Título de uma notícia do Público de hoje: Cristina dá "graças a Deus por não ter marido e filhos" . Que razões levarão Cristina a dizer isto? Pelas palavras desta mulher solteira "se os tivesse, não poderia comer uma sopa em frente ao televisor, se os filhos corressem pela casa, não poderia deitar-me, logo a seguir, e ficar a ler um livro". Depois de ler uma barbaridade destas ainda duvidei se teria lido bem e voltei à mesma afirmação. Confirmei o que tinha lido e pus-me a pensar até que ponto pode chegar o absurdo de uma mulher que se sente uma felizarda por não ter que aturar marido e filhos...
Será que as verdadeiras razões pelas quais Cristina não constituiu família é a sua falta de beleza ou incapacidade para que algum homem se sinta atraído por ela? É que para dizer uma coisa deste género tem de se ser bastante egocêntrico, egoísta ou, simplesmente, insociável...
A história desta mulher solitária insere-se numa reportagem do Público acerca das pessoas que em Portugal optam por viver sozinhas, umas porque, depois de terem passado por um divórcio ou uma viuvez se vêem "obrigadas" a viver sós, outras porque a vida não lhes proporcionou a constituição de uma nova família, outras ainda porque optaram por viver solteiras... Cada um é livre de escolher a forma como pretende viver, mas ver uma mulher congratular-se por não ter que aturar marido e filhos é sintoma, sobretudo em relação aos filhos, de puro narcisismo e egoísmo atroz.
A verdade é que, em Portugal, o número de casamentos está em queda e a natalidade não cessa de descer... Com estes exemplos, quase que há que "agradecer" a todos aqueles que contribuem para que o conceito de família ainda não seja considerado como uma realidade depreciativa da sociedade do século XXI...
Sem comentários:
Enviar um comentário