Saramago aproveitou o funeral da Maria de Lurdes Pintassilgo para mandar, através da SIC, umas farpas à decisão de Jorge Sampaio e acusar Guterres, Durão, Sampaio e Ferro de serem todos fugitivos, esquecendo-se (ou talvez não...) que foi o próprio a preconizar há cerca de dez anos atrás a verdadeira e autêntica fuga para o estrangeiro...
De facto, com que autoridade é que Saramago se julga imbuído para vir criticar a atitude democrática e legítima de Sampaio, quando foi o próprio escritor que virou as costas a Portugal pelo facto das autoridades governamentais de há dez anos atrás não terem tido uma atitude servil para com Saramago? O grande fugitivo foi, sim, o escritor, que optou por uma atitude de "chantagem" bem semelhante à de Ferro Rodrigues: ou as suas exigências eram atendidas ou ambos viravam costas às suas responsabilidades. E, foi o que fizeram Saramago, que "fugiu" para Espanha, Ferro Rodrigues, que "fugiu" do combate político e Guterres, que "fugiu" do Governo. Colocar neste saco de autênticos "fugitivos" os nomes de Sampaio e Durão, que se comportaram de forma exemplar em defesa dos interesses nacionais, é ter uma visão parcial e facciosa da realidade. Mas, para quem vive da ficção, não admira nada que confunda a realidade com mera ficção...
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