sábado, dezembro 06, 2003

Os trocadilhos de Ferrinho.

Já há uns tempos que não escrevia nada sobre o PS e o seu líder. Ora, hoje ao folhear o Público deparei-me com um tí­tulo que demonstra bem a falta de cultura política de que Ferro Rodrigues padece. Ao brincar às palavras com o Pacto de Estabilidade e Crescimento, o líder do PS apenas dá a entender que opta, cada vez mais, por um género de fazer política muito parecido com o utilizado por Francisco Louçã, do BE. De facto, quem costuma ter este tipo de afirmações, meio jocosas, meio graçolas, são os militantes da esquerda mais revolucionária e extremista, que tudo fazem para captar a atenção e, quiçá, alguns votos das classes mais baixas.
É cada vez mais evidente que Ferro Rodrigues não tem perfil de estadista. Mas, a questão não é só a imagem que o lí­der do PS passa de si; é também a substância e o conteúdo daquilo que afirma, que se confunde com o que diz um humorista de segundo ou terceiro nível. Efectivamente, Ferro Rodrigues faz o género do típico polí­tico queimado, gasto e ultrapassado, que está na polí­tica, tal como um comediante está para um Hamlet de Shakespeare...

Sem comentários: