O desaparecimento trágico de Sousa Franco, para além de desencadear em qualquer cidadão com o mínimo de juízo um profundo sentimento de desconforto e angústia, deveria servir para que os políticos parassem para pensar um pouco acerca do que é e como se deve estar, actualmente, na política...
Depois de analisar toda a informação que nos chegou a casa através dos diversos órgãos de comunicação social fico com a ideia que o PS olhou para Sousa Franco nestas eleições, não como um mero candidato que concorre a umas eleições europeias, mas mais como que uma espécie de "máquina" mediática capaz de chegar ao maior número possível de pessoas, por forma a angariar mais uns votos para o partido e lançar mais umas metáforas e contra-ataques políticos aos seus adversários destas eleições.
Segundo o jornalista Ricardo Costa da SIC-Notícias (por sinal, irmão do agora número um da lista do PS, António Costa), Sousa Franco chegava a ter de se deslocar a mais de dez localidades diferentes por dia, o que implicava um esforço físico exagerado para uma pessoa como Sousa Franco, com mais de 60 anos. Muitas vezes, o cansaço era bem visível na face do candidato socialista. Ora, depois do triste espectáculo que pessoas afectas ao PS, mas de facções locais diferentes, protagonizaram hoje de manhã, na lota de Matosinhos, envolvendo uma carga emocional de consequências trágicas (claro que indirectamente) para Sousa Franco, seria bom que se repensasse a forma como alguns estão na política e nos partidos.
O que o PS fez a Sousa Franco (obviamente, sem intenção) não se deve repetir: quem serve a política não se deve "escravizar" perante ela...
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