O Governo aprovou, hoje, em Conselho de Ministros, o Plano Nacional de Prevenção do Abandono Escolar, com o objectivo de reduzir para metade as taxas de saída precoce do sistema de ensino português. Para tal, o Governo pretende revitalizar o ensino técnico e profissional, criar uma rede de 15 a 20 escolas tecnológicas de referência, instituir em todas as escolas a figura do tutor escolar e dar maior importância ao papel dos pais, através da criação do programa Pais na Escola.
Penso que estas medidas são positivas, no sentido de diminuir o abandono escolar. Contudo, só com um real empenhamento dos pais na vida escolar dos seus filhos se poderá combater este flagelo que fere o estado do educação em Portugal. Seria bom que os pais dos alunos que andam na escola apenas para passar tempo e não terem que ir trabalhar fossem "coercivamente" alertados para a situação escolar dos seus educandos, pois, geralmente, os encarregados de educação que menos vezes vão à escola saber da situação escolar dos seus filhos, são, precisamente, os dos alunos mais problemáticos em termos de comportamento e, consequentemente, de aproveitamento. Ainda por cima, estes alunos desestabilizadores costumam arrastar consigo outros alunos, prejudicando o normal rendimento escolar das respectivas turmas.
Para quando a apresentação de medidas que, realmente, possam acordar os pais para o percurso escolar dos seus filhos, como o corte do abono de família ou a aplicação de multas, como acontece já no Reino Unido, relativamente aos alunos que andam na escola em regime de "passatempo"? É que a educação começa em casa...
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