Ontem, em pleno comício do PS para as eleições europeias, assistimos a mais uma tirada do candidato António Costa, assumindo-se como crítico de uma hipotética tolerância de ponto para o dia 11 de Junho. Mais do que isso, o número dois socialista afirmou, de fonte segura, que lhe teria chegado aos ouvidos que o actual executivo se preparava para conceder tolerância de ponto aos funcionários públicos, com o objectivo de, imagine-se, provocar um aumento propositado da taxa de abstenção. Quanta ficção impera nas hostes socialistas...
Pois bem, com que autoridade é que este ou qualquer outro dirigente socialista vem assumir-se como contra a tolerância de ponto quando, foi nos Governos de Guterres que tivémos mais tolerâncias de ponto. E será que os socialistas ainda se lembram que foi no Governo social-democrata de Cavaco Silva, aquando da passagem de uma terça-feira de Carnaval, que houve a tentativa de acabar com as tolerâncias de ponto, medida esta só não concretizada pela pressão dos sindicatos e dos socialistas, então na oposição?
Criticar é fácil, mas há que ter a consciência limpa quando se fazem críticas. E, neste caso, mais valia a António Costa ter ficado calado. Quanto a Durão Barroso, só ficou a ganhar...
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