Durão Barroso iniciou a presente semana com uma visita a Viseu para inaugurar o remodelado Museu Grão Vasco, mas o que deu mais que falar foi o anúncio da criação de uma nova universidade pública, desta vez, em Viseu. A notícia foi, obviamente, bem acolhida pelas forças vivas da cidade beirã, mas de resto, a generalidade dos meios académicos, com destaque para o Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas, não recebeu com bons olhos a novidade.
Vamos aos factos. Portugal tem 14 universidades públicas e 16 politécnicos que representam 98 escolas de ensino tecnológico. Por outro lado, todos os anos há dezenas de cursos superiores públicos, cujas vagas ficam com mais de metade das vagas por preencher. Viseu tem neste momento duas instituições privadas de ensino superior (a Universidade Católica e o Instituto Piaget) e uma instituição de cariz pública (o Instituto Superior de Viseu, com vários pólos espalhados pela cidade), prefazendo no total, cerca de 13000 estudantes. Além disso, a cidade de Viseu localiza-se a a 1 hora de distância de Coimbra e Aveiro, cidades que já possuem universidades de renome, ao mesmo tempo que as rivalidades já se começaram a notar com Leiria a reclamar a pretensão de também querer uma universidade pública na cidade. Fica a questão: quais as razões que levaram Durão Barroso a anunciar a criação de uma nova universidade pública em Viseu?
Se a solução é passar o Politécnico a Universidade ainda se poderá compreender a medida legislativa. Agora, se o Governo apenas está preocupado em satisfazer as reinvindicações de Fernando Ruas e dos viseenses, criando uma nova universidade de raíz, talvez se tenha aberto uma autêntica "caixa de pandora"...
1 comentário:
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