Nos últimos dias, muito se tem discutido sobre o teor dos cartazes espalhados um pouco por todo o país, onde se faz referência aos trinta anos que passam sobre o 25 de Abril de 1974, referência essa acompanhada do termo "evolução". Ora, a esquerda não gostou que se retirasse a consoante "r" ao termo revolução, e logo veio dizer que a direita quer menorizar toda a envolvência histórica que deve ser dada à Revolução do 25 de Abril...
A este propósito, o editorial do Público de hoje, escrito por José Manuel Fernandes, dá, como se costuma dizer, "uma no cravo e outra na ferradura", abarcando a ideia de que o 25 de Abril foi, efectivamente, uma revolução que permitiu a evolução e progresso do nosso país, o que torna inócuo qualquer debate que tenha lugar sobre esta questão...
Ora, é esta ideia que a esquerda deveria compreender e assimilar, por forma a entender que, para todos aqueles que não viveram o 25 de Abril (e é sobretudo aos jovens que deve ser dirigido o teor dos ditos cartazes), considerar esta data como a porta de saída da ditadura e da censura, que permitiu o desenvolvimento de Portugal, é, de facto, interligar a revolução à própria evolução. Retornar às velhas ideologias maçadoras e nada atractivas para a juventude portuguesa seria comemorar o 25 de Abril, retrocedendo no tempo e fechando os olhos ao futuro...
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