silva e "atirar-lhe à cara" tudo o que lhe vai na alma, aproveitando os debates televisivos e o interesse da opinião pública. Mais do que nunca, Soares quer fazer a "vida negra" a Cavaco Silva, ao mesmo tempo que sonha com a hipótese de poder vir a receber as luzes dos holofotes durante mais cinco anos. É que Soares é parecido com Manuel Maria Carrilho num aspecto: não consegue viver sem as luzes da ribalta.
Já Manuel Alegre pretende capitalizar o muito do mal-estar que predomina em torno deste Governo, pelo que aproveita o facto de muita da esquerda portuguesa não se rever em Soares para tentar vir a ocupar o cargo de Presidente da República. Por outro lado, e tendo em conta a condição do voto útil, Alegre tem a esperança que numa segunda volta destas eleições possa dar corpo a muito do ressentimento que parte do eleitorado português tem para com Cavaco Silva.
E, de Cavaco? O que poderemos dizer? Muito simples. Depois de dez anos onde a sobriedade e o distanciamento a nível partidário foram provas concretas da capacidade de independência de Cavaco Silva, é chegada a hora de Portugal poder ter como seu Chefe de Estado uma personalidade que dê vida própria a este importante cargo. Não chega termos um Presidente da República que se limita a fazer discursos de incentivo ao povo e cheios de moralidade, ao mesmo tempo que passa metade do seu tempo em cerimónias protocolares e viagens de representação. Este é o cargo e o momento apropriados para Cavaco Silva. É Portugal quem fica a ganhar...

4 comentários:

AnaCristina disse...

É exactamente a minha opinião...
E, ideologicamente, situa-me à esquerda...

Mas vou votar Cavaco!

Anónimo disse...

Amigo intimista: mucho me temo que la izquierda portuguesa puede adoptar la técnica de "golpe bajo" y "campaña sucia" contra la derecha, tan propio de la izquierda española. En la Net han aparecido siniestros "Arrebentas" y "Pisca-Pisca" que hacen comentarios muy mal intencionados . Debemos tener presente siempre lo que le ocurrió a un candidato a la Presidencia de la República Portuguesa en 1.965, hace ahora 40 años y en tierras de España...... Toda preaución es poca......No hay que bajar la guardia....

Diesel disse...

De longe a melhor opção: Cavaco.

Anónimo disse...

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