Nos tempos que correm, quando algum grupo social ou classe profissional, se sente prejudicada em matéria de direitos, regalias ou privilégios, opta, geralmente, com a anuência dos sindicatos ou associações representativas, pelo acto da greve. Ou seja, cada vez mais se banaliza a paralisação laboral como pseudo-solução para os problemas que os grevistas consideram afectar as suas vidas...
Vem isto a propósito da greve nacional que os estudantes do ensino superior público realizam hoje. Com jovens deste calibre (felizmente são uma minoria), que se servem de um direito que deveria ser utilizado em última instância, como se a greve fosse o equivalente a mais uma "party universitária", que poderemos esperar daqui a uns anos, quando estes jovens fizerem parte da população activa portuguesa? Felizmente que estas greves costumam ter uma adesão fraquíssima, mas com dirigentes associativos que mais parecem sindicalistas da CGTP, a realidade sindical portuguesa parece não ter hipóteses de sair do obscurantismo latente em que está envolto...
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