A esquerda portuguesa anda numa roda viva no sentido de "pressionar" Jorge Sampaio para que este convoque eleições antecipadas, depois da demissão de Durão Barroso por motivos de relevante interesse nacional. Agora, até Freitas do Amaral vem para os jornais com cartas abertas dirigidas a Sampaio...
Ora, interessa que haja alguma serenidade nas afirmações proferidas por aqueles que têm alguma responsabilidade na vida política nacional. Muitas asneiras se têm dito, desde as pseudo-semelhanças que alguns encontram entre a demissão de Guterres e a de Durão até ao risco de "golpe de estado" no PSD aventado, inesperadamente, por Ferreira Leite.
Bem têm estado as figuras mais faladas por estes dias: Sampaio, Durão e Santana. Por um lado, Sampaio tem sabido ponderar as palavras, apelando à estabilidade governativa do País, ao mesmo tempo que saúda a decisão de Durão, por via dos relevantes interesses nacionais daí decorrentes. Também Durão Barroso se tem comportado de forma firme e rigorosa, pois apenas tomou a decisão de ir para Bruxelas, depois de se certificar que o PSD não se furtaria às suas responsabilidades e após receber o apoio de Sampaio nesse sentido. Finalmente, Santana Lopes não se tem colocado em "bicos" de pés e tem evitado comentários sobre as especulações que se têm feito a seu respeito.
De resto, muita asneira se tem dito, havendo por aí muita gente que se tem esquecido que as legislaturas duram quatro anos e que, neste caso em particular, não houve lugar a qualquer tipo de fuga às responsabilidades por parte do partido que a maioria dos portugueses mandatou para governar o País. Interessa agora compatibiliar o interesse nacional com a exigível legitimidade e estabilidade governativas...
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