sábado, novembro 01, 2003

O homem passou-se...

O bastonário da Ordem dos Advogados, José Miguel Júdice, anda nos últimos tempos numa perfeita roda viva, aparecendo todos os dias nos noticiários televisivos e nos jornais com declarações desprovidas de sentido e contradições à mistura. Depois de ter dito e desdito o que afirmou acerca do Procurador-Geral da República e de ter vindo defender a olhos vistos o líder do PS, agora passou mesmo dos limites. Parece que o homem ficou afectado pelo conteúdo das escutas telefónicas que veio a público... Talvez a conscência lhe esteja a pesar!
Então não é que o homem, com as responsabilidades que o seu cargo de bastonário lhe confere vem agora afirmar a terreiro que o povo português é o "menos cí­vico do universo". Não lhe basta dizer da Europa ou do planeta Terra... O homem até parece que tem poderes sobrenaturais e que conhece o Universo!
Porque é que Júdice não se preocupa mais com a classe que representa e diz aquilo que pensa acerca dos advogados portugueses, em vez de vir deitar abaixo o povo português. Ou será que aquilo que pensa da maioria dos advogados portugueses (que por sinal é a classe que mais políticos dá a este país) não lhe permite vir dizer o que pensa? Ou será que não pensa nada?
A afirmação de Júdice demonstra no mínimo uma irresponsabilidade constrangedora e uma falta de nacionalismo, que o deveria levar a deixar o cargo que tem e a mudar de nacionalidade. Primeiro, porque não se deve falar da casa dos outros, sem primeiro falar da sua própria casa. Segundo, porque ao dizer o que disse, Júdice evidencia falta de carisma e de orgulho em ser português, o que o deveria inibir de representar os advodgados portugueses. E terceiro, porque tendo Júdice já sido político e jornalista, demostra que optou pela profissão errada.
Será que alguém defende o que o homem afirmou?

Sem comentários: