Na revista Visão desta semana é publicada uma excelente entrevista a Tony Anatrella, padre e psiquiatra francês, que deveria ser de leitura obrigatória para todos aqueles que tem uma postura libertária em termos de valores e ideais pelos quais se deve reger uma sociedade civilizada. Refiro-me, nomeadamente, aos simpatizantes e militantes do Bloco de Esquerda, que tendem a sofrer de um síndrome gravíssimo, que é confundir o conceito de liberdade com o de libertinagem.
A referida entrevista incide sobretudo no tema da toxicodependência e no perigo que seria caso partíssemos para a legalização das drogas, como defende o Bloco de Esquerda. Afirma Anatrella e, muito bem que, "legalizando a droga, não é o produto que fica liberalizado, mas sim as razões que levam ao consumo que ficam validadas".
Ora, é precisamente aqui que residem os perigos de se legalizarem comportamentos que, em nada contribuem para a construção de uma sociedade valorativa, responsável e respeitadora dos princípios mais básicos da vida humana. Comportamentos ignóbeis como a legalização do consumo de drogas, da prostituição ou dos casamentos entre homossexuais devem ser totalmente rejeitados pelo Estado, se este tiver como preocupação a promoção de uma verdadeira atitude consciente, firme e responsabilizadora na sociedade em geral e, na juventude, em particular.
Numa palavra: a liberdade só se atinge com a pedagogia da exigência e não com a teoria do "Deus dará"...
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